O presidente dos Estados Unidos

Capítulo 13- Theo

Magra, grávida, fraca, com fome. Foi assim que eu saí daquela chácara, eles me jogaram pra fora da van numa cidade distante e pequena, comecei a sentir contrações e me deitei na grama alta, eu estava louca e transtornada, não sabia oque fazer, não sabia oque eu tinha, quando a imensa dor me veio apenas comecei a forçar sem saber que estava parindo fiz tanta força que assim que meu bebê nasceu eu desmaiei. Uma hora depois acordei com os berros ardidos daquela criança que eu nem sabia de onde tinha aparecido, peguei a criança no colo, vesti minha calça e comecei a andar, atordoada com seu choro eu chorava e queria distância, não consigo me lembrar de nada, não sei meu nome, não sei de onde vim apenas andei, ao chegar dentro da cidade as pessoas lá me olhavam estranho, minha aparência devia estar horrível, e aquela criança que chorava em meus ouvidos me deixava irritada e com medo, até que uma homem veio até mim.

Theo:boa tarde, você está bem?
Quiara:eu..eu.... não sei, não sei.
Theo:que bebê lindo, é seu?
Quiara: não, não sei.
Theo: não sabe?
Quiara: não.
Theo:qual seu nome?
Quiara:não sei..-soluçei.
Theo:meu deus, vem aqui..-ele pegou meu braço e me tirou do meio da rua..-voçe está molhada, é seu filho, onde o teve?
Quiara: não, não sei.
Theo:entra no carro, vou te levar para o hospital.
Sem saber quem era aquele homem, sem medir o perigo eu entrei no carro com ele e sairmos de lá.
Theo:e menino ou menina?
Quiara:não sei.
Ele puxou a roupa que enrolei o bebê e continuou.
Theo:ele deve estar com fome, não o alimentou ainda?
Quiara:não sei.
Theo:caramba.
Ele parou o carro em um acostamento, desceu e veio até minha porta a abrindo.
Theo:nossa, ele é muito pequeno, deve ser prematuro, alimente ele.
Quiara: não, não sei como.
Theo:de seu peito a ele. Não vou olhar-disse virando o rosto.
Tirei meu peito para fora e assim que o encostei na boca da criança ela o sugou com tanta vontade como se estivesse passando fome e realmente estava.
Theo:deixe o mamar.
Ele entrou no carro de volta e continuou a dirigir. Chegando no hospital ele me ajudou a descer e entramos com ele me segurando pois eu estava tão fraca que andava cambaleando.
Xx:boa tarde posso ajudar?
Theo:na verdade sim, ela acabou de dar a luz eu acho e sozinha, acho que é prematuro.
Xx:com certeza-disse olhando o bebê que eu carregava nos braços..-venham por aqui.
Theo:vem.
A enfermeira me deitou em uma cama e minutos depois me tirou a criança dos braços. Ela me entubou e depois chamou o homem na sala do médico.
Dr:boa tarde.
Theo:boa tarde.
Dr:o Sr é marido da moça que chegou a pouco?
Theo:eu...
Dr:se não for temos que chamar a polícia e deportar ela e a criança terá que ficar.
Theo:eu sou!
Dr:tem certidão de casamento?
Theo: não, apenas nos juntamos.
Dr:certo.
Dr:a criança nasceu de sete meses, e...sua namorada está mal.
Theo:mal como?
Dr:ela passou muito nervoso ou teve algum trauma?
Theo: não eu acho, mas por que?
Dr:ela tem marcas de espancamento, e está mal da cabeça.
Theo:meu deus.
Dr:não sabe nada sobre isso?
Theo: não, ela estava viajando.
Dr:por sorte a criança não teve mais sequelas além de um osso quebrado, mas pode fazer terapias, mas sua perna não será a mesma.
Theo:e como vão ficar os dois?
Dr:ela pode ser liberada hoje depois da limpeza mas a criança tem que ficar entubada até amanhã de manhã para uma cirurgia arriscada.
Theo:quanto fica a cirurgia?
Dr:em torno de 3 mil dólares.
Theo:está certo.
Dr:o Sr só paga depois da cirurgia.
Theo:ok, obrigado. Eu posso vê-la?
Dr:vamos agora, temos que fazer algumas perguntas a ela, a polícia está aqui.
Eles foram até a sala onde a enfermeira havia acabado de tirar os tubos de mim e eu acordei.
Policial:boa tarde.
Olhei para o policial e o médico mas não consegui falar nada.
Policial:qual seu nome?
Quiara: não, não sei.
Policial:não sabe?
Quiara: não.
Policial:de onde está vindo?
Quiara:não sei.
Policial:não se lembra quem é?
Quiara: não.
Dr:ela sofreu uma transtorno de memória.
Policial:qual o nome dela?
Theo: é......Melissa.
Policial:com essas informações não podemos fazer nada, além de resolver sobre as marcas de agressões.
Algum tempo depois eu fui liberada e Theo me levou para a casa dele.
Theo:entre.
Andei devagar e ele fechou a porta.
Theo:está com fome?
Quiara: não.
Theo:está com sono?imagino que deva estar cansada, deite aqui e descanse eu vou me deitar na sala.
Ele me levou até sua cama, me deitou, e me cobriu apagando a luz e saindo.
Acabei apagando e acordando no outro dia de tão cansada que estava, abri meus olhos e vi uma bandeja com coisas para comer, minha barriga roncava ao olhar para o prato, como tudo bem rápido e me levantei, o homem abriu a porta e sorriu.
Theo:descansou?
Quiara:sim, obrigada.
Theo:de nada. Não se lembra de nada mesmo?
Quiara: não.
Theo:nem seu nome?
Quiara: não.
Theo:bom, me perguntaram seu nome, posso te chamar de algum nome?
Quiara:sim.
Theo:que tal.... Melissa?
Quiara: é um bonito nome.
Theo: sim, bom o meu nome é Theo.
Quiara:obrigada Theo, por tudo.
Theo:que isso.
Quiara:e a criança que eu carreguei? E de quem?
Theo: é sua, não se lembra?
Quiara: não, meu deus! É meu! Onde está? Onde está meu bebê?
Theo:se acalme, ele está bem, está no hospital ainda.
Quiara:por que não veio comigo?
Theo:nasceu prematuro e fraco, hoje vamos buscá-lo.
Quiara:eu quero meu filho.
Theo:vou me trocar e já vamos ok?
Quiara:tudo bem.
Alguns minutos depois ele se trocou, entramos no carro dele e fomos para o hospital, chegando lá fomos atendidos rapidamente, entramos no berçário e lá estava o meu bebê.

Dr:foi tudo bem sucedido, mas tem que dobrar o cuidado até que ele complete dez meses.
Quiara:posso pegar?
Dr:claro.
Peguei a criança no colo e naquele momento senti meus braços queimarem com um calor decrescente e maravilhoso, enquanto o olhava de repente tive um flashback de uma cena de um rosto, fechei meus olhos e abri mas depois que voltei a mim jurei ter visto um rosto de um homem.
Dr:quantos anos você tem melissa?
Quiara:não sei.
Dr:não recobrou a memória ainda?
Theo:ainda não.
Dr:sugiro que ela descanse bastante, depois veremos oque podemos fazer.