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𝙲𝚊𝚜𝚊 𝚁𝚎𝚒𝚔𝚘, 𝟸𝟶𝟶𝟼
As lembraças de uma quase família, e a voz do pequeno Megumi tomavam conta dos pesadelos de Azumi.
Ela sabia que tamanha habilidade com armas amaldiçoadas viriam exclusivamente do homem pelo qual se apaixonou há alguns anos atrás. Não havia necessidade que alguém explicasse a ela que tamanha bagunça foi feita por ele.
— O que você fez, Toji?
Azumi se levantou preguiçosamente deixando com que os lençóis brancos escorregassem por seu corpo já curado graças à Shoko. Podia lembrar claramente da hostilidade de todos seus colegas de classe quando decidiu assumir seu relacionamento com o mais velho.
Eles o detestavam.
Porém Toji sempre sempre se mostrou diferente do que o descreviam e, no final, era apenas um homem não compreendido. Fushiguro a amava, e amava seu filho. Sempre foi um pai atencioso e mesmo após a morte da sua esposa, ele nunca permitiu que Megumi passasse por qualquer situação desconfortável. Ele mataria por ele, e mataria todos que tentassem tocá-lo.
— Mamãe...
Azumi respirou cansadamente enquanto levava seu olhos em direção de Megumi que a encarava ansioso em busca de respostas. Seus olhos estavam marejados e vermelhos, como se tivesse chorado a noite inteira. Teria ido ao colégio?
— Você está bem?
— Não deveria ser eu a te perguntar isso? — Retrucou.
Megumi era uma criança extremamente perspicaz e inteligente. Certamente ele desconfiava que seu pai já não voltaria mais e que sua vida mudaria de rumo drasticamente. Ele seguiu em sua direção e subindo em seu colo com cuidado, dando-lhe abraço reconfortante e cheio de amor.
— Estou bem, pequeno.
— Ele não vai voltar, não é? — Seus olhos brilhantes encontraram os da mulher em busca de alguma resposta.
— Não, Gumi. Ele não vai.
— E você? Vai ficar?
— Sempre.
O menor se agarrou a Azumi apoiando sua cabeça em seus seios, abraçando-a como se tivesse medo que aquele momento desaparecesse. Como se ela fosse desaparecer. Tentou reconfortá-lo depositando um beijo em seus cabelos lisos e pretos como a noite.
