Acordo na segunda-feira decidido a acertar as contas com Maxon.
Depois de nos beijarmos no jogo de sábado, eu poderia ter entrado em colapso e ter feito uma besteira. Mas consegui colocar um sorriso em meu rosto e fingir que estava tudo bem enquanto comemorava a vitória do Boston Vikings com os jogadores, treinadores e com Solomons. No ônibus, enquanto voltávamos para casa, no entanto, não conseguir esconder a minha consternação e minha irritação.
A noite, apesar de cansado e irritado, frustrado por não entender a reação de Max e bravo por não entender e acreditar nas minhas próprias atitudes, fui para a casa dos meus pais comemorar o aniversário de River. – Ele gostou do carro afinal, só não gostou de termos gastado dinheiro comprando-o para ele. – Todos perceberam que havia algo de diferente comigo. Ninguém falou em voz alta, mas eu sentia seus olhares em minha direção, principalmente vindos de Terrence e do meu pai.
Por não estar com paciência para enfrentar a inquisição da minha família, resolvi ficar em casa no domingo. Minha mãe me ligou para se certificar que eu estava bem e inventei uma mentira qualquer. Ela sabe que estou mentindo, mas não fala nada. Ficamos Leo e eu sozinhos durante todo o domingo.
E agora, depois de leva-lo para a escola me encaminho para a faculdade Max. Quero confrontá-lo. Dirijo com o máximo de cuidado possível apesar do meu nervosismo e apreensão. Quero encontra-lo, tirar tudo a limpo, pedir uma explicação, dizer o que eu sinto por ele ou o que eu acho que sinto.
Procuro o rinque de patinação da faculdade. Passou um pouco das oito da manhã, o time deve estar treinando e não quero parecer um stalker, então espero do lado de fora do rinque. Terrence deveria me prender por estar perseguindo um jovem de dezoito anos recém completados, mas é uma atitude precipitada necessária.
Passa das dez quando vejo o time saindo do rinque. Max se destaca, é um dos mais altos. Ele sorri enquanto conversa com um de seus colegas de time. Eles andam a uma distância considerável do grupo de outros jogadores. Acho que Max não consegue se sentir confortável com todos eles. Ele não mudou. Pelo menos não essa parte dele.
Assisto enquanto Max se despede do seu amigo e se distancia de todos os jogadores. Chegou a hora. Saio do carro e caminho vagarosamente atrás de Maxon. É o prelúdio de uma cena de sequestro de qualquer filme de terror ou de suspense, mas não posso fazer muito diferente. Vejo o seu corpo esguio a cada passo ficando mais perto de mim. Observo seus cabelos sendo bagunçados pelo vento.
Max está se dirigindo a uma cafeteria do campus. Ando mais rápido para que eu possa intercepta-lo antes que entre no café. Assim que Maxon está a poucos passos da entrada, seguro o seu braço esquerdo. Ele se assusta com o meu gesto e quando fica de frente para mim posso ver que estava se preparando para me atacar em um ato de reflexo.
- O que você quer comigo? – Ele puxa o seu braço e o coloca contra o peito.
- Nós precisamos conversar, Max, você não pode fingir que nada aconteceu, você não pode causar uma turbulência na minha vida e ir embora sem nenhuma explicação.
Alguns estudantes olhavam para nós querendo entender o que estava acontecendo. Eu estou impaciente e não preciso de uma plateia.
- O que você quer que eu explique? – Maxon agora parece bravo. Não é possível que ele tenha me amado num passado não tão distante e agora não sinta nada por mim, nem mesmo depois do beijo.
- Vamos para um lugar mais reservado.
Não espero por sua resposta, apenas saio caminhando de volta até o meu carro e sei que ele está me seguindo. Quando chego perto do carro destravo o veículo e entro sendo seguido por Max.