Capítulo 5

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Poucos segundo depois Jessica voltou uma uma caixa nas mãos.

Jessica: Prontinho - sorriu travessa.

Eu: Qual o motivo desse sorriso? - perguntei desconfiada.

Jessica: Talvez eu tenha feito meu chefe te dar isso de presente - ergueu a caixa fazendo um movimento vitorioso.

Eu: O que? - perguntei surpresa - não precisava - mostrei o dinheiro que separei para pagar o aparelho.

Jessica: Nada que alguns beijos não resolvam amiga - abanou a mão.

Ok, nada mais nessa garota me surpreende.

Eu: Muito obrigada Jessica, muito obrigada mesmo - falei colocando minha mão por cima da sua.

Jessica: Sem problema amiga, quando precisar é só pedir, to doida pra beijar meu chefe novamente  - susurrou me abraçando.

Balancei a cabeça em descrença e peguei minhas sacolas acenando em despedida.

Assim que sai do estabelecimento, caminhei a procura de algum táxi e achei um parado a alguns metros adiante.

Quando estava prestes a caminhar até ele fui agarrada bruscamente e jogada dentro de um carro. 
Olhei para minhas compras espalhadas no banco e chão do carro e suspirei em descrença.

Ergui meu olhar encontrando dois pares de olhos me encarando dos bancos da frente e parei de respirar.

De novo não!

Eu: Me deixem sair - pedi sentindo felicidade inundar meu peito ao ver que minha voz saiu firme.

Carter: Olá docinho, sentiu nossa falta? - perguntou com um sorrisinho de lado.

Um sorriso maldosamente perfeito!

Eu: Não, não senti. Agora por favor me deixam ir embora - falei tentando abrir a porta.

Andrew: Esta trancado doce, não achou que deixaríamos você ir embora antes de conversarmos não é? - perguntou parecendo realmente estar confuso.

Eu: Não temos nada para conversar - falei seria.

Carter: Pode apostar que temos docinho e querendo ou não você vai ouvir - comprimiu os lábios.

Engoli a saliva que acumulou na minha boca e funguei sentindo meus olhos arderem.

Andrew: Não liga para esse ignorante, queremos apenas propor algo - falou com a voz branda.

Carter: Ou poderíamos fazer de uma  maneira mais fácil, mas Andrew não quer isso - revirou os olhos.

Passei meus olhos de um para outro e senti sentimentos diferentes em relação a eles.

Com Andrew me sinto segura, já com Carter sinto que a qualquer momento morrerei.

Eu: Propor o quê? - perguntei receosa.

Carter: Passe uma semana conosco e nos conheça melhor, não somos tão maus como acha - piscou me olhando estranhamente.

Andrew: Nos precipitamos ao lhe sequestrar, mas podemos mudar isso e nos conhecer melhor - sorriu carinhoso.

O que?

Eu: Vocês são loucos? - perguntei assustada.

Eles não podem achar que vou cogitar essa ideia não é?

Carter: Loucos por você docinho - piscou novamente.

Balancei a cabeça suspirando e comecei a juntar minhas coisas. Não posso acreditar que isso está acontecendo.

Andrew: O que é isso? - perguntou assustado olhando a caixa que tinha acabado de pegar.

Eu: São minhas compras - rolei os olhos. Eles me puxam para dentro de um carro e não notam as sacolas em minhas mãos.

Carter: Sabemos disso linda, mas essa caixa é sua? - perguntou olhando para o irmão.

Eu: Claro que é - respondi terminado de organizar tudo.

Carter: Você tem um filho - afirmou comprimido os lábios.

Andrew: Isso é verdade linda? - perguntou apertando as mãos em punhos.

Eu: Abram a porta - mandei cansada de tudo.

Carter: Não até responder nossa pergunta - falou começando a dirigir.

Engoli em seco pensando em alguma mentira e nada me veio a mente. A mentira sempre foi meu ponto fraco.

Não vendo outra alternativa  fiquei calada durante o caminho que fazíamos, apenas olhando para a janela.

Podia ouvir os suspiros irritados que ambos os irmão soltavam pelo silêncio incômodo, mas não quero contar do meu problema a eles.

Alguns minutos depois paramos em frente à meu prédio e suspirei aliviada por isso.
Não quero mais ficar no mesmo ambiente em que eles estão, isso me desespera.

Ouvi a porta ser destravada e sai o mais rápido possível daquele carro, não me importando em me despedir.

Ouvi seus passos atrás de mim e me aprecei em entrar no elevador, os deixando para trás.

Senti meu coração desacelerar e escorei na parede respirando fundo.
Aqueles homens me despertam sensações estranhas e misteriosas.

Quando parei no meu andar, sai do elevador e andei até minha porta gritando ao sentir mãos agarrarem minha cintura.

Carter: Achou que podia fugir? - sussurrou mordendo meu lóbulo.

Andrew: Abra a porta Lily - mandou com a voz rouca.

Arregalei os olhos tentando entender como chegaram primeiro e peguei a chave na bolsa, destrancando a porta em seguida.

Eu: O que preciso fazer para que me deixem em paz? - perguntei me sentando no sofá exausta.

Carter: Venha conosco e passe uma semana em nossa casa - deu de ombros se sentando ao meu lado.

Andrew: Nunca lhe faremos nada de mal, queremos apenas que nos conheça e veja que não somos como mostramos - se ajoelhou a meus pés.

Eu: Prometem me deixar em paz depois disso? - perguntei receosa.

Carter: O que quiser princesa - sorriu.

Eu: De dedinho? - ergui o mindinho olhando para ambos.

Ouvi uma gargalhada de Andrew e me encolhi mentalmente.

Carter: De dedinho princesa - juntou seu dedo ao meu em um juramento selado assim como Andrew.

Andrew: Mas não pense que esquecemos da maldita caixa docinho  - rosnou sorrindo.


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