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𝚃𝚘𝚚𝚞𝚒𝚘, 𝟸𝟶𝟶𝟹
Azumi se encontrava em baixo das pernas grossas e pesadas de Toji, que dormia um sono profundo e leve.
Ela finalmente foi sua.
Desde a morte da mãe de Megumi, ele se achava incapaz de amar ou ser amado. Uma vida triste e sofrida sempre o acompanharam durante todos esses anos todos e mesmo tendo tido um relacionamento calmo com a mãe de sua cópia, nada se comparava a Reiko.
Ele ainda se lembrava de como se encontraram pela primeira vez, e como ela era atrevida e destemida.
— Você não olha por onde anda? — Toji perguntou após sentir o impacto de algo em seu peito.
— Você que é do tamanho de uma porta e não sabe andar em sociedade. — A baixinha lhe respondeu desafiadoramente. — Um homem grande e mongo!
— Como disse? — Fushiguro respondeu com um sorriso divertido — O que quer dizer com isso?
— Que você é tão grande que perdeu o controle do seu corpo e cérebro.
Ela sempre foi assim, abusada.
Desde o primeiro dia, Azumi não recuou um passo diante a prepotência de Fushiguro.
Ao contrário dele.
Após descobrir que ela era uma feiticeira e, pior, da grande família Reiko, ele tentou de todas as formas não cair aos encantos da bela Azumi.
Em vão.
Estar com ela era como ouvir o canto da sereia que o levaria para o fundo do oceano.
Ela sempre muito corajosa e petulante, derrubou todas as barreiras do grande homem.Todavia, a sereia da história era ele.
Era ele quem mentia para Azumi. Ele quem escondia o que realmente fazia.
Jurou a ela que largaria os assassinatos tanto por seu filho, quanto por ela, mas ele jamais deixaria que quem ele mais amasse vivesse com a escória da humanidade.
Malditos feiticeiros jujutsu!
— Amor... — Azumi resmungou abafado. — Preciso ir para aula.
Ela sentiu os braços e pernas de Toji a segurarem mais firmemente fazendo em como com que ela não conseguisse sair daquele abraço.
— Não.
— Teremos a vida toda juntos... — Reiko usava sua energia amaldiçoada para conseguir se livrar do peso do seu namorado. — Mas agora preciso melhorar minhas habilidades.
— Tudo bem, tudo bem..
Fushiguro se espreguiçou e encostou na cabeceira de sua cama.
Com os cabelos engrenhados ele coçava seus olhos levemente tentando se acostumar com a luz do sol que invadia sua janela.