Capítulo 10

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Falei que dessa vez eu não demorava tanto pra atualizar pessoal, então eis-me aqui hehe Espero que que curtam! Beijinhos 😘

[AVISO DE GATILHO: contem descrições de tortura física e psicológica, o que pode ser desconfortável para algumas pessoas. Se você tiver sensibilidade a esse tipo de pauta, avalie bem se vale a pena ler esse ep. Priorize sua saúde mental e bem-estar acima de tudo ❤️]


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John havia inventado para o policial que estava procurando uma casa para alugar na região e perguntou se ele conhecia o entorno. Muito solícito, o agente saiu do carro. Era alto e magro, na casa dos trinta e poucos anos, tinha cabelos castanhos claros e grandes olhos cor de oliva, que o médico não pôde deixar de observar.

- É bom poder conversar com alguém um pouco - Ele disse depois de falar brevemente sobre o bairro - Eu estou aqui desde sexta-feira, exceto por algumas mudanças de turno, e às vezes pode ser bem solitário.

- Eu posso imaginar - John respondeu distraidamente. Por dentro, porém, ele estava maquinando como faria para afastar o policial de seu posto.

- Mas então, você é casado? Tem filhos? - O agente perguntou de repente, fitando o médico longamente e o tirando de seus pensamentos.

- Oh, na verdade não... Mas eu tenho um cachorro - Ele disse com o lampejo de uma ideia - Acho que ele ia adorar essa área verde! Você já caminhou por ela, acha que é segura?

E foi assim que John conseguiu que o agente o conduzisse até o parque na frente da casa do psiquiatra, onde eles andaram um pouco e, por fim, se sentaram em um banco.

Kevin Lewis, esse era o nome do agente, contou que havia ingressado recentemente na Scotland Yard. Antes disso tinha passado pela Police Academy e, antes ainda, lecionado literatura na Universidade de Nottingham. Depois, ele também quis saber tudo a respeito de John, o que havia estudado, o que fazia, tinha uma namorada?

O médico lhe contou tudo até antes de Sherlock. Da formação no Barts, aos dias no Afeganistão e que estava solteiro, ao que o outro apenas sorriu para ele com interesse.

A essa altura Sherlock já estava dentro da casa há um bom tempo e, por mais envolvido que Kevin aparentasse estar na conversa, ele já começava a demonstrar certa ansiedade e sugerir insistentemente que retornassem a Mayfield Rd. Então John decidiu arriscar uma tentativa.



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A sala, parcamente iluminada, tinha muita informação para processar, mas Sherlock se deu ao luxo de fazer isso aos poucos.

Primeiro, ele notou que todas as paredes e o teto eram forrados com espuma para vedação acústica.

Depois pousou os olhos em uma cama hospitalar no centro do lugar, precariamente equipada com cintas de segurança. Ao lado havia uma mesa com um receptor de aço cheio de controles e um monitor de LCD. Dele saíam alguns fios que se conectavam a uma espécie de touca com eletrodos.

Do outro lado, havia uma bancada com rodinhas sobre a qual o detetive identificou uma série de equipamentos hospitalares. Dentre eles um monitor cardíaco, um desfibrilador com pás de ressuscitação, uma furadeira cirúrgica e um ventilador pulmonar.

A próxima coisa que dedicou atenção foi uma cadeira robusta do outro lado da sala. Ela também estava equipada com cintos nos braços, pernas e encosto. Sobre o assento, projetado a partir do teto, havia uma estranha estrutura em forma de arco pairando na exata altura em que ficaria sua cabeça, caso ele se sentasse na cadeira. Ao lado, sob uma bancada, um monitor e alguns controles estavam conectados ao equipamento.

Eu posso ser essa pessoa para você [johnlock]Onde histórias criam vida. Descubra agora