Ao perder seus pais, Lily tentará recomeçar em outra cidade, mas nada é fácil como parece. Por ter um baixo grau de infantilismo tem medo de se aproximar das pessoas e ser rejeitada.
Andrew e Carter Lewis são irmãos bastante fora do comum. Além do f...
Franzi a testa com o nome estranho ao qual ela se referiu a casa e entrei sentindo meu rosto esquentar.
Jessie fechou a porta assobiando em seguida e logo um pequeno cachorro chegou pulando.
Acho que entendi sua alegria de sempre pular.
Ela o pegou nos braços e estendeu para mim com um sorriso malicioso.
Jessie: Esse é o xuxu - me entregou o cachorro que logo começou a se remexer.
Senti um corte se formar no meu rosto e me apressei em colocar o cachorro no chão.
Eu: Mancinho ele - sorri nervosa.
Jessie: Ah deixa disso, vem - me puxou até o que parece ser alguma área de lazer improvisada - MÃE - gritou me fazendo estremecer.
XXX: Não grita cria de satanás - uma mulher bem vestida apareceu a repreendendo seriamente.
Em sua mão um aparelho de alta tecnologia descansava, junto a vários anéis e algumas pulseiras.
Seu olhar se deslocou da filha e se virou para mim, me olhando de cima a baixo com o rosto neutro.
XXX: Oh que falta de respeito a minha, quem seria você minha jovem? - perguntou inclinando suavemente a cabeça
Jessie: Minha melhor amiga e quase visinha - respondeu sorrindo.
Eu: Meu nome é Lily senhora - respondi abaixando a cabeça.
XXX: Muito bem Lily, sou Soraia - sorriu me puxando para um abraço.
Arregalei os olhos surpresa e envolvi meus braços ao redor de seu corpo.
Olhei desesperada para Jessie, que abanou a mão e me afastei suavemente da mulher.
Soraia: Venham vamos comer alguma coisa - chamou.
Empurrei Jessie na frente e segui timidamente atrás, passando a mão no recém corte adquirido no rosto.
Soraia: É alérgica à algo Lily? - perguntou quando chegamos na cozinha, muito parecida com a dos meninos.
Eu: Não - respondi baixo.
Jessie me empurrou para uma cadeira de madeira e se colocou ao lado da mãe.
Jessie: Pronta para comer o melhor bolo de frutas vermelhas que já comeu? - perguntou animada.
Acenti sorrindo.
Durante as próximas horas aproveitei ao máximo o ânimo que aquela casa exalava. O bolo da Soraia realmente foi um dos melhores que já comi. Jessie disse que era um segredo de família, então nem tentei pegar a receita.
Quando vi o sol desaparecer dando lugar a lua, me despedi delas com um abraço carinhoso e caminhei para a casa dos garotos.
Mal pisei dentro da casa quando fui brutalmente agarrada e jogada no sofá.
Carter: Onde você estava? - perguntou fechando as mãos em punhos.
Sua respiração descompassada revelava sua raiva e isso me assustou.
Eu: F-fui respirar - respondi me encolhendo no canto do sofá.
Andrew: Você não foi apenas respirar docinho - rosnou segurando meu queixo e erguendo meu rosto - que merda é essa no seu rosto? - respirou fundo se afastando bruscamente.
Carter olhou meu corte e suspirou fechando os olhos.
Passei a mão na bochecha tentando de alguma forma o esconder e me levantei caminhando para meu quarto.
Eu: Vocês não tem esse direito sobre mim, não sou prisioneira para contar onde vou - falei magoada.
Fechei a porta retirando minhas roupas e peguei a chupeta escondida. Não quero chorar, quero apenas ficar deitada e olhar para o vazio.
Escutei alguns gritos do outro lado da porta e esperei para vê-los invadir o quarto, mas não aconteceu.
Suspirei querendo seus corpos junto ao meu e fechei os olhos me repreendendo.
Mordi o lábio afastando o lençol da cama e me deitei, afundando a cabeça nos travesseiros.
Uma onda de conforto me invadiu e em poucos segundos meus olhos pesaram.
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Senti meu corpo ser levantado e logo deitado em algo duro e quente. Me aconcheguei melhor resmungando algo incoerente e suspirei sentindo uma mão acariciar meus cabelos.
Andrew: Doce Lily, não sabe o que faríamos para lhe fazer feliz - sussurrou de modo carinhoso.
Carter: Matariamos todos se assim desejasse - beijou minha testa.
Escutei a risada de ambos e abri os olhos.
Eu: Não quero que matem ninguém - murmurei tirando a chupeta da boca.
Carter: Mas faríamos - garantiu com feições suaves.
Andrew: Não queríamos ter brigado daquele geito com você docinho, mas ficamos preocupados pra caramba - beijou a ponta do meu nariz, me tirando uma risadinha.
Balancei a cabeça inspirando o cheiro amadeirado do peito do Carter e voltei a fechar os olhos.
Eu: Que horas são? - perguntei bocejando.
Andrew: 3:40 - respondeu com um sorriso de lado.
Choramimguei escondendo meu rosto querendo voltar a dormir.
Carter: Nos perdoa bebê? - perguntou erguendo meu queixo.
Bufei frustrada e balancei positivamente a cabeça. Eu só quero dormir.
Me joguei para o lado, caindo de barriga para cima e abri os braços em um convite silencioso.
Duas bocas cobrindo meus seios foram minha resposta. Ignorei o arrepio que percorreu meu corpo e aninhei mais os corpos em mim, finalmente conseguindo dormir.