capitulo 19

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Fátima e Juliette chegam junto a empresa. Com o fim das férias de Fátima meu serviço carregado diminui e não tenho mais desculpas para chamar Juliette em minha sala.

   - Oi. - Digo encostando na porta do almoxarifado.

   - Oi! Você precisa de algo? - Levanta, se postando ao lado da mesa. Quero resolver as coisas com ela, logo.

   - Ajuda, não... - Balanço a cabeça negativamente. - Mas, quero muito outra coisa.

   - O que?

   Sorrio. Me aproximo, seguro suas mãos e a trago para perto de mim.

   - Isso. -. A beijo, soltando suas mãos para segurar em sua cintura.

   Juliette me solta, fico sem entender. Mas, a vejo fechar a porta.

    - Agora sim. - Volta para perto de mim. - Você sabe que tenho muito a aprender, não é?

   - Te ensino o que quiser. - Susurro mordendo seus lábios. Encosto em sua mesa e colo seu corpo ao meu.

    Juliette segura em meu rosto e me beija. Tem certa urgência. Suas mãos antes soltas me contornam. Sinto arrepios. Sinto nosso mundo se formando. Ganhando cores, sabores, sensações.

  
   - Eu sinto coisas. - Diz se afastando um pouco.

   - Coisas? - Arqueio a sobrancelha buscado o real sentido.

   - Quando me aperta, quando sinto que meu corpo está próximo demais do seu.

    - A é? - Brinco. Tiro seu cabelo do ombro e beijo seu pescoço. - O que sente?

   - Sarah... - Susurra, mas não se move. Busca por mais.

   Distribuo beijos por todo seu pescoço, vejo suas reações, tento não ir rápido demais.

   - Ah não. - Juliette diz quando escuta baterem na porta.

   - Deve ser sua mãe. - Me afasto buscando ar. - Depois a gente se fala.

    - Me leva com você. - Segura minha mão fazendo bico.

   - No almoço.

   Deixo um beijo em sua testa e saio. Tento me recompor, antes de abrir a porta. Cena clássica, arruma a roupa, o cabelo, vê se está tudo ok.

   - Hey. - Digo a Fátima, tentando não sorrir demais.

  - Estava ajudando a Juliette? - Pergunta irônica.

   - Nossa, como você adivinhou?

   - Sarah... - Suspira.

   - Posso levar ela para almoçar fora?

   - Sua sorte é que Lourival me chamou para almoçar fora porque tem algo a conversar.

   - Tudo bem entre vocês?

   - Sim. - Diz me deixando para trás.

  Saio da empresa, vou em casa só para constatar o óbvio, preciso fazer compras.

  Volto para a empresa e encontro alguns contratos que preciso revisar.

   - Onde vai levar a Juliette? - Fátima encosta em minha porta.

   - Na minha casa.

   - Oi?

   - Vamos almoçar em casa.

   - Almoçar?

   - Sim, Fátima. Comer. Arroz, feijão e alguma coisa. Tomar um suco. Essas coisas que fazemos no almoço. Inclusive, deu minha hora. - Levanto deixando alguns contratos em sua mão.

   Juliette me espera próximo ao elevador. Entramos de mãos dadas, descemos de mãos dadas, saímos de mãos dadas.

   - Onde estamos indo? - Pergunta ao me ver mudando o caminho.

   - Vamos ao mercado.

   - Lá tem muitos sorvetes.

   - Então está indo só pelos sorvetes? Uma pequena interesseira. - Brinco.

   - Você está sendo injusta! - Paro no semáforo a vendo com a expressão fechada. - Eu nem sabia que viriamos aqui.

   - Você é uma gracinha brava.  - Falo beijando sua bochecha

   - Ah, dirige, Sarah. - Dou risada.

   Tento ser rápida no mercado. Compro o necessário e mais algumas besteirinhas.

   Voltamos para casa e Ju me ajuda a guardas as coisas.

  
   Ficamos conversando enquanto cozinho. Assim que termino desligo o fogo e me viro para ela.

   - Acho que podemos retornar o que sua mãe interrompeu. - Susurro passando as mãos entre seus cabelos.

   - Hm?

   A beijo, abraçando seu corpo, não tento me conter. Não sou calma. Seus dedos puxam a parte de trás da minha blusa.

  - Vamos devagar, não é? - Digo em seus lábios.

   - É... - Responde virando meu rosto, dando beijos lentos em meu pescoço. Estremeço. Levanto sua blusa, tocando sua pele, escorrendo a mão em sua cintura e deixando um aperto ali. Levei a mão para dentro de sua calça e passei a acariciar seu clitóris por cima da calcinha, movimentando os dedos naquela região.

  - Bom... - Juliette murmurou mordendo o próprio lábio

 
     *Telefone*

  - Aposto que é minha mãe. - Se afasta com a voz frustrada. - Ela deve ter uma câmera grudada em mim

   - Vou repetir: você é uma graça brava. - Falo e atendo o telefone.

   ** Fátima fomos ao mercado antes, por isso a demora./ Daqui a pouco nós vamos./ Juliette está bem./ Eu não sequestrei ela./ Relaxa, tchau.

   - Eu disse. - Suspirou olhando os peixes.

   - Vamos comer, Ju. - A chamo para almoçar.

- Quando minha mãe não atrapalhar... Vai ser bom, né?

  - Vai ser ótimo, Ju. Tudo no seu tempo.

  Comemos em silêncio

  Voltamos para a empresa no meio da tarde. Entro em uma reunião com os gestores.

   A reunião acaba e todos saem, permaneço revendo a ATA e as propostas de cada um.

   - Você é quem parece brava agora. - Juliette chega e me abraça por trás. - O que foi?

   - Muito serviço e comecei o dia pensando que agora estaria mais calmo. Acho que vou contratar mais uma pessoa para trabalhar comigo.

  - Tipo uma secretária? - Ela Pergunta.

  - Sim, é o que pretendo.

  - Hm.

   - Ju?

   - E se essa pessoa também gostar de você? Não sei. Tipo gostar muito. - Reviro os olhos e sorrio, não consigo conter. - Não é pra rir, Sarah.

   - Isso é ciúmes, Juliette? - Falo dando vários beijinhos em seu rosto.

  - Claro que não. Pode acontecer, não é? - Se afasta indo em direção a porta.

   - Não vai acontecer e, se acontecer, a pessoa vai saber que tenho você.

   - Ok.

   - Amo você, Juliette. Ninguém vai mudar isso.

 

   A abraço e não tenho intenção de soltar. Meu pai estaria orgulhoso agora, porque, finalmente encontrei meu lugar e estou em paz. Amo a Juliette e confio firmemente que ela estará comigo, isso não tem preço.

You captivated me-versão sariette (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora