Capítulo 7

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Íris só estava de calcinha e sutiã, e estava se trocando quando Kael abriu a porta bruscamente.

- Não sabe bater?!!!

- Não imaginava que não iria vê-la vestida, já que é tão pontual... Embora é uma visão e tanto... – Kael sorriu maliciosamente.

Íris engoliu em seco. Não ia se deixar acovardar.

- Eu acordei mais tarde, estava cansada... – era uma mentira...Na verdade ela tinha se comunicado com Rhysand a pouco tempo, e precisava de tempo para se recompor.

Kael a fitava de uma forma insana.

- O que quer? – disse bruscamente.

- Eu só queria te chamar pra irmos à sacerdotisa.

- Pra quê?

- Para selar a nossa parceria.

- Agora?! – disse Íris tentando disfarçar o pânico, na qual não estava conseguindo.

- Não, minha Íris. Vamos somente marcar a cerimônia. Mas será mais rápido do que imagina...

Íris engoliu em seco.

- Tudo bem. Já estou terminando.

Kael continuou parado.

- Já pode ir – disse Íris impaciente.

- Acho que vou ficar, até porque serei seu parceiro.

- Será, mas ainda não é. Então se me der licença... – Íris apontou para a porta.

Kael se aproximou dela.

- Eu acho tão engraçado o fato de você negar o óbvio entre nós dois...o tempo todo.

- E continuarei até o fim.

- Não tenha tanta certeza... – ele se aproximou – Sei que se importa comigo.

- Me importava. Passado. Você – ela apontou o dedo pra ele – Era bom Kael... – sua voz quase falhou – ou pelo menos fingia Ser muito bem...

- Eu ainda sou aquele Kael que você conheceu. Que cuidava dos seus machucados. Que roubou uma boneca da venda só porque você não parava de chorar... Se lembra disso?

Íris mordeu o canto dos lábios, relutante em admitir que amava Kael, como irmão, naquela época.

- São lembranças que não significam mais nada.

- Nada? – ele se aproximou mais – Nadinha?

Íris disse:

- Saia. Preciso me trocar.

Kael a mediu de cima a baixo, deixando Íris envergonhada. E falou:

- Podemos adiar se quiser... – disse em voz rouca.

- Por que você adiaria?

Ele se aproximou e se curvou no pescoço de Íris.

- Me diga o que quer – disse ele em seu pescoço. E o beijou.

*Droga! De novo não! Pensou consigo mesma.

- Quero que saia – disse Íris, já nervosa com a situação.

- Tem certeza? – ele mordiscou seu pescoço, e roçou a língua nele.

Íris estava com o coração acelerado.

- Tenho...

Ele parou. A fitou com os seus olhos amendoados, e falou:

- Te espero lá embaixo.

Corte de Tormenta e SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora