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Tine

Sinto o meu corpo inteiro pesar, demora um pouco até que eu abra os olhos

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Sinto o meu corpo inteiro pesar, demora um pouco até que eu abra os olhos. Devagar, olho para o teto e tudo estava branco, mexo a minha mão, mas estava com um peso.

Resmungo baixo, olho para o lado e vejo Sarawat deitado ali, me sento devagar e passo a mão em meu cabelo, tentando me manter calmo.

– O que... – Antes que eu conclua o que estava falando, Sarawat se levanta e se senta na beira da cama, seus olhos me olhavam de um jeito tão preocupado que parecia que eu não estava respirando, recebendo aquele olhar tão intenso.

Ele parecia que ia me bater por ter acontecido algo ruim comigo, talvez, mas o que aconteceu? Olho ao redor, desviando o meu olhar do dele.

Estou no hospital?

– Tine? Tine? – Ele me chama e segura o meu rosto, me forçando a olhar para ele. Foco naqueles olhos, que pareciam querer me dizer tanto, que eu não consigo explicar o suficiente. – Está melhor? Está doendo alguma coisa? – Ele passa a mão pelo meu corpo e demoro um pouco para processar que ele estava me apalpando.

Quase caio da cama por ele estar fazendo isso, mas ele me segura, impedindo a minha queda.

– Calma, respira fundo – ele fala e se afasta um pouco de mim, só assim eu volto a respirar – está bem, está melhor agora.

Ele fala e só concordo com a cabeça. Ele se afasta e vai pegar água para mim, me entrega e bebo devagar.

– O que aconteceu? – Pergunto e ele suspira, talvez aliviado por eu estar falando normalmente e não prendendo a respiração.

– Você desmaiou do nada – ele diz e eu olho para ele, tentando lembrar o que aconteceu.

– V-você...Você – tento falar, apontando o dedo para ele, nervoso, e me afasto mais dele. – Você... Me... Me... Me...

– Eu te beijei – ele fala e eu olho para ele concordando. – Você desmaiou por isso. Foi tão ruim assim?

– Não. – Respondo muito rápido e mordo meu lábio. – Não foi isso que eu... Não sei.

Tento explicar, mas Sarawat só sorri, fazendo carinho em meu cabelo. Olho para ele com um olhar perdido.

Ele se parece... Por quê? O que está acontecendo?

– Ei, respira fundo. Você tá sem respirar novamente – ele diz e eu tombo a cabeça para o lado. Ele me ajuda a volta a deitar. – Vou chamar o médico, ele disse que não era nada mais e agora você não está bem – ele diz nervoso e se levanta para se afastar.

Mas eu não deixo ele ir, pois seguro a sua mão. Ele olha para mim sem entender, mas logo se senta no canto da cama e segura a minha mão com certa força.

– O que foi? – Ele me pergunta, mas não consigo falar. Não sei o que falar, mas as lágrimas rolavam pelo o meu rosto sem minha permissão. Ele coloca a mão em meu rosto, secando minhas lágrimas e me abraça.

– Wat – falo baixo e ele suspira, fazendo carinho em meu cabelo, fazendo com que eu me acalmasse aos poucos. Aperto ele, o abraçando com certa força.

– Calma, eu estou aqui, não vou fugir – ele fala com uma voz tão calma que estava me causando arrepios. Ele me abraça com certa força. – Eu nunca vou lhe deixar, nunca.

– Wat... – Eu soluço, sem conseguir parar de chorar, escondendo o meu rosto no peito dele. O motivo das minhas lágrimas nem mesmo eu consigo saber, eu só quero abraçar ele e não soltar mais.

– Eu não vou lhe deixar sozinho, eu prometo. – Ele diz e ficamos ali por um tempo.

...

Estou no dormitório de Sarawat, emburrado, afinal gostaria de voltar para o meu, mas ele não quer me deixar sozinho então estou sentado na cama dele me, recusando a falar com ele.

Infantil?

Talvez.

– Tine – ele chama a minha atenção quando coloca a bandeja próxima a cama. – Coma – ele diz, mas olho para o lado, ignorando ele. – Ah, não vai falar comigo?

Ele entra em meu campo de visão e olho para ele fazendo beiço, ele se aproxima de mim e morde os meus lábios, me afasto dele com a mão em minha boca, surpreso com o que ele tinha feito.

– Se continua a me ignorar eu vou lhe morder – ele fala e mordo o meu lábio, ele se aproxima mais. Mesmo que eu tentasse me afastar dele, ele me puxa, me deitando na cama e ficando por cima de mim. – O seu corpo todinho é o que eu vou morder – ele diz e engulo em seco. Foi inevitável não me arrepiar com ele tão perto de mim.

Ele se afasta e põe a bandeja próxima a mim, logo me apreço em pegar e começar a comer. Ele olha para mim e da um sorriso animado.

– Bom garoto – ele diz e passa a mão em meu cabelo.

– Eu sou cachorro agora? – Pergunto, um pouco irritado.

– Não, você é o cara que eu gosto – ele diz e eu me engasgo com a comida, ele logo me da água para que eu não morra ali, na frente dele.

– Você faz cada brincadeira sem graça – digo. Ele me olha, parecendo que eu tinha criado três cabeças naquele momento e respira fundo.

– Não estou brincando, Tine. – Ele se levanta e se afasta da cama, anda até o violão e começa a dedilhar algumas notas. Eu realmente não faço idéia de qual música ele está tocando.

Óbvio que é brincadeira. Duvido muito que não seja.

Ele não seria louco, né?

Eu gosto de mulheres... Não gosto?

Droga, o que eu estou pensando? Respira, respira, Tine, você está hiperventilando novamente.

Mantenha-se calmo.

Olho para Sarawat, tentando disfarçar, e respiro fundo, tentando não ser um estranho. Volto a me concentrar no que estava comendo, enquanto tentava colocar os meus pensamentos em ordem.

Aquele sonho... O garoto. Por que ele se parece tanto com Sarawat? O que está acontecendo afinal de contas? Será que estou ficando louco, é isso? 

......

Oiiee gente tudo bem com vocês

Espero que tenham gostado

Beijão

Até o próximo capítulo

revisado/betado

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