Me perdoem pela demora, gente! Acontece que fui inventar de meter um caso de verdade nessa fic e acabei tendo uns bloqueios criativos. De quebra tive que fazer umas pesquisas muito específicas sobre o código penal inglês, reações do corpo post-mortem e legislações relacionadas ao tratamento da homossexualidade. Mas, para compensar vocês, vou postar 4 capítulos de uma só vez 🔥
É isso, espero que vocês curtam, vão me contando tudo nos comentários, faz toda a diferença pra eu continuar escrevendo ❤️
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Sherlock chegou no endereço que Lestrade havia informado. Um sobrado de tijolos vermelhos e janelas brancas na Mayfield Rd, em Crouch End, região norte de Londres.
Estacionado há poucos metros, ele viu um carro escuro com dois homens e não teve dúvida de que eram os agentes da Scotland Yard. Com a constatação, revirou os olhos - Idiotas inúteis - pensou.
Na frente da casa havia um muro baixo e um portãozinho de ferro. Estava aberto, então ele tomou a liberdade de entrar na propriedade e subir os degraus. Estava prestes a bater na porta, quando esta se abriu e uma garota de uns 17 anos surgiu na soleira.
A menina tinha a pele pálida, cabelos escuros e olheiras profundas, como as de quem não dorme há muito tempo. Trazia um papel nas mãos e, ao se deparar com o detetive parado na porta, se assustou e o deixou cair. Sherlock se abaixou para pegar, mas ela foi mais rápida e, quando o fez, um colar saiu de dentro de sua blusa. Era uma pedra que se parecia com Júpiter, o detetive observou. E, nos micro-segundos em que ficou olhando aquela esfera bege com raios marrons pendular na sua frente, ele entrou em uma espécie de transe, permitindo-se sorrir por algum motivo que ainda tentava entender.
Neste meio tempo, um homem de uns 50 anos apareceu atrás da garota e ela tratou de enfiar o colar de volta para dentro de suas vestes rapidamente, retirando Sherlock de seus devaneios.
- Quero que continue com essa prescrição por pelo menos mais duas semanas. Só então poderemos mudar a dosagem, certo Evelyn? - Covolan disse para a menina enquanto a conduzia para fora da casa. Só então ele também viu Sherlock em pé nos degraus.
A garota tomou a direção da rua e foi embora sem nada dizer.
- Sherlock Holmes - O detetive disse, lhe estendendo um cartão - Estou trabalhando no seu caso junto a Scotland Yard. Gostaria que pudéssemos trocar algumas palavras.
O homem tinha os cabelos grisalhos e grandes olhos azuis injetados por trás de óculos de aro redondo. Vestia um suéter cinza e calças de sarja preta, combinando com mocassins de couro nos pés.
- Oh, eu não imaginava que chamariam Sherlock Holmes para investigar o meu caso! - O homem disse com certo nervosismo, estendendo a mão para Sherlock - É um prazer conhecê-lo, Sr. Holmes!
- Podemos entrar? - Sherlock perguntou sem apertar a mão do psiquiatra.
- Por favor - O outro disse abaixando a mão secamente e dando passagem para que o detetive entrasse.
A sala da casa tinha uma aparência escura. Todas as cortinas estavam fechadas e um fogo vacilante crepitava na lareira.
- Sente-se! - Ordenou apontando para uma poltrona e, assim que o detetive o fez, ele se acomodou no sofá à frente - Como posso te ajudar, Sr Holmes? - Perguntou com um tom irônico.
- Você costuma atender seus pacientes em casa? - Sherlock perguntou se referindo a garota que tinha visto sair.
- Não me nego a ajudar quando um paciente precisa de mim fora do meu horário habitual de atendimento no consultório.
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Eu posso ser essa pessoa para você [johnlock]
FanfictionJohn teve uma ideia perigosa e que poderia machucá-lo, mesmo assim, quando deu por si, estava dizendo aquilo em voz alta: - Você não precisa fazer isso, eu posso ser essa pessoa para você, Sherlock. -- Um psiquiatra pró cura gay começa a ser ameaça...