Então me prove

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"O inevitável acontece quando dois corpos se conectam." 

Bianca
                   
Observei o lado externo da mansão e percebi que o tempo estava perigoso como há tempos não vi na cidade. A tempestade era tão forte que fiquei com medo de sair da mansão e ir para casa. 

                      
- É mais prudente dormirem aqui.

                    
- Quer me matar de susto?! - coloquei a mão em meu coração, devido ao sobressalto pela voz de Rafaella bem perto de mim.

                    
- Acho que deveria prestar mais atenção quando uma pessoa se aproxima. 

                      
- Com essa barulheira aí fora? Acho difícil. - voltei minhas atenções ao lado de fora, e vi que a tempestade só piorava.

                    
- Já conversei com Helen. Ela irá preparar um quarto para você e Alice dormirem. 

                      
- Eu ainda não sei se vou ficar. - me virei, e nossos olhos se encontraram.

                   
- Não foi um pedido. - suas íris verdes não pediam, elas ordenavam. - Não seria responsável da minha parte deixá-las correrem algum risco com essa tempestade.

                     
- Sei... 

                   
- O que foi, Bianca? - grunhiu.

                     
- Nada. Obrigada pela... disposição.

                   
Rafaella balançou a cabeça em negação e sumiu das minhas vistas. Essa mulher é muito estranha, parece até aqueles mordomos de filme de terror. Uma hora chega do nada, no outro segundo desaparece... 
                     

{...}

                    
Olhei meu celular e nesse momento já se passava das 00:00h. Não estou conseguindo dormir, e pelo barulho, a tempestade piorou um pouco mais. No fundo Rafaella tinha razão, e não seria bom voltar para casa.

                  
Liguei para minha mãe cerca a uma hora atrás, e ela disse que estava bem, me aliviei um pouco mais, confesso.               
     

Olhei para o lado e Alice estava dormindo feito uma pedra. Resolvi ir para uma das salas da mansão dar uma voltinha, sei lá, gastar energia de algum jeito. Não estou tão à vontade, isso é fato.

                    
Por alguns minutos andei de um lado a outro da mansão, só que mesmo assim não me senti cansada ou com sono, muito pelo contrário. Para a minha surpresa me deparei com Rafaella indo em direção à cozinha. 

                    
- Precisa de algo? - me prontifiquei. Por mais que esse não seja o meu horário de trabalho, gosto de ser solícita sempre que possível.

                     
- Não. 

                     
- A tempestade piorou, né? - tentei puxar conversa, sabe-se lá porque.

                      
- Sim. 

                    
Pegou uma maçã e foi direto para a sala que eu estava, observando o lado externo da mansão.

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