Chapter Twenty Five

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Camila Cabello Point Of View

Me sentei em uma cadeira do corredor a alguns minutos enquanto esperava notícias de Lauren e também nossas amigas chegarem. Comecei a balançar minhas pernas sem parar em nervosismo, acho que nem o clamante que a enfermeira me deu irá fazer com que eu me acalme.

Talvez até ajudasse, mas agora que eu vi que outros médicos entraram no quarto de Lauren a pedido de Austin, me encontro mais nervosa ainda. Olhei a parede branca a minha frente e lembrei do momento a qual ela abriu os olhos e não parava de me olhar, um sorriso involuntário tomou conta dos meus lábios, levei minhas duas mãos ao rosto e comecei a chorar.

- Mila - ouvi a voz de Alexxis e me levantei no automático e a abracei, ela me apertou forte em seus braços - ela acordou, vai ficar tudo bem agora...

- Eu nem acredito - ouvi a voz de Leah enquanto a mesma entrava no nosso abraço - ela acordou mesmo, ela é muito forte, uma guerreira...

- Chancho - ouvi a voz de Dinah e me soltei de Ale indo em direção a minha amiga - oh meu amor - ela falou assim que choquei meu corpo com o dela - vai ficar tudo bem, ela acordou, ela voltou para todos nós - ela repetia baixo em meu ouvido enquanto me apertava em seus braços.

Ela me levou até a cadeira que eu estava sentada a minutos atrás e ficou ao meu lado, logo todas as nossas amigas estavam ali, menos Vero e Lucy que estavam em sua lua de mel, elas não paravam de ligar e de reclamar de não poder estar ali com todas nós. Estavam praguejando até o casamento e a lua de mel, o que me fez rir um pouco.

Cruzei minhas pernas e comecei a balançar a mesma, Alexxis e Dinah estavam sentadas uma de cada lado da minha cadeira. Ally foi com Normani comprar café para todas, fechei meus olhos e suspirei, abri os olhos rapidamente quando ouvi o barulho de porta se abrindo, vi os médicos saindo e Austin por último.

- Boa noite pessoal - todas respondemos ao médico - bom... ela esta bem, os outros médicos e eu examinamos ela e tiramos também o tubo para ser mais fácil dela falar, se assim conseguir - ele falava e olhava a prancheta em sua mão - ela está apenas com a máscara de oxigênio e os outros aparelhos agora, ela reagiu bem melhor a lanterna no último exame - ele me olhou - agora, eu preciso que você entre comigo Mila, ela parece responder melhor quando você está lá com ela, poderia entrar comigo? - eu me levantei rapidamente da cadeira - e vocês - ele olhou para nossas amigas - só vão poder ver ela, um ou dois por vez, é muita informação para ela, ela ainda não sabe que passou tanto tempo em coma e tudo ainda está muito confuso na cabeça dela.

Elas concordaram e eu acompanhei Austin até o quarto de Lauren, entrei no quarto e vi que ela estava olhando fixamente para as flores que tinha ao lado da cama, o buquê do casamento das meninas, ao ouvir a gente entrar, ela virou a cabeça na nossa direção lentamente.

- Oi meu amor - me aproximei dela e a máquina que marcava os batimentos dela fez o mesmo barulho da outra vez - eu vou segurar sua mão e vou te perguntar algumas coisas, tudo bem? - antes de entrar Austin me pediu para fazer isso e arranjar um meio dela responder, ela apenas ficou me olhando, eu segurei a mão dela - você consegue apertar minha mão, uma vez para sim e duas para não? - ela apertou minha mão uma única vez e era um aperto leve.

- E então? - Austin perguntou - ela apertou sua mão?

- Sim - respondi sorrindo e ele também sorriu e anotou algo na prancheta - você consegue ouvir a gente direitinho? - ela apertou minha mão uma vez, Austin observava nossas mãos para acompanhar as respostas dela e anotar - você está sentindo alguma dor? - ela apertou uma vez - é na cabeça a dor? - ela apertou duas vezes - é na garganta? - ela apertou uma vez e Austin anotava tudo - sente dor em mais algum canto meu amor? - pude ver um pequeno sorriso através da máscara de oxigênio e ela apertou minha mão duas vezes - está sentindo que está ruim para se movimentar? - ela apertou minha mão uma vez - você está conseguindo enxergar bem? - ela apertou minha mão uma única vez - a dificuldade é só os movimentos e a voz então? - ela apertou uma vez novamente.

- Ótimo - Austin falou animado - digo, ela está com algumas lesões, mas com o tempo ela vai ficar melhor - ele sorriu e eu também - vai ajudar se ela fizer natação e exercícios para os movimentos voltarem cem por cento, fisioterapia também, aqui no hospital - ele apertou meu ombro - e a fala também, daqui a pouco vamos bater uma tomografia, vai dar tudo certo Mila.

Ele saiu do quarto e eu me sentei na poltrona ao lado da cama de Lauren, ainda segurando em sua mão, ela não parava de me olhar e eu também não conseguia parar de olhar aqueles olhos. Ela estava ali acordada depois de tanto tempo, ela voltou pra mim, assim como eu pedi.

- Você sabe que está em um hospital não sabe? - ela apertou minha mão uma única vez - e sabe o motivo de está aqui? - ela apertou uma vez novamente - já te falaram quanto tempo você está aqui no hospital? - ela apertou minha mão duas vezes, me assustei quando a porta se abriu e Austin entrou com uma garrafinha d'água - eu posso dizer a ela?

- Com calma - ele abriu a garrafa e pegou um copo, colocou água em um e me entregou - ajude ela a beber - ele apertou os botões ao lado da cama e a mesma se ergueu um pouco, deixando Lauren quase sentada, me levantei e retirei com cuidado a máscara de sua boca e levei o copo até seus lábios - devagar - ele disse.

- Consegue beber? - procurei sua mão com a minha que estava livre e ela apertou uma vez, vi quando ela abriu a boca devagar e eu levei o copo até seus lábios - devagar meu amor - vi ela sorri novamente, um sorriso imperceptível, mas lindo - isso...

Ela bebeu a água e eu entreguei o copo a Austin, decidi também que só iria contar a ela o tempo que passou ali quando ela voltasse dos exames, e eu tivesse absoluta certeza de que ela estava mesmo bem. Austin saiu do quarto para resolver algumas coisas e eu fiquei lá ao lado de Lauren.

Ela me olhava tão fixamente, depois de alguns minutos ela começou a piscar os olhos lentamente como se estivesse com sono, Austin já havia me avisado que seria normal ela querer dormir por conta do medicamento que ela tomou para dor. Quando ela dormiu eu sai do quarto, mas sai com o coração apertado, pois não queria ficar longe dela, mas precisava avisar a nossas amigas como ela estava e contar as novidades.

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