Capítulo 5

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Me perdoem pela demora, gente! Acontece que fui inventar de meter um caso de verdade nessa fic e acabei tendo uns bloqueios criativos. De quebra tive que fazer umas pesquisas muito específicas sobre o código penal inglês, reações do corpo post-mortem e legislações relacionadas ao tratamento da homossexualidade. Mas, para compensar vocês, vou postar 4 capítulos de uma só vez 🔥

É isso, espero que vocês curtam, vão me contando tudo nos comentários, faz toda a diferença pra eu continuar escrevendo ❤️


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Sherlock chegou no endereço que Lestrade havia informado. Um sobrado de tijolos vermelhos e janelas brancas na Mayfield Rd, em Crouch End, região norte de Londres.

Estacionado há poucos metros, ele viu um carro escuro com dois homens e não teve dúvida de que eram os agentes da Scotland Yard. Com a constatação, revirou os olhos - Idiotas inúteis - pensou.

Na frente da casa havia um muro baixo e um portãozinho de ferro. Estava aberto, então ele tomou a liberdade de entrar na propriedade e subir os degraus. Estava prestes a bater na porta, quando esta se abriu e uma garota de uns 17 anos surgiu na soleira.

A menina tinha a pele pálida, cabelos escuros e olheiras profundas, como as de quem não dorme há muito tempo. Trazia um papel nas mãos e, ao se deparar com o detetive parado na porta, se assustou e o deixou cair. Sherlock se abaixou para pegar, mas ela foi mais rápida e, quando o fez, um colar saiu de dentro de sua blusa. Era uma pedra que se parecia com Júpiter, o detetive observou. E, nos micro-segundos em que ficou olhando aquela esfera bege com raios marrons pendular na sua frente, ele entrou em uma espécie de transe, permitindo-se sorrir por algum motivo que ainda tentava entender.

Neste meio tempo, um homem de uns 50 anos apareceu atrás da garota e ela tratou de enfiar o colar de volta para dentro de suas vestes rapidamente, retirando Sherlock de seus devaneios.

- Quero que continue com essa prescrição por pelo menos mais duas semanas. Só então poderemos mudar a dosagem, certo Evelyn? - Covolan disse para a menina enquanto a conduzia para fora da casa. Só então ele também viu Sherlock em pé nos degraus.

A garota tomou a direção da rua e foi embora sem nada dizer.

- Sherlock Holmes - O detetive disse, lhe estendendo um cartão - Estou trabalhando no seu caso junto a Scotland Yard. Gostaria que pudéssemos trocar algumas palavras.

O homem tinha os cabelos grisalhos e grandes olhos azuis injetados por trás de óculos de aro redondo. Vestia um suéter cinza e calças de sarja preta, combinando com mocassins de couro nos pés.

- Oh, eu não imaginava que chamariam Sherlock Holmes para investigar o meu caso! - O homem disse com certo nervosismo, estendendo a mão para Sherlock - É um prazer conhecê-lo, Sr. Holmes!

- Podemos entrar? - Sherlock perguntou sem apertar a mão do psiquiatra.

- Por favor - O outro disse abaixando a mão secamente e dando passagem para que o detetive entrasse.

A sala da casa tinha uma aparência escura. Todas as cortinas estavam fechadas e um fogo vacilante crepitava na lareira.

- Sente-se! - Ordenou apontando para uma poltrona e, assim que o detetive o fez, ele se acomodou no sofá à frente - Como posso te ajudar, Sr Holmes? - Perguntou com um tom irônico.

- Você costuma atender seus pacientes em casa? - Sherlock perguntou se referindo a garota que tinha visto sair.

- Não me nego a ajudar quando um paciente precisa de mim fora do meu horário habitual de atendimento no consultório.

Eu posso ser essa pessoa para você [johnlock]Onde histórias criam vida. Descubra agora