Olha para as estrelas e deseja

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- Cala a boca eu gostei .

Soltei o ar que nem sabia que eu estava prendendo.

Ele me soltou, peguei o colar de suas mãos e abri o fecho , coloquei para ficar em seu pescoço. Pude sentir sua respiração quente dele em meu pescoço.

Ao fechar estremeci só um pouco. Senti sua mão esquerda na minha cintura levemente.

Como se o destino estivesse me sacaneando, o vento bateu forte fazendo meu cabelo sobre o ombro voar e ter o pescoço livre .
Senti seus lábios tocarem levemente meu pescoço, pude sentir meu corpo todo se arrepiar e estremecer com seu toque. Só queria que aquilo fosse real , mas sabia que eu seria uma distração. Uma distração de Mary. Uma distração do mundo...

- Zayn eu...
- Sh...

Ele ergueu o olhar e levou a mão ao meu rosto e a outra mão também.

Ele sorriu.

Podia jurar que ele me beijaria, mas não o fez. Claro que não...

- Ninguém nunca me deu um presente, nem mesmo meus pais.

Fiquei boquiaberta.
O que foi que eu fiz!?

- Sério? Digo...e Ruby? Ela geralmente compra coisas pra mim com frequência.

Ela beijou minha testa com ternura.

- Não, ela só comprou pra você porque você é a nova favorita dela.

Dei um meio sorriso.

- Mas e seus pais?

Seu rosto endureceu.

- Não, só voltei pra casa quando eles morreram.

Cobri o rosto com as mãos.

- Ah ! Desculpa esqueci.

Ele sorriu tirando minhas mãos do rosto e beijou o topo do meu nariz.

- Não se desculpe por nada .

Ele beijou minha bochecha.

- Nunca .

Minha outra bochecha.

- Em nenhum momento. Tudo bem?

Assenti balançando a cabeca em afirmativa, não era capaz de falar nada.

- Que tal dormimos?
- Eu tinha que dormir com Ansel .
- Eu sei, mas é melhor...você comigo.Os pesadelos...
- Ah sim!

Os pesadelos...

Caminhamos de volta de mãos dadas, não podia evitar de imaginar a mim morando num lugar como esse. Mas não dava , eu sempre me via num campo e não sabia bem o porquê. Mas era sempre esse pensamento.

- Já se imaginou morar aqui?

Ele franziu o cenho.

- Na verdade não, não me vejo morando em lugar nenhum na verdade. Por isso fico de um lado para o outro.
- Isso não é bom, mas e o castelo?

Ele me encarou.

- Lembranças demais.

Assenti.

- Vem cá, posso te perguntar algo?
- Vai me perguntar mesmo assim não?

Sorri ao perguntar.

- Conhece esse lugar todo?
- Talvez...
- Pensei de conhecer o lugar, só vamos ficar uma semana merecemos ao menos um tempo sem guerras e montanhas.

Ao mencionar a montanha ele vacilou, não iria trazer esse assunto á tona novamente. Não essa semana .

- Tudo bem, mas tem um lugar que eu prefiro mostrar somente a você.
- Porquê?

Terra de sangue e fúria Onde histórias criam vida. Descubra agora