Pronto, agora sim é um capítulo de vdd pessoal! Bora desenrolar o caso dos Johnlock! Espero que gostem!
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- Shhh, Sherlock, por favor, não se mexa!
- Eu não estou me mexendo!
- É claro que está! Pare de puxar essa maldita mão! Eu já estou quase acabando!
Sherlock apenas bufou em derrota. Os dois estavam sentados no sofá da sala do 221B e John estava enrolando os nós dos dedos do detetive com uma faixa besuntada de pomada analgésica.
- Não reclame! A culpa é sua! Por que teve que fazer aquilo? - O médico perguntou.
- Ele ia cuspir em você! - O detetive respondeu agitado, afinal a pergunta havia sido absurda a seu ver.
- Falei pra não puxar a mão! - John repetiu.
- Eu realmente não estava esperando que ele ousaria fazer aquilo, então foi um impulso impensado - O mais novo falou ajustando a postura - Quando acertei o nariz dele, acabei ficando com o polegar embaixo dos outros dedos, além disso, ao invés de priorizar a articulação do dedo médio, bati mais com as juntas do dedo anelar e do mínimo, o que fez com que...
- Fascinante, Sherlock - O médico disse com um sorriso debochado - Mas não estou interessado em ouvir suas lições sobre como socar alguém sem machucar a mão. Quero que continue contando o que aconteceu com Amanda.
- Ah sim...
Sherlock então pensou um pouco para se lembrar onde tinha parado sua narrativa, então retomou seu relato rico em detalhes como de costume:
- Era uma furadeira cirúrgica ortopédica com fio e tinha uma broca fina e longa, com pelo menos 10 centímetros. Quando Amanda levantou o aparelho e me dei conta de suas intenções, eu não saberia dizer ao certo se ela conseguiria auto-infligir um ferimento fatal. Não acreditei que ela teria o sangue frio de apontar para o próprio olho como fez com Covolan, porém, ela escolheu outro lugar tão sensível quanto para tal façanha: as têmporas. Deste ponto, se ela introduzisse a broca na sutura esfenoescamosa, com certeza seria...
- Desculpe, o que disse? - John interrompeu surpreso.
- O quê? - O detetive perguntou confuso, voltando da rápida visita que fizera a seu palácio mental para narrar esses fatos - Ah, sobre a sutura esfenoescamosa? Deixe-me explicar: na ortopedia, as articulações fibrosas que ligam um osso ao outro são chamadas de suturas - Ele começou em tom professoral - São como tecidos conjuntivos e, no caso da esfenoescamosa, trata-se de uma ligação específica que conecta o osso temporal ao parietal no crânio, então se Amanda inserisse a broca justamente nessa região, poderia, no mínimo, causar danos irreversíveis a si mesma ou até a morte. Talvez não imediatamente, mas depois de passar dias internada em um hospital.
- Eu sei o que são suturas Sherlock, só me surpreendi que você tivesse conhecimento técnico sobre algo tão específico - O médico se adiantou.
- Nada mais que o resultado de minhas constantes pesquisas, John - Ele respondeu com simplicidade - Está vendo só? Talvez agora que entende a importância, você pare de implicar com as amostras que trago do Bart's - O detetive aproveitou para provocar.
- Nunca vou parar de implicar com partes de corpo humano em nossa geladeira, acostume-se ou arrume um refrigerador específico para isso - John respondeu rindo - Mas prossiga, o que aconteceu depois?
- Por um breve momento eu questionei se deveria interrompê-la - Sherlock confessou recebendo um olhar de censura do médico - Não julgue, John! Eu vi a determinação nos olhos dela. Sempre havia sido esse seu plano: se vingar de Covolan e, depois, dar fim à própria vida. E quem sou eu para interferir? As pessoas deveriam ter o direito de decidir o que fazer com as próprias vidas.
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Eu posso ser essa pessoa para você [johnlock]
FanfictionJohn teve uma ideia perigosa e que poderia machucá-lo, mesmo assim, quando deu por si, estava dizendo aquilo em voz alta: - Você não precisa fazer isso, eu posso ser essa pessoa para você, Sherlock. -- Um psiquiatra pró cura gay começa a ser ameaça...