Capítulo 9

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Não falamos mais nada depois do que Carter falou. Meu corpo estava calmo, mas minha mente não parava.
Os pensamentos nublaram minha cabeça e mal vi a hora passar, apenas senti meus seios livres.

Os meninos foram para fora do quarto e me levantei indo ao banheiro.

Tirei o resto das roupas e entrei na banheira, me permitindo relaxar e esquecer tudo por breves minutos.

Passei o sabão por meus seios limpando qualquer resquício de saliva deixado e me enrolei na toalha.

Abri a porta do banheiro com cuidado e respirei aliviada ao ver que estou sozinha.

Entrei no closet pegando um conjunto de blusa e short azuis e coloquei uma rasteirinha no pé.

Quando sai do quarto, me guiei pelo caminho que havia feito no dia anterior e parei na sala de entrada.

Eu: Tô perdida - sussurrei olhando para os lados - maldito momento em que me deixaram sozinha - resmunguei fazendo um leve e pequeno bico.

Andrew: Não a deixamos sozinha docinho, apenas nos ausentamos por breves minutos - falou tomando toda a atmosfera da sala com seu olhar duro.

Carter: Abre a boca baby - mandou se aproximando.

Apertei os olhos confusa com sua ordem e balancei a cabeça.

Andrew: Não nos faça repetir docinho - rosnou apertando levemente meu pescoço.

Suspirei olhando de um para o outro e abri a boca revirando os olhos em seguida.

Carter: Boa menina - sorriu prendendo um comprimido entre os lábios e aproximando sua boca da minha.

Espera, esse é meu remédio?

Ainda com a boca aberta senti seus lábios encostarem nos meus e instantaneamente um choque se apossou do meu corpo.

Sua língua passou o comprimido para minha boca e seus dedos acariciaram minha nuca possessivamente antes de segurarem meus fios.

Carter: Minha - sussurrou mordiscando meu pescoço.

Contive um som de apreciação e tentei me afastar, encontrando outro corpo atrás do meu.

Andrew: Carter - falou em tom de...aviso?

Carter: Eu sei - resmungou se afastando e me entregando um copo de água.

Senti algo me incomodar entre as pernas e quando compreendi do que se tratava minhas bochechas ficaram rubras.

Bebi a água engolindo o comprimido com as mãos trêmulas e senti Andrew inspirar fortemente.

Querendo me afastar, joguei o copo vazio para Carter, que o pegou com uma incrível agilidade e corri para o outro lado da sala.

Andrew: Esta exitada carinho? - perguntou maldoso.

Carter: Me pergunto se apenas suas bochechas ficam vermelha quando cora - olhou sugestivo para o irmão.

Arregalei os olhos diante de tamanhas palavras e suspirei novamente.

Minha estadia aqui não será nem um pouco tranquila.

Eu: Se puderem para de falar de mim, gostaria de saber onde é a cozinha - falei sentindo meu estômago protestar.

Andrew: Tudo por você docinho - piscou começando a andar, provavelmente até a cozinha.

O segui sentindo minhas costas queimarem por culpa de um certo safado sem vergonha e suspirei ao encontrar o cômodo mais bonito que já vi em toda a minha vida.

Uma combinação única de armários escuros e azulejos neutros, juntamente a uma bancada de mármore e uma geladeira inox da mesma cor.

Olhei tudo abismada com a incrível decoração de tudo. Da mais simples flor na bancada até o maus caro tapete no chão.

Eu: Uau - sussurrei.

Ouvi risadas baixas e fui empurrada delicadamente para perto de uma cadeira.

Andrew: Nos diga o que quer comer e faremos com o mais singelo sorriso - me olhou intensamente.

Sorri o achando fofo e pisquei pensando em algo.

Eu: Me surpreendam - finalmente respondi depois de alguns segundos.

Recebi sorrisos maliciosos dos dois, que logo começaram a cozinhar e apenas observei a sincronia que ambos tinham juntos.

Me pergunto se essa sincronia tem outra serventia. Não posso ignorar o efeito que os irmãos tem em meu corpo, apenas algumas palavras serão o suficiente para ceder ao desejo que sinto.

Olhando para o momento agora e escutando os comentários engraçados soltados por eles, me pergunto se uma vida ao seu lado seria tão ruim ao ponto de me fazer desistir desses pequenos momentos felizes.

E a resposta é não, eu quero esses momentos para mim. E se tiver que aprender a ama-los, aprenderei com um sorriso no rosto.

Eu: Eu quero - sussurrei sentindo borboletas brincarem em meu estômago.

Ambos se viraram para mim e cruzaram os braços em uma pergunta silenciosa.

Eu: Eu quero tentar - sorri surpresa comigo mesma - quero arriscar - completei me levantando.

Carter: Seja mais sugestiva docinho - ironizou piscando.

Eu: Mais sugestiva que isso? - perguntei me aproximando e tomando sua boca na minha.

Imaginei um beijo lento e cuidadoso, mas o que recebi foi o contrário. Um beijo exigente e possessivo.

Me afastei para recuperar o ar e me virei para Andrew fazendo o mesmo processo.

Diferente do irmão, Andrew espalmou a mão no meu traseiro e apertou suavemente minha bunda.

Me remexi arrancando uma risada dele e nos separamos ofegantes.

Andrew: Não sabe o que acabou de fazer Lily - sussurrou encostando sua testa na minha.

Sei sim, acabei de começar meu feliz para sempre.





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