twenty one - fear.

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Por Hyu

- Eu te animo? Olha só... não parece o que o homem mais rico da Ásia diria, sabe? - Brinco como forma de disfarçar o quão rápido meu coração bateu com essa frase.

Nos sentamos na mesa e comemos entre risadas, olhares carinhosos e mais brincadeiras.

Após comer, Taehyung leva os pratos até a pia e começa a lavá-los após negar mu dispor a fazer isso. Puxa as mangas da blusa longa que usava, deixando a mostra um elástico de cabelo preto adornando seu pulso.

O cabelo, que estava revolto e ondulado, escorregava em sua testa e caía um pouco em seus olhos. Mas ao invés de prendê-lo, ele só pendia a cabeça para o lado, jogando o cabelo para longe de sua visão.

Enquanto ele lava os pratos com uma das músicas que havias sido colocadas no início do jantar tocando ao fundo, ele parece surreal.

Caminho até ele devagar procurando algo para fazer e meus olhos batem contra a bancada completamente desorganizada. Ingredientes, utensílios, alguns temperos salpicados na pedra escura, causando um contraste visível.

- Bagunceiro. - Resmungo, tirando primeiro os ingredientes que estavam ali.

- Implicante. - Ele murmura, levantando as mãos molhadas e jogando um pouco da água em mim.

Me viro subitamente, com os olhos bem abertos e uma expressão de choque e irritada. Taehyung finge que nada foi feito e continua a lavar.

Balanço a cabeça negativamente e me foco a continuar arrumando as coisas. Vejo um dos potes de açúcar ali, aberto, como se tivesse sido usado para o prato.

- Tae, onde eu guardo isso? - Ele desliga a água e volta a atenção para mim, e é nesse momento em que jogo um pouco do açúcar em seu rosto.

- Hyu! Sua... fingida! - Ele avança e também pega um pouco de açúcar, jogando em mim de volta.

- TAEHYUNG! - Sinto o açúcar recém jogado de derreter ao entrar em contato com umidade da água que havia sido lançada antes.

Dou a volta no Kim que estava em pé diante de mim e abro a torneira, jogando água nele, que se defende, me fazendo continuar jogando água nele.

Antes de perceber, entramos em uma guerrinha de água e açúcar, e acabamos completamente molhados. E doces.

- Me sinto um vidro de adoçante, Bobohyung. - Ele coloca as mãos na cintura e gargalha, não sei se pela forma que me referi ou pela forma que estou.

- Bobohyung? Isso foi fofo, e você realmente parece um. - Como se tivesse adivinhado, ele explica.

- Ora, seu... - Ele se aproxima e segura meu queixo, inclinando meu rosto mas logo desliza sua mão pelo meu maxilar até minha bochecha, segurando meu rosto e com o dedo mindinho acariciando a linha da minha mandíbula.

- Seu bobo? - Ele sussurra, enlaçando a outra mão pela minha cintura e me puxando para mais perto.

Em um segundo, Taehyung rouba cada parte da minha razão, substituindo todos os meus sentidos por uma única vontade. Ele.

Estamos tão próximos que é possível sentir o cheiro de perfume caro que ele usa, ainda mais quando ele se aproxima, encostando nossas testas e roçando seu nariz ao meu. Sua respiração batendo contra minha boca entreaberta, e seu lábios raspando com delicadeza nos meus, me fazem querer nada além de beijá-lo.

- Aposto que está tão doce quanto eu. - Murmuro alternando meu olhar entre seus olhos e sua boca. e aproveitando os toques que minha fala permite que sejam dados em seus lábios.

- Você é doce sem precisar de açúcar. - É a última coisa que ouço antes de seus lábios invadirem os meus.

Taehyung passa a língua entre a a linha da minha boca e a entrelaça na minha. Nos encaixamos perfeitamente um no outro, e sem tirar a mão de meu rosto, Taehyung me conduz até a parede da cozinha.

Mordisca meu inferior e o puxa devagar entre os dentes, o chupando em seguida. A mão que estava em minha cintura sobe devagar pela minha coluna, com os dedos firmes deslizando sobre a camisa e me enviando arrepios pelo corpo todo até chegar em minha nuca.

A mão do Kim entra em meu cabelo e acaricia minha cabeça devagar enquanto a outra não abandona meu rosto.

Inverto as posições, o colocando contra a parede e posso ver seu sorriso ao me separar minimamente dele para que pudesse executar a ação.

Minha mão sobe por baixo de sua camisa, entrando em contato com a pele caramelo quente e firme, sinto seus músculos se tensionarem e alguns pêlinhos finos se eriçarem ao meu toque gélido.

Cada poro meu exala o quanto quero o homem a minha frente comigo, bem perto. Ele suspira e toma meus lábios novamente.

Sinto nossa pele pegajosa por estarmos sujos de açúcar derretido em água e isso só aumenta mais minha vontade de me manter grudada nele.

Taehyung tira as costas da parede e me conduz entre beijos até a bancada, onde me segura, dando um impulso para que eu suba na pedra marmorada e eu faço isso.

Meus pulmões queimam. O ar que posso respirar em nossas breves pausas, não é o suficiente para que eu me satisfaça.

Meu celular toca. A música alta, em constraste com o volume baixo da música ambiente nos assusta, e Taehyung tira a mão que subia pela minha coxa, que só foi notada pela interrupção.

Por que alguém ligaria tão tarde?

Ouço o mais velho reclamar, olhando para baixo e me roubando alguns beijos enquanto procuro meu aparelho.

- Por que sempre somos interrompidos? - Solto uma risada e observo seus lábios avermelhados e levemente inchados.

- É que você sempre cola em mim. - Brinco, sentindo seu braço grudando ao meu pelo açúcar.

- Lembra de deixar seu celular no silencioso quando estiver comigo, não gosto de me separar de você nem pra respirar.

Através do visor do telefone, vejo ser uma ligação de Akira e imagino que ela tenha acabado de sair de um encontro e venha contar.

Me levanto e caminho até o balcão da cozinha, me sentando em uma das cadeiras ali e atendo.

- Fofoca? - Atendo enquanto Taehyung ri. Ouço alguns suspiros pelo outro lado da linha. E mais nada. - Alô? Akira?

Ela desliga. Olho para a tela confusa e puxo a barra de notificações para conferir alguma mensagem dela, mas nada foi enviado.

- Não acredito que ela nos interrompeu. E não disse nada. Interrompeu. Sem motivos. - Ele parece dizer mais pra si do que pra mim. Solto o aparelho na pedra e Taehyung avança.

- Não! Precisamos de um banho! Olha como estamos grudando, criança birrenta.

- Eu sou a criança birrenta?! Você jogou açúcar em mim primeiro! - Ele reclama.

- Mas você me molhou, esqueceu? - Provoco.

- Água. Água! - Taehyung cruza os braços.

- Viu? Está fazendo birra. - Digo baixinho e me dirijo às escadas.

- Chatinha. - Ele murmura e ouço sua voz atrás de mim.

Passo o dedo em meus lábios, sentido o gosto adocicado dele.
Sorrio me lembrando de ter o ouvido dizer que eu era doce.

Ele não faz idéia de como é...

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opa, minhas gracinhas, como estão?

EU NÃO ESTOU CABENDO EM MIM DE FELICIDADE!!!! mil leituras, MIL LEITURAS! eu não faço nem idéia de quanto é isso, sempre que entro aqui, sou surpreendida e isso é lindo... obrigada!
vocês fazem meu coração bater com mais alegria. 💖

- Blue Wood | kthOnde histórias criam vida. Descubra agora