Epílogo

1K 91 25
                                    


Meses Depois...

Os corredores do hospital ecoaram com o som dos meus passos enquanto eu corria pelo corredor. Parei na mesa e encontrei o olhar divertido de Shelly. Ela estava de plantão quando as minhas filhas nasceram, e já estava acostumada comigo.

—Como ela está?

—Você saiu por quinze minutos, Juliana. Ela ainda está bem.

Eu olhei para ela e peguei uma sacola grande.

—Eu trouxe sorvete suficiente para todos. Claro, se é que vocês gostam de sorvete.

Ela pegou a sacola da minha mão com um sorriso.

—Claro que gostamos e eu espero que você tenha trazido colheres.

Eu ri quando passei por ela, precisando voltar para Valentina.

O desejo de Valentina por sorvete tinha sido constante desta vez. Eu não conseguia controla-la dessa vez, eu enchia o freezer e no dia seguinte, tinha que buscar novamente.

Hoje, depois dela dar à luz nossos filhos, ela pediu alguns. Considerando tudo o que passamos hoje, ela poderia ter o que quisesse de mim, e o sorvete era fácil. Mesmo que eu odiasse deixá-la por um breve momento.

Abri a porta do quarto privado de Valentina, sorrindo com a visão na minha frente. Valentina estava dormindo com a sua bochecha descansando em sua mão. Seu rosto estava pálido e ela parecia cansada, mas um sorriso ainda brincava em seus lábios.

A última parte de sua gravidez foi cheia de problemas. Carregar um bebê era bastante difícil, com dois era ainda mais difícil. E meu filho parecia determinado a garantir que ela soubesse que ele estava ali e crescendo. Constantemente ativo, maior que sua irmã, ele era um desafio. A gravidez toda foi. Após alguns sustos no segundo trimestre, foi solicitado repouso no leito e consulta para cesárea. De alguma forma Valentina aguentou, e hoje nossos filhos chegaram, saudáveis ​​e felizes com 36 semanas.

Suzanne ficou satisfeita e esperava que sua permanência na UTI fosse uma questão de dias, não semanas. Já tinha uma suíte de hotel reservada perto do hospital. As meninas estavam sob os cuidados da Sra. Thomas, Lucia, Brad e June, que adoravam passar o tempo com elas. Com a ajuda de uma babá que contratei, elas seriam bem cuidadas até que Valentina e eu trouxéssemos seus irmãos para casa. Demoraria alguns dias até que as meninas pudessem vê-los, mas eu havia enviado fotos e as duas estavam animadas.

Sentei-me, correndo meu dedo pela bochecha de Valentina. Ela ficaria brava se eu trouxesse sorvete e ela não pudesse comê-lo. Seus olhos se arregalaram e ela agarrou minha mão com um sorriso.

—Olá bebê.

—Olá coração. Tudo bem?

—Sim.

—Você viu os bebês?

Eu a beijei na bochecha.

—Sim. Eles estão indo muito bem. Você pode se levantar e vê-los amanhã.

—Hmm.

Abri a tampa, peguei uma colher cheia e toquei a guloseima fria em seus lábios.

—Aqui.

Ela abriu a boca e cantarolou em torno da mordida.

—Hmm. Caramelo salgado

Dei uma grande mordida, apreciando o sabor doce e salgado juntos. Eu sabia que não conseguiria muito, mas roubaria o que pudesse.

—Juls?

Eu me inclinei para frente.

—O que foi amor? Você está com dor?

O ACORDO 2/JULIANTINAOnde histórias criam vida. Descubra agora