Chapter Thirteen

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Lauren Jauregui Point Of View

Esse final de semana era para eu ficar em casa, já que são meus dias sem trabalho, mas como eu deixei meu nome para quando tivessem muito chamado, aqui estou eu, na CB em um dia que era para esta em casa descansando.

Abri a porta de um dos carros de bombeiros e me sentei, tirei minhas luvas, havia acabado de chegar de uma pequena ocorrência. Ouvi a sirene de incêndio soar por todo o lugar e olhei rapidamente para o lado vendo o meu superior entrar em um dos carros, corri e entrei junto com ele.

— Outro incêndio? - perguntei enquanto colocava o cinto e ele concordou com a cabeça dando partida no carro - onde dessa vez?

— Em um apartamento no centro - ele falou concentrado em dirigir - se prepare, parece que tem duas pessoas dentro do apartamento, você vai entrar junto com o Charlie.

Concordei com a cabeça e me concentrei em vestir o restante dos meus equipamentos, vi o nosso carro passar no meio dos outros com uma certa tranquilidade, já que os carros abriam caminho pois estávamos com as sirenes ligadas. Vinha mais dois caminhões atrás da gente, não demorou muito para chegarmos em frente a um prédio, desci do carro às pressas.

— Jauregui e Charles - olhei na direção do meu superior - tentem entrar e salvarem as vítimas que estão lá dentro.

Instrui Charles a ir pela escada de incêndio pela lateral do prédio enquanto eu iria entrar pela porta principal do prédio, o fogo não se alastrou muito por outros apartamentos pois os bombeiros estavam a todo vapor lá embaixo usando as mangueiras com água. Cheguei no andar do apartamento que estava em chamas e avistei uma mulher escorada na entrada da porta, a mesma estava tossindo e em desespero.

— Senhora - chamei e ela me olhou com os olhos quase fechados - você precisa vir comigo, temos que sair daqui - segurei em sua mão - se não sairmos agora...

— Meu namorado - ela interrompeu - ele está lá dentro... - tossiu - não vou sair daqui sem ele.

— Você vai ter que sair - passei meu braço por sua cintura - meu amigo está lá dentro e vai salvar seu namorado - ela ainda relutou em ir comigo - Charles - chamei ele pelo rádio em meu ombro - tem uma pessoa dentro do apartamento, é um homem, eu estou saindo com a mulher.

Desliguei o rádio assim que ele me respondeu, puxei a mulher com cuidado e fui descendo a escada ainda ouvindo ela reclamar que não iria sair sem o namorado dela. Cheguei do lado de fora e uma outra bombeira veio levar a mulher até a ambulância, o fogo já estava sendo contido, fui ajudar meu superior com as mangueiras, olhei para a escada de incêndio e vi Charles vir com um homem nas costas, entreguei a mangueira a Alicia e fui ajudar Charles.

— Ele desmaiou assim que eu o encontrei no quarto - Charles falou - ele estava segurando algumas coisas, creio que ele tentou pegar bens matérias e por isso não conseguiu sair a tempo.

Concordei e pegue o braço do homem para ajudar Charles a levá-lo até a ambulância, assim que fiz isso eu pude ver o rosto do homem. Arregalei meus olhos em surpresa, colocamos ele dentro da ambulância e a mulher veio rapidamente sentar-se ao lado do homem.

— Esse é o seu namorado? - perguntei e a mulher concordou com a cabeça, em seguida segurou a mão dele - eu vou na ambulância - falei olhando na direção do meu superior e ele concordou, preciso falar com a Dinah urgentemente.

•••

Assim que chegamos no hospital e o homem foi para um quarto, eu peguei meu celular e procurei em minha agenda o número de Dinah.

— Dinah - falei um pouco alto assim que ela atendeu a chamada.

Fala corretivo - ela respondeu rindo.

— Não é hora para brincadeiras - falei passando a mão na minha nuca.

Tu pode chegar gritando, mas eu não posso fazer uma brincadeira - sua voz era o puro deboche.

— Dinah eu acabei de chegar aqui no hospital, acabei de chegar de um chamado de incêndio...

VOCÊ ESTÁ BEM? VOCÊ ENTROU EM COMA? - ela gritava - MEU DEUS EU VOU AVISAR A CAMILA...

— Dinah, se eu estivesse em coma eu não estaria falando com você - ela sussurrou um "é mesmo" eu revirei os olhos - e você tem que avisar a Camila sim, só que não sobre mim...

Nossa Jauregui, quase que meu coração saia pelo cu - ouvi ela suspirar em alívio - e o que eu tenho que avisar a Chancho?

— O Juan, ele...

Está carbonizado? - ela me interrompeu mais uma vez - meu Deus, ele era escroto e nojento, ninguém suportava ele, mas não merecia isso não...

— Não - neguei rapidamente - ele está bem, só desmaiou e está no oxigênio nesse momento e depois irá fazer alguns exames...

E eu vou avisar isso a Chancho por qual motivo? - eu queria socar a cara dela nesse momento - se ele está bem, não tem o que avisar.

— Dinah foca aqui - falei já quase perdendo a paciência - meu colega de trabalho salvou ele e eu salvei uma mulher, ela não parava de repetir que não queria sair sem o namorado...

Mentira - ela falou baixo, quase em um sussurro - calma, não me diga que é o que eu estou imaginando.

— Se você está imaginando que o tal namorado é o Juan, então você está imaginando muito certo - falei.

Amas eu vou meter a mão na cara daquele infeliz - ela falou irritada - eu vou pegar a mangueira do seu caminhão e vou enfiar no cu dele até que ela saia pela boca dele...

— Dinah pelo amor de Deus - eu não queria rir mas foi impossível - não me faz rir numa hora dessas por favor.

Em que hospital você está? - ela perguntou rindo.

— Jackson Memorial - falei olhando as pessoas que passava no corredor - como eu vou falar isso pra Camila?

Não se preocupa talco - ela disse em um tom de voz misterioso - ela vai ver com os próprios olhos...

— O que você vai fazer? - perguntei preocupada.

Deixe comigo, a mãe aqui sabe o que está fazendo - agora eu estou mais preocupada ainda.

— Você não vai fazer nenhuma besteira, não é Dinah? - perguntei receosa.

Que nada - ela riu com deboche - eu não faço besteiras, eu resolvo as besteiras.

— Agora você forçou - antes que eu pudesse terminar de falar ela me interrompeu.

Ah vai tomar no teu cu!

Ela falou e desligou o celular na minha cara, eu tirei o celular do ouvido e olhei a tela do mesmo, suspirei e guardei dentro do bolso de minha calça, seja o que Deus quiser agora.

•••

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