Capítulo 13 - Would you be my boyfriend?

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Sair com Max na noite passada me deixou muito feliz.

Me deixou em um estado de felicidade e paz de espírito que durante aquele período de tempo, não me importei de ainda estarmos juntos parcialmente as escondidas, não fiquei ansioso com a possibilidade de sermos vistos pelos meus pais e ainda consegui esquecer a minha situação com Simon.

Resolvi então seguir o conselho de River, preciso de um tempo com Max, então o chamei para um jantar antes que ele saísse do meu carro. Leo ressonava baixinho dormindo no banco de trás e a luz do poste na rua entrava no carro. Segurei a mão de Max discretamente e tentei fazer um pedido decente e minimamente romântico. Ele aceitou e eu não pude ficar mais feliz.

Dirigi de volta para casa automaticamente carente. Queria passar a noite toda com Max, tê-lo em meus braços. É doloroso passar apenas algumas horas juntos depois de alguns dias longe um do outro. Acho que nunca fui tão carente e dependente assim de uma pessoa desde que comecei a me relacionar com alguém. Sempre prezei pelo meu espaço individual, por momentos sozinhos no meio de encontros, dormir juntos, conhecer os sogros e tudo mais. Eu precisava de um tempo para mim.

Não me sinto assim com Max. Eu o quero o tempo todo e não apenas no sentido sexual. Quero passar todo o meu tempo com ele. Leva-lo para conhecer a minha família – depois de uma conversa esclarecedora com os meus pais – cozinhar juntos no meio da semana, assistir jogos de hóquei da NHL, jogar hóquei nos domingos, passear com Leo.

É um pensamento razoável para um homem de trinta e um anos com um filho, mas não tenho certeza se um garoto de dezoito anos aceitaria isso. É uma relação bem mais intensa. Eu quero alguém para sossegar, alguém que me terá pelo resto da minha vida. Mas Max ainda tem tanto para viver.

Será que tudo isso vai valer a pena? Eu passaria o resto da minha vida confortavelmente com Max, mas não acho que ele quer se conformar comigo. Ele sempre me amou, mas ele ainda tem um mundo inteiro para conhecer. Ele ainda tem mais alguns anos de faculdade pela frente, pode ser draftado e ir parar na liga profissional, pode ser um grande jogador e para onde nós vamos?

Ele não pode se prender a mim. Mas nós podemos aproveitar o que estamos vivendo agora. Ele gosta de mim agora. Ele me quer agora e eu o quero, atualmente o quero mais do que tudo, mais do que qualquer pessoa. Se no futuro, ele algum dia precisar escolher entre a sua carreira e eu, eu nunca iria prendê-lo. Nunca deixaria que tomasse a decisão errada.

Então me dou conta de que o amo. O amo tanto quanto ele me ama. Não estou mais aprendendo a ama-lo. Eu estou amando cada parte, cada célula, cada átomo, cada elétron no corpo de Max. Amando o seu jeito, o seu cheiro. Tudo. Porque só o amando de verdade, eu deixaria de bom grado que ele fosse embora pelo seu bem. As vezes amar também é deixar partir, e eu estou pronto para, no futuro, deixar Max partir quando for preciso. Mas não agora. Agora eu quero Maxon comigo. Agora ele não vai a lugar algum.

Saio do carro e tiro Max completamente da minha cabeça. Não é uma tarefa fácil. Passo boa parte do tempo pensando nele, mas agora preciso de concentração, os garotos precisam de mim focado para que eu possa dar as melhores dicas, as críticas necessárias. Eu preciso extrair o melhor deles e preciso de foco total.

No entanto, estou voltando ao rinque dos Dragons pela primeira vez desde que Simon me beijou a força na terça-feira após o treino. Passei todo o dia de ontem refletindo qual atitude deveria tomar. Estar com Max e me divertindo com Leo a noite me fez esquecer um pouco de tudo o que havia acontecido.

Me fez esquecer a pressão dos lábios de Simon contra os meus. O aperto de suas mãos em meus ombros. O seu cheiro. Tudo isso foi esquecido por aquelas horas mágicas. Mas agora todas as lembranças voltam com força e só consigo sentir uma espécie de fúria. Queria dar um soco bem no meio do seu rosto por ter me desrespeitado, me violado desta maneira. – E olha que sou um cara bem pacifico, mesmo jogando hóquei.

Good Daddy |Lovegoode livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora