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𝙴𝚜𝚌𝚘𝚕𝚊 𝙹𝚞𝚓𝚞𝚝𝚜𝚞, 𝟸𝟶𝟷𝟼
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Satoru Gojo
Era estranho ter Azumi tão perto novamente.
Desde o acidente de Amanai, eu perdi todos aqueles em que mais confiava. Tirando Shoko, todos se foram. Nanami abriu mão de tudo para trabalhar em um escritório sem graça, Azumi se entregou à maternidade do pirralho, Geto entrou em uma depressão imensa e se afastou de todos por anos.
Sobrou eu e Shoko nessa merda de escola.
— Eu sabia que somente você poderia convencê-la a voltar. — Senti as maos pesadas de Kento em meus ombros. — E você sabia que só ela poderia me trazer de volta. Ótima jogada, Satoru.
Respirei fundo colocando meu melhor sorriso para perturbar Nanami, assim como nos velhos tempos.
Ele, de todos, foi o que mais mudou após o acidente. Seu jeito amigável sempre permaneceu escondido atrás da carrranca mau humorada. Após a morte de Haibara ele se despediu sem olhar para trás. Não é como se ele não tivesse amigos, mas assim como eu e Suguru, ele e Yu eram inseparáveis.
Reiko era a nossa coringa. Sua facilidade para transitar entre os amigos era admirável e insubstituível.
Ela era nossa cola.
Uma cola extremamente resistente e petulante.
Bom, era assim até aquele maldito Zen'in decidir entrar em seu caminho.
— Achei que o pirralho fosse totalmente uma porta. — Cruzei os braços observando a luta corporal entre Azumi e Fushiguro. — Mas esqueci que a tutora dele é simplesmente brilhante.
— Não se esqueça do pai. Ela treinou anos com Toji Zen'in.
— Blá-blá-blá. — Gesticulei entre caretas. — Não é como se ele fosse o salvador da pátria.
- Vejo que seus velhos sentimentos permanecem os mesmos. - Nanami soltou uma risada baixa da sua piadinha idiota de como eu ainda estaria apaixonado por Azumi.
Ele voltou sério encarando os dois lutarem de forma quase que exaustiva. Ele batia seu pé esquerdo no chão de modo ritmado enquanto limpava seus óculos na borda da sua blusa.
— É você quem vai treinar Megumi com sua energia amaldiçoada? — Apenas acenei positivamente. — E ele já sabe que foi você quem matou o pai dele?
