Um passado não resolvido

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Violência

Abri os olhos e me sentei em abrupto sem me lembrar onde estava . Até que olhei ao redor, era meu quarto .

- Emília?

Me encolhi ao sentir mãos em meus rosto , mas ao ver quem era dei um suspiro trêmulo e comecei a chorar. Porquê eu estava chorando ?

- Querida o que foi? Por favor me conte.

Continuei a chorar e Zayn alisava minhas costas com meu rosto na curva do seu pescoço, o abraçava como se ele fosse minha vida, meu aconchego...minha esperança.

- Quer que eu vá embora?
- Não.

Disse imediatamente.
Cansei de mentir e olhei em seus olhos ignorando a dor de cabeça que agora estava leve e a visão turva.

- Porquê fez aquilo?

Ele franziu o cenho.
Podia vê-lo com clareza agora, já era noite e apenas a luz da lamparina na mesinha ao lado da cama iluminava o quarto.

- O que?

Solucei.

- Porquê matou minha família ? O que eles fizeram com você?

Ele parecia surpreso e me segurou levemente nos ombros.

- Do que você tá falando ? Eu nunca matei uma família inteira.

Mas...

- Eu vi , eu vi seus homens de vermelho matando minha família!

Ele se sentou na cama.

- Me mostre .

Franzi o cenho.

- Co-como?
- Me mostre.

Em um movimento rápido ele me beijou , mas então veio as lembranças, as lembranças do que vi dias atrás.

Éramos nós dois vendo a cena, Zayn vendo parecia chocado vendo toda aquela situação, o fogo, as árvores caindo...minha avó fugir através do portal.
Ele apontou para onde minha avó havia sumido.

- Como você veio pra cá?
- Ela tinha um colar que serviu de bússola até aqui, o usei e vim pra cá.

Ele me encarou.

- Quando eu te encontrei...
- Eu havia acabado de chegar a esse mundo .

Ele se aproximou de mim, dei dois passos para trás. Ele segurou meu rosto.

- Acredite ou não mas eu nunca fiz isso, eu me lembro dos rostos das pessoas que matei e com certeza não as matei. Isso eu garanto!

O empurrei.

- Como posso saber que não está mentindo ? Você mentiu desde a primeira vez que te vi !

Ele estava prestes a falar quando alguém saiu das sombras das árvores queimadas e em meio a fumaça.

- Porque fui eu que fiz.

Nos viramos e vimos ele.
Tudo fazia sentido agora...

- Veja você mesma o que aconteceu com sua família.

A cena das mortes continuaram.
Ouvi um grito.

- O que faremos agora senhor?

Ele desceu do seu cavalo negro com o uniforme vermelho e tirou o capacete prateado reluzente.

- Não há nada o que fazer , existem vários mundos e não tem como ver todos eles. O portal não era para ir a qualquer lugar, vi de relance um mundo completamente diferente.

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