_Ai! -falei baixinho quando bati meu pé em algo na escuridão.
Eu estava escapulindo do apartamento de um estranho na ponta dos pés. Não me atrevi a acender as luzes para encontrar a saída, com medo de acordar o homem cujo nome eu não lembrava e que deixei enquanto ele dormia na cama alguns segundos atrás.
Ele adormeceu assim que terminou com seu mau desempenho. Não apenas ele tinha sido ruim na cama, mas também era impossível ter uma conversa decente com o cara. Claro, isso não era o que qualquer um de nós queria quando, ele deu em cima de mim algumas horas atrás no clube e concordei em ir para casa com ele. Ele tinha sido legal e charmoso, muito bonito, mas quando finalmente ficamos sozinhos, ele não correspondeu às minhas expectativas.
_Gata, você tá indo embora? -uma voz sonolenta soou do quarto.
_Merda, -murmurei baixinho demais para ele ouvir. _Sim, tenho um compromisso de manhã cedo. Vou para casa.
_Vou ver você de novo?
Certamente não! _Quem sabe... Me liga depois. -Fechei a porta atrás de mim e estava no corredor e no elevador antes que ele pudesse lembrar que não tinha meu número.
Eu geralmente me certifico de que não tenham. Ao longo dos anos, eu me tornei uma profissional em cobrir meus rastros quando se tratava de casos de uma noite, sempre tomando certos cuidados. Eu normalmente não dizia aos homens meu sobrenome, nem dava meu número a eles, a menos que tivesse certeza de que queria encontrá-los novamente, o que aconteceu uma ou duas vezes. Nunca, jamais, levei ninguém para minha casa. Eu considerava uma coisa muito particular mostrar a alguém onde eu morava. E também eu precisava de liberdade para ir embora quando quisesse, o que geralmente era logo após o sexo.
Não me orgulhava dessa rotina, mas ao longo dos anos ela provou ser a maneira mais prática de satisfazer minhas necessidades.
Eu não tinha um novo parceiro toda semana - era mais uma vez por mês. Eu tentava evitar até que a necessidade se tornava muito forte. Eu provavelmente não era uma vagabunda para os padrões do público em geral, mas fui criada para amar o amor e a monogamia. Então, eu não estava feliz com meu estilo de vida promíscuo.
Eu tive alguns relacionamentos curtos, mas depois de um tempo, sempre me sentia sufocada quando os homens queriam levar isso para o próximo nível. Se eu pensasse neles retrospectivamente, eu sabia que não tinha amado nenhum deles. Eu não deixei nenhum deles chegar perto o suficiente para eu me apaixonar em primeiro lugar.
Continuei dizendo a mim mesma que era uma mulher moderna, pegando o que eu queria sem comprometer minha independência, mas, no fundo, sabia eu que era incapaz ou não queria assumir um compromisso.
Ao sair do prédio de classe média, onde havia perdido a última hora, parei por um momento para respirar fundo, aliviada por estar livre e me livrado do cara, antes de chamar um táxi.
Depois de dizer ao motorista meu endereço, recostei-me e observei Seattle passar tão pacificamente quanto podia nas primeiras horas da madrugada.
Em casa, tomei banho, lavando os acontecimentos insatisfatórios da noite; outra parte da minha rotina estabelecida. A água quente estava escorrendo pelo meu corpo, enxaguando o resto do toque do estranho. Me limpei de sua saliva nos pontos que seus lábios me beijaram ou sua língua lambeu minha pele. Eu não queria que nada dele ficasse comigo. Se fosse possível, eu lavaria meu cérebro para apagar minhas memórias da noite passada.
Quando terminei de me limpar, comecei a cuidar das minhas próprias necessidades, aquelas que o cara bonito, mas totalmente sem noção, havia negligenciado totalmente. Meu chuveirinho de última geração era o dispositivo certo para isso.
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Quebra-cabeça do meu coração
RomanceBella leva uma vida sem compromissos. Sem relacionamentos, sem números de telefone trocados, sem chances de se machucar. Mas depois de conhecer um certo homem de olhos verdes, ela começa a quebrar suas regras cuidadosamente estabelecidas. Em uma a...