Acordo com o despertador do Iphone de Max tocando. Ele precisa ir treinar cedo alguns tiros livres antes do jogo de hoje à noite. Não fizemos muito sexo durante a madrugada para que ele pudesse estar bem descansado.
Sem mesmo abrir os olhos, escuto Maxon fazer um muxoxo antes de se levantar. Sinto o calor do seu corpo se afastando e abro os meus olhos apenas para ver o corpo nu de Max sendo iluminado pelos poucos raios de sol que entram pelas frestas da cortina na janela – na verdade eu duvido que haja muitos raios de sol essa hora. Ele se alonga e eu sorrio para ele.
- Volta para cama. – Falo tirando o cobertor de cima do meu corpo e revelando o meu corpo nu assim como o dele. O meu pau está duro como sempre quando acabo de acordar.
- É uma sugestão tentadora, mas eu preciso ir. Não quero perder no primeiro jogo que o meu pai assiste. – Ele diz vestindo a sua cueca e procurando a sua calça pelo chão do quarto.
A menção ao seu pai consegue mudar completamente o clima. Max teve uma noite agitada de sono como nunca antes. Acordei em algumas vezes durante a noite com seus movimentos involuntários e em alguns momentos falando durante o sono. Repetiu diversas vezes a palavra pai.
- A culpa pode não ser sua, seu pai pode ser pé frio.
Max me olha irritado e revira os olhos. Ele está uma pilha de nervos. Veste sua camisa ao lembrar que entramos no quarto já sem calças ontem a noite. Acho a minha cueca ao lado da cama e o acompanho até a sala onde o assisto se vestir enquanto faço um café. Ainda tenho pelo menos meia hora antes do meu despertador tocar.
- Não vai tomar nem uma xícara de café antes de ir embora?
- Não vai dar. Mas eu posso tentar fugir do meu pai amanhã e te encontrar se isso compensa alguma coisa. – Ele diz se aproximando de mim e imprensando o meu corpo contra a bancada.
- É claro que compensa.
Beijo a sua boca sem me importar com mau-hálito matinal ou qualquer coisa do tipo, simplesmente passamos dessa fase. Sinto a sua língua dentro da minha boca. Meu pau volta a despertar preso dentro da cueca. As unhas curtas de Max tentam arranhar as minhas costas enquanto eu aperto ainda mais o seu corpo contra o meu. Só nos separamos quando o café fica pronto na cafeteira.
- Acho bom você dar um jeito nesse cabelo antes de ir embora. – Falo bagunçando o seu cabelo ainda mais e me servindo uma xícara de café.
Max vai embora não muito tempo depois e volto a ficar sozinho. Faça algumas panquecas de banana para o desjejum e depois começo todo o meu ritual de uma manhã normal. Tomo banho, vou para a academia, levanto algum peso, faço a minha aula de artes marciais e volto para casa para almoçar e em seguida ir até o rinque treinar os meus adolescentes.
Não demora muito até eu estar apitando um amistoso entre titulares e reservas. Patino de um lado para o outro para não perder nenhum lance. Quando a partida se encerra estou completamente cansado. Os garotos me desafiam para que eu jogue em algum dos dois times, mas eu os mando para casa. Talvez Max esteja certo, eu estou ficando mesmo velho.
Pensar em Max me lembra que preciso conversar com ele. Desejar boa sorte antes do jogo e principalmente perguntar sobre o seu pai. Corro para casa e assim que tomo um banho ligo para Maxon.
- Ei. – A sua voz sai como um sussurro. – Finalmente apareceu.
- Onde você está? Seu pai já está com você?
- Estou no meu dormitório, preciso sair daqui a pouco, meu pai está no hotel, chegou por volta do meio-dia. – Consigo perceber o nervosismo em sua voz.