- Blue Wood | kth

thirteen · trying.

Por Taehyung

Ok, isso é mais difícil do que eu pensei.

Tratar Hyu friamente, é quase impossível, ainda mais com aquele olhar doce que ela tem.

Dizer que não somos amigos me custou bem mais do que a ter por perto, minha mente me acusava tanto, que minha cabeça doía.

Eu queria tê-la por perto, nem que desse jeito então a pedi para vir fazer algo que eu mesmo poderia fazer.

Realmente não tinha comprador a empresa por ela, a South Korea Architecture era uma empresa grande e todos queriam comprá-la, Hyu trabalhando lá era uma vantagem e um luxo que poderia me dar.

Era um ramo completamente diferente, e agora eu teria que me estabelecer em Seul, morar aqui novamente.

Eu contaria isso como benefício, se Hyu me quisesse por perto.

Durante o final de semana, cuidei para que minha nova casa fosse comprada e decorada como eu queria.

Ao ir para meu novo lar e encontrar todos os novos empregados prontos para me receber, dei algumas instruções necessárias para eles e fui para meu quarto.

Tomei um banho, e em plena segunda-feira, meu cansaço já me cercava. Queria me distrair e ainda mais, eu precisava me distrair.

Fui para uma boate e em questão de minutos, uma morena já se esfregava em mim.

Ela sussurrou um "vamos para sua casa" desajeitado enquanto me beijava e a levei para meu carro, a garota completamente oferecida e indecente me tocava enquanto eu dirigia sem pudor algum.

Enquanto eu tentava achar qualquer desvtulpa plausível para não a levar para minha cama ao invés de um quarto de hotel, ela não parecia se importar muito com isso, já que continuou beijando meu pescoço e arranhando meu braço.

Tiramos nossas roupas e jogamos por qualquer lugar, a garota em cima de mim estava visivelmente empolgada e nem questionou o porquê de eu não poder levá-la para minha casa.

O estranho, é que o torpor me mantinha ali mas eu pensava em outra pessoa.

Isso nunca aconteceu, eu sempre me afundei nos corpos que buscavam prazer tanto quanto eu.

Em cada toque, cada beijo, cada estocada despositada na morena, eu pensava em Hyu.

Porque quem eu queria em cima de mim, era ela.

• • •

Ao acordar, o mar de cabelos negros no meu braço e a garota no meu peito, me fizeram sorrir. A garota que eu queria estava ali, nos meus braços.

A garota levantou o olhar para mim e sorriu, e neste momento, meu sorriso sumiu.

Não era Hyu...

No mesmo instante, as roupas jogadas e os pertences espalhados da menina que nem ne preocupei saber o nome, me incomodavam mais do que eu pensei que seria possível.

Tinha sonhado com Hyu, em estar com ela, em tê-la nos meus braços dormindo após termos visto um filme bobo e ela ter dormido em meu peito durante este.

Pensei que o sonho era real, mas não.

Perguntei onde ela morava e a levei para casa rapidamente, passei na minha e após um banho, me vesti e fui para a empresa.

Passando pelo corredor, encontrei a garota que eu queria que fosse minha concentrada na tela do computador, trabalhando e focada.

Ao contrário de mim, ela deveria ter passado a noite em claro trabalhando e estudando as possibilidades de reuniões e contratos enquanto eu estava gastando tempo na cama de um hotel com uma mulher que eu não queria.

— Senhor Kim? Precisa de algo? – Hyu me tira dos meus devaneios ao me notar parado no corredor em frente sua sala.

Levanto a cabeça com o cenho franzido e a balanço negativamente devagar, em silêncio, e vou mais a frente, em direção a minha sala.

Quando me sento na cadeira, ainda me sinto atordoado.

Como eu quero tanto alguém, assim? Eu preciso agir.

— Miru. – Em um segundo, a garota já está em minha sala.

— Sim, senhor Kim, precisa de algo?

De você.

— Preciso que depois do trabalho vá até minha casa. Vou pedir para alguém te passar o endereço. – Ela levanta uma sobrancelha.

— Senhor, desculpe, mas, qual o motivo? – Ela fingia que não me conhecia, isso incomodava.

— Não me questione. Meu motorista estará lá fora. – Ela permanece me olhando e luto para não retribuir o olhar. Segundos de passam e ela sai da sala.

Solto o ar que nem notei segurar. Depois de uma hora, já estava quase no momento de ir para casa. Olhei para a sala de Hyu no corredor, a garota tinha um lápis em mãos e parecia estar desenhando.

Ela mascava um chiclete e tirava a franja da testa que tampava sua visão.

A cena me fez sorrir mas ela não pareceu notar. O telefone tocou, e vendo a notificação, ela sorriu.

Minha expressão se fechou e senti um incomodo inimaginável.

Que merda é essa dentro de mim?

Hyu olha através da porta e percebe meu olhar bravo, guarda o celular e finge voltar a trabalhar. Claro que ela já tinha acabado, ela sempre termina antes.

Me levanto e vou em direção a ela, ela engole em seco e me olhar temerosa.

— Senhor Kim.

— Terminou? – Ela assente — Então vamos.

Sigo pelo corredor sem deixá-la responder e ouço seus passos atrás de mim.

Será uma longa noite.

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