Fadas eram reais

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Já era noite e eu estava exausta

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Já era noite e eu estava exausta.
O homem não parou o cavalo que também parecia cansado, o lobo continuou ágil, mas podia apostar o quanto estava com fome e com sono. Encarei o homem misterioso.

- Devíamos parar o cavalo, deve estar cansado assim como o lobo!

Ele não me olhou , mas respirou fundo , descobri que ele fazia isso quando estava perdendo a paciência que era tão pequena quanto um grão de areia.

- Você sabe que estou certa e está de noite ,é mais fácil nos pegarem , mal podemos ver o lobo nesse breu!

Ele parou o cavalo , meu corpo avançou para frente com o movimento abrupto.

- Ok.

Fiquei surpresa.
Ele me ouviu mesmo?
E ainda por cima admitiu que eu estava certa? Na verdade ele não admitiu , mas sua atitude diria que sim.

- Ok.
Respondi ainda incerta.

Ele desceu do cavalo e eu em seguida. Olhei em volta , a neve caía em nossa volta, o céu estava cheio de nuvens , o nevoeiro era intenso. Acabei por andar um pouco enquanto ele amarrava o cavalo , fugir estava fora de cogitação, a floresta estava cheia de homens perigosos. O homem me entregou meias , três pares de meias, coloquei todas elas , meus pés haviam machucado na neve e criaram feridas , mas eu mal as sentia, não havia pisado por horas já que estava a cavalo.

 O homem me entregou meias , três pares de meias, coloquei todas elas , meus pés haviam machucado na neve e criaram feridas , mas eu mal as sentia, não havia pisado por horas já que estava a cavalo

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Escutei barulho de água batendo , segui o som que ficava mais e mais perto, até encontrar um lago, as águas eram azuis e o interior parecia brilhar. Não. Brilhava!

- Uau.

O lago era pequeno , tinha uma pequena cachoeira á minha esquerda, havia pedras brilhantes em volta parecendo quartzo transparentes e poucos rosados , a água que derramava saindo de dentro dessas pedras. Por curiosidade pus os pés na água, estava quente.

- Deliciosa.

Murmurei para mim mesma, olhei para trás e não vi ninguém, tirei o manto e fiquei apenas de roupa de baixo , era a camisola de seda.

Ao entrar na água gemi fechando os olhos , a água era rasa parando na minha cintura , fui até o outro lado e vi a pequena cachoeira, a água parecia mesmo sair de dentro das pedras rosadas , até que vi algo se movimentando dentro das pedras, era um brilho dourado, vários que lembravam vagalumes, mas eram maiores que vagalumes. Várias pareciam me encarar , me afastei das pedras e vi o brilho diminuir e tomar forma. Oh! Primeiro vi o corpo e então as pernas e braços...oh! Eram fadas!

A que me encarava de frente era linda , todas eram conhecidas pela beleza , mas ela era diferente,  a pele era como ouro e cabelos loiros quase branco, os olhos eram azuis da cor do amanhã, suas asas transparentes batiam rapidamente que mal conseguia conta-los.

Sorri.

- Olá.

Ela se aproximou, voando! Não conseguia ver as asas batendo,  elas batiam tão rápido que mal podia ver. Era como se estivesse flutuando.

- Oh, não tô acostumada desculpe.

Ela tocou a mãozinha em minha bochecha. Ela não falou nada. Nenhuma delas.

Ouvi um galho se partir e vi todas voltarem para as pedras e sumirem de vista , me virei e vi o homem, ele me jogou uma toalha e saiu dizendo .

- Saia logo daí , já teve seu momento de lazer.

Bufei.

Vários xingamentos vieram à minha mente , mas lembrava da lição da família. Nunca diga palavrão, a maioria era de xingar a mãe e eram palavras feias , odiava falar , mas podia xingar mentalmente, me fazia sentir a raiva esvair.

Terra de sangue e fúria Onde histórias criam vida. Descubra agora