Chapter Two

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Camila Cabello Point Of View

O cheiro de chá de hibisco estava por toda minha cozinha, como meu ritual da manhã eu estava na minha cozinha esperando meu chá ficar pronto enquanto me escorava na pia, a janela em frente a mesma que dava para o jardim é grande, o que muito me agrada, já que posso colocar algumas de minhas plantas ali.

Com um pequeno regador eu ergo minha mão e despejo algumas gotas d'água em pequenos vasos com pequenas mudas que estão na janela, ouço alguns barulhos vindo do meu quarto e ignoro. Tenho um pequeno susto quando a minha chaleira apita avisando que o meu chá já está pronto.

Despejo uma quantidade do líquido quente em uma xícara de porcelana branca com alguns desenhos nas bordas, deixo a chaleira em cima do fogão e vou até o armário pegar o pote de açúcar, adoço o chá e levo a xícara até meus lábios e posso sentir o gosto maravilhoso do líquido.

— Oi meu amor - sinto braços fortes me agarrarem pela cintura e um beijo demorado em meu pescoço.

— Oi amor - respondi com um sorriso e deixei a xícara em cima da mesa.

— Que cheiro esquisito - ele franziu o cenho e olhou em direção a mesa - eu não suporto quando você faz chá...

— Uma pena - peguei a xícara novamente e tomei mais um pouco - você sabe que chá me acalma e que é a primeira coisa que tomo pela manhã...

— Não fez café? - ele pergunta enquanto olha algo na geladeira.

— Não tinha - término de tomar o meu chá e deixo a xícara na pia - vou no mercado hoje, assim que sair da escola.

— Você sempre deixando as coisas pra cima da hora - ele pegou uma caixa de suco - só deixa pra comprar quando não tem mais nada em casa...

— Juan - suspirei - eu só não tive tempo, mas assim que sair da escola eu já vou direto para um mercado, sem problemas.

— Podemos sair hoje a noite? - ele me abraçou pela cintura e colou meu corpo ao dele - faz tempo que não saímos à noite.

— Claro - ele beijou meu pescoço e me deu um selinho demorado - você pode passar aqui as 19:00, estarei pronta.

— Ótimo - ele me soltou e pegou sua camiseta que estava na parte de trás de uma cadeira - agora preciso ir - me deu outro selinho - te pego mais tarde, amor.

E um Juan faminto saiu pela porta da frente da minha casa, suspirei, quase sempre assim, ele dorme aqui as vezes e sai às pressas para o trabalho, ouço meu celular tocar e olho na tela vendo que é uma chamada de vídeo.

Bom dia bundudinha como vai? - sorri ao ver Alexxis na tela do celular - já tomou seu chá?

Claro que tomei - peguei a xícara na pia e mostrei a ela - Juan que não gostou muito por conta...

Porra de Juan, Camila - ela revirou os olhos e eu sorri, ela não gostava muito dele, na verdade, nenhuma das minhas amigas gostavam - calma ai...

Tá bom - do nada surgiu mais alguns rostos na tela do meu celular, era Ally e Dinah - uma reunião de amigas logo cedo?

O que você quer encosto? - Dinah gritou, ela estava falando diretamente com Alexxis - eu estou me ajeitando para ir no mercado.

— DRAGÃO DE KOMODO - Alex gritou com a boca bem próxima a câmera - tu fala direito comigo, só pensa em comer.

— Estou em fase de crescimento - eu ergui minhas duas sobrancelhas para o que Dinah falou.

— Eu também preciso ir ao mercado, as coisas aqui já acabaram e o... - eu pausei antes de falar o nome do meu namorado pois minhas três amigas na tela do celular fizeram careta.

Essa fase de crescimento da Dinah nunca passa? - Ally perguntou e vi quando ela levou um pedaço de pão até a boca - a minha já passou faz tempo...

— E tu já teve fase de crescimento? - Alex perguntou fazendo uma careta como se estivesse pensando, Dinah riu tão alto que eu fiz uma careta pelo barulho, mas também ri da piada.

— Vocês parecem cão e gato - na tela eu pude ver Ally erguer o dedo do meio e Alex mandar beijos.

Eu vou desligar - Dinah falou e a tela dela estava tremendo, deduzi que ela estaria andando - tenho que cuidar em comprar logo as coisas, minha mãe quer que eu olhe aquelas pestes que ela chama de filho...

— Falar em pestes... - Alex ia falar mas eu ergui uma sobrancelha e semicerrei meus olhos.

— Não ouse falar dos meus pimpolhos dona Alex - ela fez uma cara de cínica como se estivesse ofendida.

Eu só ia perguntar que horas que tu ia dar aula aos pestinhas - ela sorriu largo.

— Não chama eles assim - suspirei e caminhei até meu quarto - eles são ótimos e me obedecem, são uns anjinhos.

Só você pra ter paciência - Ally comentou dando de ombros.

Tchau - Dinah falou e não esperou ninguém responder e desligou a chamada.

Bicha bruta - Alex reclamou - eu vou deixar você cuidar Mila, nos vemos depois meu amor da minha vida - ela praticamente gritou a última parte.

Até depois Mila - Ally gesticulou com a mão em um tchau - bom trabalho.

Mandei beijos e a ligação foi encerrada logo em seguida, eu já estava pronta para sair e ir ao meu trabalho, só fui até meu quarto pegar a minha bolsa onde estava meu material e meu óculos que deixei na mesinha ao lado da cama, já que estava lendo antes de dormir.

Com meus 25 anos recém formados, sou professora de educação infantil, desde sempre quis isso, sempre gostei de crianças e trabalhar com elas me faz aprender mais a cada dia, sim, além de ensiná-las eu também aprendo. As crianças as vezes tem muito o que nos ensinar, principalmente a não guardar rancor ou mágoas, e também a igualdade.

Crianças brigam agora e minutos depois já estão brincando de novo como se nada tivesse acontecido, elas não julgam a cor da pele de outra criança, elas apenas querem brincar, quem estraga a forma de uma criança enxergar o mundo, é o adulto.

Pego minhas coisas e vou em direção ao meu carro, dou partida no mesmo e vou rumo à escola infantil a qual eu trabalho a exatos dois anos, espero que eu não esqueça que tenho que passar no mercado assim que sair de lá, e também tenho que voltar no horário para poder sair com Juan, ele não gosta de atrasos.

Assim que entro em minha sala sou recebida pelos meus pequenos, as mãos pequenas abraçando minhas pernas e os sorrisos em minha direção, eu recebo o mais puro amor toda manhã quando chego aqui, durante cinco dias da semana eu sou rodeada por carinhos e declarações de amor dos meus pequenos, eles tem de 3 a 5 anos, eu amo o meu trabalho.

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