A Culpa

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Valentina

Como prometido, Maddox não me manteve longe do hospital por muito tempo. Voltamos assim que recebi uma mensagem dizendo que Juliana havia sido transferida. Maddox me seguiu até seu novo quarto, ele foi um companheiro silencioso para me apoiar. Eu fui diretamente até a cabeceira de Juliana, ainda havia máquinas zumbindo e zumbindo, mas havia menos delas.

Obviamente Juls tinha tomado um banho no leito, ela estava com os cabelos úmidos, dando sinal de que haviam sido lavados. O quarto era grande e iluminado e havia duas cadeiras confortáveis ​​e até um pequeno sofá. Tinha um tipo usual de banheiro que ficava no canto e as paredes eram da mesma cor verde claro, mas era privado e tinha uma janela que dava para a rua.

Eu segurei a bochecha de Juls.

—Olá meu amor. Eu estive fora por um tempo, mas estou de volta. Você parece muito melhor. Olha só quem eu encontrei!

Maddox estava parado na ponta da cama, as mãos em volta da estrutura de metal.

—Oi, Juli. _ele disse facilmente, embora eu visse o estresse ao redor de seus olhos.
—Não fique com ciúmes, mas eu levei sua linda esposa para almoçar. Achei que ela precisava de uma pausa, ultimamente você está meio chata. Acho que você precisa acordar e conversar. _ele se aproximou e deu um tapinha na perna de Juls.
—Honestamente, Juliana, eu fui atropelado por um carro e acabei em coma, então você resolve me superar? O seu carro capotou quatro vezes e fechou um monte de sinais, causando estragos e congestionamento total. Isso sim é chamar atenção. Sim, eu teria vindo te visitar se você tivesse me pedido. Não há necessidade de todo o drama que você fez.

Não escondi meu sorriso. Eu sabia que era assim que as coisas eram entre eles. A constante provocação para frente e para trás era a maneira de mostrar que eles se importavam. O fato de Maddox estar aqui dizia tudo: ele sabia o quanto isso significaria para Juls.

—Então, Juli, aqui está o plano. Você e eu vamos ficar juntos enquanto a Vale vai ver suas garotas e dormir um pouco. Você tem alguma objeção? _ele fez uma pausa como se esperasse por uma resposta.
—Bom, como eu imaginava. Podemos colocar o papo em dia e falar sobre algumas idéias de campanha que tive. Você vai amá-las. Você pode até aprender uma ou duas coisas comigo. Pelo menos assim posso dizer o que penso, você não vai ficar me mandando calar a boca para ouvir meu brilhantismo.

Ele encontrou meu olhar com uma piscadela.

—Smith estará aqui em breve, vá com ele, Vale. Eu ficaria com a Juliana, e depois Eva ficaria com ela um pouco.Tenho certeza que a Juli vai adorar isso.

Eu não pude evitar o sorriso que curvou meus lábios. Eva e Juliana eram como irmãs, brigavam constantemente. Ela falava muito e a irritava na maioria das vezes, e Juls fingia apenas aturá-la, quando na verdade a adorava.

—Eu irei te buscar mais tarde. Você pode ficar com ela esta noite, e amanhã, teremos um cronograma definido.

Antes que eu pudesse protestar, ele ergueu a mão.

—Você tem que preparar a casa para ela voltar, Vale. Você terá que lidar com muitas coisas nesse meio tempo, muitos detalhes. Suas garotas precisam de você. Pare de ser difícil, deixe-nos ajudá-la.

—Não sei se posso fazer isso. _confessei.

—Você vai. _ele insistiu.
—Eu não vou embora até que ela esteja acordada. Eu vou te ajudar em tudo, todos nós iremos. Vamos fazer o que sabemos que Juliana quer que façamos. Por favor.

—Ok. _cedi.
—Obrigada.

—Obrigado por ir dormir um pouco. Abrace suas garotas. Traga a Juliana algumas das obras de arte de Dul para pendurar nessas paredes. Isso, eu sei que ela realmente adoraria.

O ACORDO 2/JULIANTINAOnde histórias criam vida. Descubra agora