De volta pra casa

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Valentina.

Maddox saiu do quarto da Juliana com a sua mala na mão, ele havia sido uma fortaleza para mim e eu iria sentir falta disso. Mas ele tinha uma esposa que sentia sua falta, um trabalho que havia sido deixado de lado por muito tempo por nós e uma vida para a qual ele precisava voltar.

Ele largou a mala e me abraçou.

—Se você precisar de mim, estou apenas a um telefonema de distância. Eu posso estar aqui em um dia.

—Obrigada por tudo. _murmurei as palavras.

Ele se afastou.

—Não será fácil, Vale. Você terá que ser forte. _ele olhou para a porta fechada de Juliana, franzindo a testa.
—Ela está se segurando.

—Eu sei.

Eu havia visto uma mudança sutil em Juliana nos últimos dias. Ela falava menos e mal mencionava as coisas que faria no futuro. Eu também vi isso nas fisioterapias, a determinação que vira no primeiro dia em que acordou estava diminuindo. Eu a animei, todos o fizeram, lembrando-a de que isso levaria tempo e paciência, e embora ela acenasse com a cabeça, fiquei preocupada que ela não acreditasse em nós. Se ela desistisse, não teria chance de se recuperar.

—Eu vou ficar de olho em vocês. _ele me deu um beijo na cabeça.
—Dê um beijo nas meninas todos os dias por mim, ok?

Eu não conseguia falar.

Ele pigarreou e, após outro abraço, caminhou até o elevador.

Eu o observei partir, sabendo que diferença sua ausência faria em nossas vidas.

O telefone tocou e corri para a sala de espera para atender a ligação. Eu estava resolvendo tudo para Juliana, tentando fazer as mudanças ao redor da casa e tendo certeza de ver as garotas que me mantinham ocupada e exausta. Juliana ficava agitada e com raiva quando eu não estava lá, gritando com o pessoal do hospital e causando problemas. As meninas estavam agora com a Sra. Thomas, pois seu marido estava fora em sua viagem anual de golfe e ela insistia que se sentia muito sozinha em sua casa vazia. Eu ia lá todos os dias para verificar o trabalho que estava sendo feito em nossa casa, ver as meninas e passar um tempo com elas para dar uma folga à Sra. Thomas. Ela riu quando lhe contei, dizendo que as meninas tinham tantas visitas, que ela tinha sorte de vê-las.

Eu escutei as informações que o empreiteiro estava me dando, não importava o custo, eu apenas queria que ficasse pronto antes que Juliana voltasse para casa. Cinquenta mil dólares não significavam nada se Juls pudesse subir as escadas. Eu tinha pensado em transformar a sala da família em um quarto para nós, mas Lucia sugeriu que isso poderia enviar a mensagem errada para ela.

—Mudar seu quarto para o andar principal diz permanência, Vale. _suspirei e apoiei minha cabeça em minha mão.

—E um elevador não?

Ela balançou a cabeça.

—Pode ser útil. Pense se alguém quebrar uma perna e tiver que subir todas aquelas escadas para o quarto, ou quando Leon e eu envelhecermos e passarmos a noite aqui. Não estamos ficando mais jovens, você sabe. _ela piscou.

Eu olhei as plantas. Perderíamos um grande armário em cada andar, mas o empreiteiro também indicou um bom local para adicionar mais espaço de armazenamento em cada nível. Parecia a melhor solução e o espaço era perfeito.

A voz do Sr. Brown interrompeu minhas reflexões.

—Posso obter as licenças necessárias e começar assim que autorizar, Sra. Valdés. Preciso pedir o elevador hoje para chegar a tempo.

O ACORDO 2/JULIANTINAOnde histórias criam vida. Descubra agora