Cap. 32

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• Noor Pov

Era ótima a sensação, era como se algo dentro de mim tivesse despertado, eu me sentia incrível, poderosa, apesar de não saber ao certo o que era, mas eu sabia que aquilo era o poder fervendo em minhas veias.

   - Como elas se parecem? - perguntei sentindo pontos calorosos circular meu corpo.

   - São... são lindas. - a voz de admiração faz com que lágrimas escorram pelos meus olhos.

   - Eu as sinto, por todo o lado, eu me sinto forte Az. - sussurro tocando seu rosto, percebendo a expressão de carinho vindo dele.

   - Você sempre foi, com ou sem poderes. - ele responde beijando os dedos da minha mão.

   - Eu amo você. - sussurro e sinto seu sorriso se alargar.

   - Olhe. - ele diz e me manda uma imagem.

Estou nua, embaixo dele. Meus olhos estão brancos assim como meus cabelos, os raios de luzes dançam ao nosso redor, se encaixando com as sombras, formando símbolos primitivos, como se fossem a metade um do outro.

Meu sorriso se alarga ao perceber o quão lindas elas eram. Mais lágrimas escorrem de meus olhos, me sinto feliz, poderosa novamente. Fecho os olhos e as imagino voltando para mim.

Olho para o rosto de Azriel e o imagino sorrindo, ele me puxa, me fazendo sentar no mármore, ele deposita um beijo carinhoso em meus lábios e depois encaixa seu rosto no meu pescoço, descansando.

   - Você é a fêmea mais linda que eu já vi, e é minha, minha parceira. - diz contra minha pele, rio com as cócegas de seus lábios. Levo minha mão até seus cabelos e o acaricio, aqueles fio tão macios quanto seda.

   - Sua, totalmente sua, de corpo e alma. - sussurro e ele segura meu rosto, ele levanta meu queixo provavelmente para encara-lo.

   - Você, simplesmente, transformou minha vida, foi minha salvação, mesmo sem saber que eu precisava de uma, você foi esse ser. - declarou acariciando meu rosto com o polegar.

   - Você me encontrou no escuro e me levou para a luz, me mostrou o mundo lá fora, você me deu esse presente, e você é minha maior dádiva, sou grata a mãe por ter te encontrado quando meu mundo estava desmoronando, Az. - confessei e senti um amor incondicional pelo laço, me fazendo suspirar.

   - Minha deusa primitiva. - eu ri com o apelido.

   - Meu mestre espião. - rebati e ele me pegou no colo, girando comigo ao redor.

Rimos juntos. O som da risada dele com a minha parecia uma obra orquestrada pelo próprio Caldeirão, de tão perfeita. As harmonias combinavam naturalmente. Duas almas ligadas até a eternidade. Me encontrei segura em seus braços, o ser que voou comigo pelos céus, o mesmo que agora traz o céu a terra, apenas com seu toque, meu parceiro, meu mestre espião, meu encantador de sombras, o motivo do meu sorriso fácil.

Tomamos um banho de banheira juntos, e lá fizemos amor por horas. Eu não conseguia me cansar, não conseguia me enjoar de seu gosto, de seu toque. Cada tranza, mais descobriamos sobre o outro, e eu adorava.

Passamos o dia inteiro fazendo amor, foi na cama, na bancada da cozinha, encima do piano, na banheira, no ringue de treinamento, na parede, fizemos amor e a Casa presenciou todos eles.

   - Preciso te avisar sobre consequências do laço ou não? - perguntou enquanto me ajudava a vestir um vestido.

   - Devo me preocupar? - perguntei e o ouvi bufar.

   - Depois que o laço é firmado com a parceira, os parceiros tendem a... bom, serem um tanto quanto ciumentos. - ele respondeu e eu sorri de canto.

Com Amor, Azriel Onde histórias criam vida. Descubra agora