Por Hyu
Droga, não deveria ter despertado tanta curiosidade em Taehyung, como não previ que ele viria para cá?
Agora, tendo expressado o quanto me importo com ele, preciso achar uma forma de disfarçar isso.
Taehyung me olhava curioso, espantado e com uma pontinha de felicidade.
Ele me deixava confusa...
Após quase ter tocado partes nele que não queria, tossi tentando disfarçar e voltei a me sentar.
— O que faz aqui? – O pergunto, tentando soar fria.
— Vim te ver. Achei estranho a forma que falou ao telefone, queria ver se você estava bem. – Disse, cruzando as pernas.
Eu não podia. O senhor Jinjuo deixou bem claro que eu não poderia mais me encontrar com Taehyung ou manter uma relação de amizade com ele, a não ser dentro da empresa.
Em partes, meu chefe estava certo. Era antiético manter uma relação fora do ambiente de trabalho com certos presidentes ou líderes de empresas grandes.
Muitas mulheres já levaram empresas inteiras à falência por terem seduzido grandes líderes que confiaram nelas o suficiente para que elas tivessem acesso ao financeiro da empresa.
Eu não podia ficar próxima de Taehyung.
Mesmo ele suprindo meu vazio, minha necessidade, eu não podia. Então... decidi contar isso a ele.
— Eu não quero mais estar com você, senhor Kim. – Assumi um tom sério e profissional, algo que ele entendia.
— Como...? – Ele pareceu confuso, e também havia algo em seu olhar que ainda não conhecia: mágoa.
— Não posso, é antiético.
— Hyu, olha...
— Não. Poderia ir, agora? – Caminho até a porta e a abro, deixando um espaço para ele passar.
Ele suspira, olha para baixo e ri sarcástico.
— Boa noite, senhorita Miru. – E passa pela porta.
Assim que a fecho, meu coração parece ter ficado do lado de fora, junto com o homem que acabara de sair.
O vazio que me assombrou por mais tempo que eu pudesse dizer, tinha voltado após dias sem dar as caras.
Ele estava cinco vezes mais forte, doía mais, sentia mais.
Era isso.
Era dele que eu precisava, era ele que eu queria, e agora, eu tinha expulsado ele daqui.
• • •
O final de semana foi péssimo. Akira deve ter me ligado mil vezes, e não atendi nenhuma.
Nas mensagens, ela me chamava para sair, e eu recusei.
Não queria pensar em nada, apenas ficar presa em minha bolha de vazio e confusão.
Enquanto dirigia pelas ruas de Seul, medo me consumiu. Eu precisava manter a calma, e não conseguia.
Cheguei na empresa e tudo estava uma bagunça. Funcionários correndo de um lado para o outro, telefonemas sendo aceitos e rejeitados.
Fui para minha sala após não encontrar Akira, e quando cheguei lá, a achei.
— Aki-ah, o que está acontecendo aqui? – Ela me olha empolgada e sorri.
— Já vai descobrir! – Ela termina de dizer e no mesmo instante, um rapaz alto entra na sala, nos chamando para ir até a sala de reuniões.
Akira sai pulando e correndo enquanto me puxa.
Quando chegamos na saleta, o senhor Jinjuo estava sorrindo muito.
— Bom dia! Esses últimos dias foram cruciais para nós. Mesmo em final de semana, conseguimos fechar vendas, compras e contratos. Este último, mudará todo o rumo da empresa. Alguns de vocês já sabem, mas, aos que ainda não foram contactados – Akira dá dois pulinhos do meu lado –, a Toyota Motors acaba de fechar um contrato conosco. Agora, a South Korea Architecture, pertence à Toyota.
Gritos, pulos, comemorações e gritos.
Todos estavam tão felizes por isso, e eu deveria estar também. Mas não estava. Agora, o presidente não era mais Jinjuo e sim o presidente da Toyota, isso significa que...
Não, não, não, não!
E assim como tudo que eu menos desejava, ele estava ali.
Sorridente, tão feliz quanto os outros funcionários, mas demonstrando menos.
Kim Taehyung.
Seu terno perfeitamente alinhado se encaixava nele como uma luva.
— A South Korea Architecture sempre foi uma empresa grande e de destaque, para nós da Toyota, é uma honra fechar negócio com vocês. Bom, como já devem imaginar, vou, aliás, já unifiquei as duas empresas, então algumas alterações ocorrerão. – Ele disse e todos se calaram.
Sabíamos que isso significava que pessoas seriam demitidas e ninguém ousava dizer nada sobre isso.
— Direi alguns nomes e quero que me acompanhem ate a sala do senhor Jinjuo. Digo, minha nova sala. – Ele se corrige e continua — Chae Mi-nah, Lee Ko-tun, Miru Hyu – droga! – Park Jo-sean e Kim Akira. Venham comigo.
A essa altura, suponho que seja tarde demais para me desculpar com ele, certo?
Todos fomos com ele até a sala de meu antigo chefe.
Nos sentamos e ele também, na grande mesa de vidro.
— Bom dia novamente, senhores. Hoje, muitas coisas aconteceram e certamente, acontecerão. Por ter comprado a empresa, infelizmente, alguns de vocês terão de ser demitidos. – Não seriam todos? — Direi os nomes e por favor, assinem a carta. Senhorita Park e senhor Lee, agradeço pelos serviços oferecidos até hoje, mas infelizmente, precisarão se retirar. Junto com a carta de demissão, há também cartas de recomendação honrosa, soube do incrível desempenho de vocês.
Eles assentiram em silêncio e assinaram a carta, pegando as recomendações e se retirando da sala.
Como não fui demitida?
— Senhoritas Kim e Miru, apenas modificações de cargos. A senhorita Kim ocupará seu cargo, smehorita Miru, e a senhorita será minha secretária pessoal. – Ele disse no tom mais frio que poderia existir.
Secretária pessoal?
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ESTÃO OUVINDO MEUS BERROS? 100 leituras, minha nossa, oi????? sim, é pouco comparado aos grandes livros que tem pelo wattpad, mas minha nossa??? obrigada, obrigada, obrigada! isso só é possível por vocês. 💕
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- Blue Wood | kth
Fiksi Penggemar- Promete que nunca vamos nos perder? - O pergunto, tentando absorver tudo. - Prometo. Nada nunca vai me afastar de você. - Ele tira do bolso a pequena placa de madeira azul, que abrigava nossas iniciais. - Você guardou isso? - Pergunto surpresa e l...