Emília

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- Olá o que desejam?

Ambos ergueram os rostos , eles pareciam mesmo irmãos , tinham cabelos escuros do mesmo tom, mas suas feições eram diferentes , o da esquerda era mais jovem , parecia ter a minha idade , já o outro devia ser um pouco mais velho. O mais velho usava uma bengala de prata e a prata não parecia nada falsa , era realmente prata!

- Na verdade queríamos falar com você senhorita Emília.

- Na verdade queríamos falar com você senhorita Emília

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Disse o mais velho , ele era culto e direto . Parecia nobre .

- E posso perguntar o motivo?

A sua esquerda o homem me olhou de cima abaixo.

A sua esquerda o homem me olhou de cima abaixo

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- Esperava que você fosse mais velha.
- Pelo visto procuraram saber a meu respeito.

Ele sorriu, a sua direita o homem ergueu a mão para calar o outro.

- Perdoe meu irmão Dante, ele não costuma ser apresentado formalmente. Sou Rael, suponho que já ouviu falar de nós.

Dei um passo para trás, mas não fugi, claro que os conhecia, eram os irmãos mais falados pelas bocas fofoqueiras da cidade. Rael era o rei , rei de Helberth e Dante o irmão do meio , príncipe de Helberth. Eles puxaram uma cadeira e me sentei .
Precisava respirar.

- O que querem?

Perguntei com a voz firme , apesar de ter um baita problemas em mãos. O que eu fiz?

- Você.

Disse Rael com as mãos entrelaçadas apoiando o queixo em cima da bengala. Meu mundo parou. O que eu fiz?

Me levantei com tudo mas algo me fez sentar novamente , ao olhar em volta as pessoas...não tinha mais ninguém, ao encarar Rael vi que ele sorria, sombras saíam de seu corpo , era escura como a noite , seus olhos eram tão pretos que pensei que pudesse mergulhar em completa escuridão.

Vi que meu corpo estava sendo segurado na cadeira por suas sombras .

- Eu não fiz nada ! Vocês pegaram a mulher errada!

Ele estalou a língua, suas sombras se disciparam, pude sentir meu corpo se mover livremente . Dante se levantou .

- Vou pegar uma bebida .

Vi Lúcia sair da cozinha , tudo o que eu vi em minha volta era ilusão, percebi no momento em que  vi tudo ao redor, as pessoas não estavam comendo e as mesas e cadeiras estavam afastadas para as paredes , a porta estava trancada por dentro. Pela própria Evangelina.

- Qual o seu nome?

Franzi o cenho.

-Você sabe .

Ele deu um meio sorriso e tirou seu casaco preto colococando-o na cadeira onde Dante estava sentado.

- Pode muito bem ter usado um nome falso. Qual o seu nome?
- Emília Balluni Castro.

Ele assentiu.

- Ótimo, agora nos leve para sua casa .

Ele se levantou pegando seu casaco das costas da cadeira . Dante com uma garrafa de vinho veio até nós.

- Ótimo irmão, estou morrendo de fome.

Rael indicou a porta, fui até ela e abri. Evangelina murmurou.

- Desculpe.

Havia uma carruagem bem a frente do restaurante , era preta com detalhes em prata , a janela era espelhada.

Dante passou por mim e abriu a porta entrando, Rael ofereceu sua mão, aceitei e subi a carruagem. Sabia que não podia fugir , não conseguiria... Onde fui me meter ?

A carruagem começou a se mover, bem em direção a minha casa.

- Como sabem onde moro?

Dante sorriu.

- Estamos observando você há dias , você tem uma rotina o que facilitou para nós. Menos ontem que você mudou por causa daquela mulher.

Ele falava de celeste .
A carruagem parou , saí primeiro.

- Vocês estão enganados.

Ambos não ligaram.
Rael me pegou pelo antebraço e me guiou para dentro , a dona do apartamento me encarou e encarou os homens , as mulheres na sala ficaram caladas.

- Você não podem entrar é um lugar de respeito!

Dante jogou um saco cheio de moedas em ouro na mesa onde as mulheres bebericavam seu chá e fofocavam  sobre metade das pessoas da cidade, os olhos da dona da estalagem brilharam. Logo ela se esqueceu de mim e eles me levaram até meu quarto , lá encontrei celeste com a gata que encontramos no colo, ela não parecia surpresa.

- Finalmente !

Ela sabia , ela sabia quem eles eram . Era ela que mandava informações de mim para eles.

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