Preocupações

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“Há momentos que não conseguimos disfarçar o quanto nos importamos com uma pessoa...”

Bianca

Chegando em casa recebi a ligação de Jeffrey, o amigo que entrei em contato horas trás.

— Olá, gatinha. Desculpa não poder conversar naquele horário, do que precisa?
 

Jeffrey é um amorzinho, ele é o meu amigo hacker. Bem, não sei se ele é de verdade, mas gosto de chamá-lo assim.

— Me desculpe te ligar daquele jeito, acho que soei desesperada. — Só um pouco. 

                    
Ambos rimos.

                      
— Jeffrey, é pedir muito para que procure algumas informações na tal da deep web para mim.

                      
Para quem não sabe muito, a deep web é um local onde há algumas informações sigilosas e relevantes sobre tudo em geral. É como se a nossa internet contivesse 10% de tudo, enquanto a deep web possui 90%, algo assim, não sei explicar bem. Para quem não conhece tanto, igual eu, é bastante perigoso se aventurar por lá, mas para o meu amigo, que diz constantemente buscar informações nesse local, é bastante tranquilo.            
      

Palavras dele. 

                    
— Claro. Sobre quem?                    

— Minha chefe. Quero saber o que ocorreu em seu passado. Estou mal por bisbilhotar, mas... ah, sei lá.                

— Todos nós vamos atrás de informações de algum modo, seja de um familiar, uma estrela famosa, um homem, mulher no tinder, não importa. Não se sinta mal.                   

— Procurei na internet convencional algumas informações, mas não encontrei nada de relevante.

                      
— Sorte a sua me conhecer — brincou. — Não há quase nada que passe despercebido por mim.

                  
— Isso me deixa feliz. — suspirei após um pequeno sorriso. — O nome dela é Rafaella Kalimann, uma famosa arquiteta aqui na cidade.                 

— Deixe comigo. Irei montar um arquivo e vou te entregar o quanto antes.        
            

— Jeffrey... muito obrigada mesmo. Não sei como te agradecer.

                
— Não se preocupe. Você já me ajudou demais, gatinha. 

                   
{...}                   

Depois que acordei fui direto no quarto de Alice, que estava quietinha, como de praxe. Ao tentar acordá-la, vi muita resistência, e percebi seus cabelos um pouco molhados. 

                      
— O que houve, filha?

                   
— Tô com a cabeça ruim.                 

Coloquei a mão na sua testa, e vi que ela estava mais quente que o normal. Não perdi tempo e peguei o termômetro para medir sua febre, e notei que ele marcou 38°. 

Conversei com a minha mãe, que prontamente falou:

                     
— Se ela piorar, eu a levo no hospital, filha. Hoje estou de folga. Pode ir trabalhar tranquilamente, qualquer coisa te aviso.

THE LOSTOnde histórias criam vida. Descubra agora