Valentina
Os dias seguintes se passaram em uma monotonia de momentos repetidos. Juliana era monitorada de perto, seus sinais vitais checados, testes realizados e o Dr. Fletcher indo e vindo. Eu conheci a equipe de enfermeiras dedicadas e trabalhadoras, que cuidavam da minha Juls.
Eu? Bem, eu ia e vinha, ficando mais tempo do que deveria. Eles faziam vista grossa para o fato de que eu estava de pé ao lado da cama de Juls, segurando sua mão e falando por horas. Eu saía do caminho quando precisava, mas fora isso, eu ficava ao lado dela.
Leon e Lucia tiveram permissão para entrar rapidamente, ambos insistindo que eu fizesse uma pequena pausa. Leon tinha arranjado um lugar para eu tomar banho e me trocar, e eu sempre ligava para Dul. A Sra. Thomas ficava com as meninas quando Leon e Lucia estavam aqui, ou Eva intervinha se necessário. Era um grande conforto saber que as meninas eram bem cuidadas.
—Quando você vai voltar pra casa mamãe?
—Logo bebê.
—Você e a mami estão se divertindo?
Eu tive que limpar minha garganta.
—Mami está trabalhando, Dul. Mamãe está ajudando ela. Mami precisa da minha ajuda agora, mas eu sinto sua falta. _uma lágrima escorreu pela minha bochecha.
—Nós duas sentimos sua falta.—Posso falar com a mami?
—Agora não. _respondi com a minha voz ficando mais grossa.
—Em breve meu amor. Agora coloque a Sra. Thomas no telefone, certo?—Tá bom. Eu amo Você!
—Eu também te amo, pequena.
***
Cada ligação era um pouco mais difícil. Dulce amava Juliana, e ela sempre falava com ela quando estava fora, então convencê-la de que ela estava muito ocupada para falar era cada vez mais difícil.
O tempo passava lentamente, mas havia conforto em seu tédio. Isso significava que a Juls ainda estava lutando.
O Dr. Fletcher ou Alan, como ele insistia que eu o chamasse, apareceu na ponta da cama, sorrindo gentilmente.
—Valentina.
—Olá Alan.
Ele verificou o prontuário da Juls e cruzou os braços sobre o peito, segurando o tablet.
—É estável. Seus sinais vitais são mantidos. O inchaço no cérebro está diminuindo. São todos bons sinais.
Eu agarrei a mão da Juls um pouco mais forte.
—Estou transferindo-a para a enfermaria. Ela continuará a ser monitorado de perto, mas terá seu próprio quarto. Há uma cadeira muito mais confortável onde você pode dormir em vez de no chão. _ele piscou para mim.
Ele já havia me pegado dormindo varias vezes ao lado da cama da Juls enquanto ainda segurava sua mão.
—Ok. _eu respirei.
—Vamos diminuir a sedação para que ela posa sair do coma, ela levará alguns dias para acordar e, assim que o fizer, saberemos contra o que estamos lutando. No entanto, seus resultados são boas e estou esperançoso.
Eu mal consegui acenar com a cabeça, minha garganta estava apertada.
Ele deu um passo à frente.
—Valentina se as coisas correrem como o esperado, quando ela acordar e se curar, você terá um longo caminho pela frente. Seus movimentos da cintura para baixo foram afetados, ela terá uma grande perda de massa muscular. Haverá terapia para treinamento e fortalecimento das partes afetadas. Ela vai precisar de exercícios para as pernas, terapia na piscina e várias outras coisas. Não será possível subir escadas, portanto, você precisará de um quarto no andar térreo ou de um elevador.
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O ACORDO 2/JULIANTINA
FanfictionSerá que Juliana e Valentina poderão sobreviver a Emenda? Continuação do livro O Acordo.