Volta pra Mim

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Valentina.

Eu coloquei Ivy em seu berço e passei meus dedos sobre sua bochecha gordinha, seus lábios franziram enquanto ela dormia. Ela parecia tanto com a Juls que isso me fez sorrir. Ela tinha meus olhos, os lábios carnudos e o sorriso de Juls, embora ela fosse mais relaxada como eu. Ambas tinham o mesmo detalhe no queixo, um fato que eu achava fofo. Já Dulce tinha o temperamento de Juls, embora ela fosse mais como eu. A menos que ela estivesse carrancuda, então parecia ela, até a ruga entre as sobrancelhas.

Eu tive a sensação de que elas nos manteriam em alerta pelos próximos vinte anos ou mais.

Olhei para Dulce, ela estava deitada em sua cama como uma estrela do mar, dormindo profundamente. Olhei para o relógio, sabendo que teria trinta minutos de paz no máximo. Provavelmente se eu fosse realista seria uns vinte. Ivy dormiria um pouco mais, mas Dulce acordaria ansiosa em pouco tempo. Ela tinha sido assim desde o primeiro dia, subia e descia rápido, não parava um segundo.

Desci as escadas e ouvi o som de um trovão devido à tempestade que havia começado há um tempo. Eu tinha notado o entorpecimento nos olhos de Juls esta manhã e me certifiquei de que ela tivesse um analgésico em seu bolso. Tempestades como essa sempre lhe davam dores de cabeça, e com Leon ausente, ela se recusou a ficar em casa hoje, dizendo que iria lidar com isso. Sua teimosia era uma coisa que eu sabia que nunca mudaria, então não discuti com ela.

Eu me servi de uma xícara de café, planejando mentalmente o jantar, então a campainha tocou e corri para a porta da frente antes que tocasse novamente e acordasse as meninas, interrompendo meus poucos momentos de paz. Abrindo a porta, fiquei surpresa ao encontrar León e Lucia na porta.

—O que fazem aqui? _perguntei, dando um passo à frente para abraçá-los.
—Vocês deveriam estar no Caribe!

Lucia riu.

—Nós ficamos até que alguém decidiu que estava cansado de vadiar na praia e queria voltar para casa.

Eu estudei Leon, ele parecia descansado e relaxado. Ele encontrou meu olhar com um sorriso.

—Já tive o suficiente. _explicou ele.
—Era hora de voltar para casa. Não adianta ficar quando minha mente estava pronta para fazer isso de novo.

Caminhamos para a cozinha enquanto a chuva caía novamente. Ela batia nas janelas com força, o som ecoando no silêncio, pequenas pedras de água batendo furiosamente no vidro. Servi café para nós e nos sentamos.

—Alguém sabe que vocês voltaram para casa?

Lucia tomou um gole de café e balançou a cabeça.

—Viemos do aeroporto. Sabíamos que todas as crianças estariam trabalhando, então decidimos parar por aqui primeiro. Veremos Eva e Adreas esta noite.

—As meninas ficarão animadas em vê-los quando acordarem.

—Sentimos falta delas, nós sentimos saudades de todos vocês.

Lucia suspirou.

—Como a Juliana está?_Leon perguntou.
—Eva disse que ela estava ficando até tarde no escritório todas as noites.

—Ela tem estado ocupada. _eu reconheci.
—Ela ficará feliz em lhe devolver as rédeas, Leon.

—Achei que estava me ausentando em um momento tranquilo, eu não tinha idéia de quantos novos projetos iriam aparecer.

Eu acenei minha mão.

—Tirando o fato dela sentir falta das nossas meninas, posso afirmas que ela gostou muito. _eu olhei para fora da janela.
—No entanto, tenho a sensação de que ela estará em casa em breve.

O ACORDO 2/JULIANTINAOnde histórias criam vida. Descubra agora