Capítulo 6

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John aguardava do lado de fora quando o detetive chegou na sede central da Polícia Metropolitana de Londres. Além dele, outras dezenas de pessoas estavam na frente do prédio e, essas, empunhavam cartazes multicoloridos e manifestavam contra a posição da Scotland Yard de "investir dinheiro público na segurança de um porco homofóbico".

Ao atravessarem a manifestação, Sherlock instintivamente pegou na mão de John para não perdê-lo de vista em meio aquelas pessoas. O médico se surpreendeu com o gesto, mas tentou não dar significados, apenas aceitou o toque e puxou o detetive através do pátio, até finalmente chegarem aos degraus que davam acesso à porta de entrada do prédio. Só quando já estavam dentro da recepção, foi que os dois soltaram as mãos. Nesse momento John pôde jurar que Sherlock pareceu um pouco embaraçado, mas isso só até ele abrir a boca.

- Vejo na sua cara que os interrogatórios de Lestrade foram uma perda de tempo até agora.

John fez seu clássico bico de descontentamento. Ele adoraria ter feito grandes descobertas, Infelizmente não era esse o caso.

- Tudo que temos são reproduções do que você viu lá fora. Palavras infladas, discursos prontos, alguns influenciadores digitais em busca de visibilidade, nada muito promissor. Um deles tentou assumir a autoria das entregas, mas com alguns minutos de conversa constatamos que não tinha como ser verdade. O rapaz terá que pagar uma bela multa por falsa confissão de crime - O loiro se permitiu rir por um segundo - Parece que nosso entregador da morte já tem vários fãs que aprovam suas ações.

- Entregador da morte? - Sherlock questionou em desaprovação.

- Sim, uma pessoa que faz entregas com partes de corpo, acho que o nome é bem auto descritivo.

- Não me diga que irá colocar esse nome quando for postar sobre o caso no seu blog?

- Ok, já chega, vocês parecem um casal de velhos! - Lestrade chegou interrompendo e estendendo copos de café para os dois homens - Falta mais uma pessoa para interrogarmos, acredito que veio se juntar a nós, Sherlock?

- Por ora não tenho outra escolha, - o detetive revirou os olhos, pegou o copo de café e os dois seguiram o inspetor até a sala de interrogatório.

- Pelo jeito você também só perdeu tempo, né? - John perguntou com um sorriso irônico, mas Sherlock apenas fez uma cara enfurnada e nada respondeu.



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- "Eu sei o que esse verme faz! Gente assim não pode conviver na sociedade! Logo ele terá o que merece e vocês saberão quando acontecer. Aguardem!" - Lestrade leu o comentário em um fórum online usando seu tablet - Pode me falar sobre isso Sr Davies?

Michael Davies era um rapaz de uns 24 anos, cabelos castanhos e olhos cor de amêndoa. Ele estava sentado de frente para Lestrade, enquanto Sherlock e John observavam do lado de fora, ocultados por um espelho.

- Eu ia dar um susto nesse desgraçado, mas agora parece que já tem alguém fazendo isso, então estou bem - Respondeu de maneira fria.

- Você está confessando que ia tentar algo?

- Mas não o fiz, então sei porque estou aqui.

- Saiba que a mera intenção de ilícito pode ser punida de forma equivalente ao crime consumado, com apenas um a dois terços reduzidos da pena original. Está no código penal e só preciso mover um dedo para que seja condenado.

- Certo, então o que você vai fazer? - O rapaz provocou em tom de desafio.

- Vou lhe pedir que colabore e responda as minhas perguntas!

Eu posso ser essa pessoa para você [johnlock]Onde histórias criam vida. Descubra agora