Acordo com Juliette dormindo abraçada ao meu braço, tem cabelo para todo lado e ela dorme encolhida. Minha pior escolha foi ter colocado uma janela de vidro no quarto, tudo fica tão claro.
Flashes da noite invadem minha mente e minha vontade de levantar desaparece, faço carinho no rosto de Juliette. Tão serena.
- Bom dia. - Diz, abrindo os olhos.
- Bom dia, meu anjo. - Abraço sua cintura a trazendo para perto de mim.
- Assim eu não vou querer levantar. - Susurra se mexendo. Sinto seu corpo nu roçando em mim e tenho arrepios.
- Preciso levantar ou não me responsabilizo pelo que pode acontecer... - Suspiro deslizando a mão por sua barriga.
- Vou escovar os dentes. - Ela levanta e coloca a calcinha e a blusa.
A acompanho, escovamos os dentes em silêncio. Preciso tomar banho, Juliette tenta sair, porém, pego sua mão a trazendo para dentro do box.
- Não tenho roupa... - Diz olhando a água cair.
- Não tem problema... - Tiro sua blusa e a puxo para perto de mim. - Não da para ficar perto de você assim.
- Como? Quer que eu saia?
- Não...
Levanto sua cabeça, a olho, o corpo molhado tão exposto a mim. A beijo até faltar ar, tomada por uma onda de desejo incontrolável. A encosto na parede, trilho um caminho de beijos do seu pescoço até seus seios, descendo lentamente.
- Sarah... - Seus dedos prendem em meus cabelos e me empurram vagarosamente para baixo. Me ajoelho mordiscando sua barriga, beijando sua virilha até o clitóris. Juliette aperta meus cabelos com mais força. Chupo cada pedacinho, percorro minha língua me deliciando com suas reações.
Subo tocando sua nuca a beijando, minha mão desce enfiando um dedo. Ela morde o lábio com força e geme. Seu quadril se movimenta a medida que entro e saio.
- Não para, Sarah, não para. - Diz me beijando com desespero, arranhando minhas costas. Sinto seu corpo ter espasmos e ela se acalmar. - Preciso acordar assim sempre. - Ri afastando a cabeça me olhando brevemente.
- Eu também... - Tento formular as palavras, sinto que vou explodir, que meu corpo está trabalhando a todo vapor para me deixar em Transe com Juliette. Quero ouvi-la e senti-la denovo e denovo.
Entro na água e fecho os olhos por alguns segundos, travo quando Juliette escosta o corpo no meu, de costas. Tira o cabelo da nuca lentamente, pega minha mão e leva até seu seio. Sinto sua bunda roçar em uma região delicada demais.
- Você vai me deixar louca. - Digo beijando seu ombro, apertando seus seios.
- Descobri que gosto muito disso. - Vira bruscamente mordendo o lábio inferior. Choca minhas costas contra a parede e desce a mão penetrando os dedos em mim com força. - Gosto como parece me desejar tanto. - Susurra olhando meu corpo, entrando e saindo rápido ao tempo que sua outra mão está em minha barriga.
Não consigo responder ou mesmo pensar. Juliette me conduz aos meus limites e não para. Morde o bico do meu seio, chupa, passeia com a língua. Seguro em seu braço, aperto, a olho.
- Preciso de você... - Digo a beijando. Seus dedos se movem com força em mim. Tenho orgasmos seguidos, tudo em mim treme e isso é novo.
- Eu amo seu corpo, Sarah. - Me abraça.
Não digo nada, aproveito cada segundo desse momento. Terminamos o banho e nos arrumamos. Arrumo algumas peças de roupa para ela.
- Vem cá. - A chamo quando a vejo se olhar no espelho. Pego a jaqueta, e solto seus cabelos. - Você fica linda assim, mesmo com o cabelo um pouco molhado.
- Vamos comer?
- Vamos, pensei em irmos em uma padaria, depois vamos comprar as tintas, uns aventais.
- Vai ser legal. - Deixa um beijo em meu rosto e se dirige até a sala.
Tranco a casa e saímos. Paro em uma padaria próxima. Juliette pede bolo de chocolate com achocolatado e eu peço pão de queijo e café.
- Lembra sobre o que conversamos de você encontrar alguém para trabalhar com você? - Ela diz olhando a mesa. - Você pode me ensinar. Eu posso estudar, em casa procurei cursos para fazer.
- Vai ser impossível trabalhar com você, Ju. - Seu pedido me pega de surpresa, mas, minha afirmação é uma brincadeira.
- Por que?
- Porque você é linda demais e vou querer te beijar sempre... - Falo abaixando o tom de voz. - E outras coisas.
- Sarah! - Suas bochechas coram. - É sério, vamos tentar? Quero crescer de todas as formas e, depois que completar 18 anos, não quero ser dependente dos meus pais, nem quero ficar em outra cidade. - Sua última frase me causa certo impacto.
- Certo, Juliette? O que pretende fazer?
- Não sei... Mas, se eu tiver condições de não estar lá, não vou. Não quero sair da empresa e nem deixar você.
- Não vou te deixar, independência de onde esteja. - Afirmo pegando sua mão. - Vamos conversar na segunda sobre o serviço, pode ser?
Ela apenas acena. Saímos e vamos até a loja de tintas.
- Qual é sua cor, Sarah? - Pergunta.
- Vermelho ou preto.
- Acho que deveria ser tudo azul céu.
- Acho que é claro demais. Vamos ver um mais escuro?
O rapaz mostra muitas cores. Debatemos sobre os tons, quero escuro demais, Juliette quer claro demais e, por fim, ele traz uma amostra que é exatamente um pouco das duas e finalmente concordamos. Compramos também pincel, rolo, fita, e avental.
- Vai dar trabalho. - Juliette diz enquanto colocamos as coisas no carro.
- Com certeza.
Voltamos conversando sobre o que faremos amanhã, porque é domingo e a casa vai estar com muito cheiro de tinta.
Chegamos em casa e ela vai logo prendendo o cabelo em um coque alto. Começamos pela sala, o chão fica coberto de plástico, para não manchar.
- Sabe o que falta para a gente começar mesmo? - Digo procurando meu celular.
- O que?
- Música! - Digo colocando pra tocar.
Ela sorri, acho que isso é como concordar. Sou um desastre pintando. Em compensação Juliette, pinta e ainda consegue dançar. Que inveja.
- Você está enrolando. - Diz, sem se virar.
- Sou melhor dançando. - chego perto dela e falo. - Acho que deixei cair tinta azul no seu cabelo...
- Ah, Sarah! Da trabalho para lavar.
- Eu te ajudo... Não fica brava. - brinco com ela.
Volto a pintar, Juliette se posiciona atrás de mim e segura meu braço me ajudando a não borrar mais que o necessário. Mas, com ela assim é difícil se concentrar. Abaixo minha mão virando seu corpo lentamente.
A encho de selinhos e a viro novamente. Pintamos toda a parte de cima assim. Na outra parede fico com a parte de baixo e ela com a de cima.
Juliette parece arte. Poesia. Poema. Pintura. Música. Ela é rara. Única. Tem uma peculiaridade que foge das explicações.
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You captivated me-versão sariette (Finalizada)
أدب الهواة" Eu sempre gostei da história do pequeno príncipe, de como o amor é explicado em cada detalhe. Quando era pequena meu pai me dizia para eu encontrar meu lugar na história e eu finalmente encontrei. Ao conhecer Juliette, eu descobri ser o piloto." ...