capitulo 21

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Acordo com Juliette dormindo abraçada ao meu braço, tem cabelo para todo lado e ela dorme encolhida. Minha pior escolha foi ter colocado uma janela de vidro no quarto, tudo fica tão claro.

   Flashes da noite invadem minha mente e minha vontade de levantar desaparece, faço carinho no rosto de Juliette. Tão serena.

   - Bom dia. - Diz, abrindo os olhos.

   - Bom dia, meu anjo. - Abraço sua cintura a trazendo para perto de mim.

   - Assim eu não vou querer levantar. - Susurra se mexendo. Sinto seu corpo nu roçando em mim e tenho arrepios.

   - Preciso levantar ou não me responsabilizo pelo que pode acontecer... - Suspiro deslizando a mão por sua barriga.

   - Vou escovar os dentes. - Ela levanta e coloca a calcinha e a blusa.

   A acompanho, escovamos os dentes em silêncio. Preciso tomar banho, Juliette tenta sair, porém, pego sua mão a trazendo para dentro do box.

   - Não tenho roupa... - Diz olhando a água cair.

  - Não tem problema... - Tiro sua blusa e a puxo para perto de mim. - Não da para ficar perto de você assim.

   - Como? Quer que eu saia?

   - Não...

   Levanto sua cabeça, a olho, o corpo molhado tão exposto a mim. A beijo até faltar ar, tomada por uma onda de desejo incontrolável. A encosto na parede, trilho um caminho de beijos do seu pescoço até seus seios, descendo lentamente.

    - Sarah... - Seus dedos prendem em meus cabelos e me empurram vagarosamente para baixo. Me ajoelho mordiscando sua barriga, beijando sua virilha até o clitóris. Juliette aperta meus cabelos com mais força. Chupo cada pedacinho, percorro minha língua me deliciando com suas reações.

   Subo tocando sua nuca a beijando, minha mão desce enfiando um dedo. Ela morde o lábio com força e geme. Seu quadril se movimenta a medida que entro e saio.

   - Não para, Sarah, não para. - Diz me beijando com desespero, arranhando minhas costas. Sinto seu corpo ter espasmos e ela se acalmar. - Preciso acordar assim sempre. - Ri afastando a cabeça me olhando brevemente.

   - Eu também... - Tento formular as palavras, sinto que vou explodir, que meu corpo está trabalhando a todo vapor para me deixar em Transe com Juliette. Quero ouvi-la e senti-la denovo e denovo.

   Entro na água e fecho os olhos por alguns segundos, travo quando Juliette escosta o corpo no meu, de costas. Tira o cabelo da nuca lentamente, pega minha mão e leva até seu seio. Sinto sua bunda roçar em uma região delicada demais.

   - Você vai me deixar louca. - Digo beijando seu ombro, apertando seus seios.

   - Descobri que gosto muito disso. - Vira bruscamente mordendo o lábio inferior. Choca minhas costas contra a parede e desce a mão penetrando os dedos em mim com força. - Gosto como parece me desejar tanto. - Susurra olhando meu corpo, entrando e saindo rápido ao tempo que sua outra mão está em minha barriga.

   Não consigo responder ou mesmo pensar. Juliette me conduz aos meus limites e não para. Morde o bico do meu seio, chupa, passeia com a língua. Seguro em seu braço, aperto, a olho.

   - Preciso de você... - Digo a beijando. Seus dedos se movem com força em mim. Tenho orgasmos seguidos, tudo em mim treme e isso é novo.

   - Eu amo seu corpo, Sarah. - Me abraça.

   Não digo nada, aproveito cada segundo desse momento. Terminamos o banho e nos arrumamos. Arrumo algumas peças de roupa para ela.

   - Vem cá. - A chamo quando a vejo se olhar no espelho. Pego a jaqueta, e solto seus cabelos. - Você fica linda assim, mesmo com o cabelo um pouco molhado.

   - Vamos comer?

   - Vamos, pensei em irmos em uma padaria, depois vamos comprar as tintas, uns aventais.

   - Vai ser legal. - Deixa um beijo em meu rosto e se dirige até a sala.

   Tranco a casa e saímos. Paro em uma padaria próxima. Juliette pede bolo de chocolate com achocolatado e eu peço pão de queijo e café.

   - Lembra sobre o que conversamos de você encontrar alguém para trabalhar com você? - Ela diz olhando a mesa. - Você pode me ensinar. Eu posso estudar, em casa procurei cursos para fazer.

   - Vai ser impossível trabalhar com você, Ju. - Seu pedido me pega de surpresa, mas, minha afirmação é uma brincadeira.

   - Por que?

   - Porque você é linda demais e vou querer te beijar sempre... - Falo abaixando o tom de voz. - E outras coisas.

  - Sarah! - Suas bochechas coram. - É sério, vamos tentar? Quero crescer de todas as formas e, depois que completar 18  anos, não quero ser dependente dos meus pais, nem quero ficar em outra cidade. - Sua última frase me causa certo impacto.

   - Certo, Juliette? O que pretende fazer?

   - Não sei... Mas, se eu tiver condições de não estar lá, não vou. Não quero sair da empresa e nem deixar você.

    - Não vou te deixar, independência de onde esteja. - Afirmo pegando sua mão. - Vamos conversar na segunda sobre o serviço, pode ser?

   Ela apenas acena. Saímos e vamos até a loja de tintas.

  - Qual é sua cor, Sarah? - Pergunta.

   - Vermelho ou preto.

   - Acho que deveria ser tudo azul céu.

   - Acho que é claro demais. Vamos ver um mais escuro?

   O rapaz mostra muitas cores. Debatemos sobre os tons, quero escuro demais, Juliette quer claro demais e, por fim, ele traz uma amostra que é exatamente um pouco das duas e finalmente concordamos. Compramos também pincel, rolo, fita, e avental.

   - Vai dar trabalho. - Juliette diz enquanto colocamos as coisas no carro.

   - Com certeza.

   Voltamos conversando sobre o que faremos amanhã, porque é domingo e a casa vai estar com muito cheiro de tinta.

   Chegamos em casa e ela vai logo prendendo o cabelo em um coque alto. Começamos pela sala, o chão fica coberto de plástico, para não manchar.

   - Sabe o que falta para a gente começar mesmo? - Digo procurando meu celular.

   - O que?

   - Música! - Digo colocando pra tocar.

   Ela sorri, acho que isso é como concordar. Sou um desastre pintando. Em compensação Juliette, pinta e ainda consegue dançar. Que inveja.

   - Você está enrolando. - Diz, sem se virar.

   - Sou melhor dançando. - chego perto dela e falo. - Acho que deixei cair tinta azul no seu cabelo...

   - Ah, Sarah! Da trabalho para lavar.

   - Eu te ajudo... Não fica brava. - brinco com ela.

   Volto a pintar, Juliette se posiciona atrás de mim e segura meu braço me ajudando a não borrar mais que o necessário. Mas, com ela assim é difícil se concentrar. Abaixo minha mão virando seu corpo lentamente.

  A encho de selinhos e a viro novamente. Pintamos toda a parte de cima assim. Na outra parede fico com a parte de baixo e ela com a de cima.

    Juliette parece arte. Poesia. Poema. Pintura. Música. Ela é rara. Única. Tem uma peculiaridade que foge das explicações.

You captivated me-versão sariette (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora