De repente... amor

Capítulo 1

Acordo com minha mãe abrindo a porta do meu quarto brutalmente. Onde será que estão os bom modos dessa casa?

Olho o relógio. São 6:30. Droga, estou atrasada para a escola.

Levanto em um pique e vou me arrumar. Passo meu velho batom vermelho e meu perfume "ma cherie". Jogo minha mochila nas costas e saio apressadamente para o colégio.

Assim que chego, recebo abraços da minha melhor amiga, Natália.

- Nossa, Poli. Que saudades! Você cresceu!
- Sério? - pergunto alegre.
- Claro que não, falei isso porque está com uma cara péssima e queria levantar seu astral.

Dou um soco de leve em seu ombro e entramos na sala de aula. Temos biologia, depois matemática e logo em seguida gramática. Bateu para o intervalo.

Triiiiiiim

- Nat, até agora não vi nenhum novato gato. O que será que aconteceu com essa escola? - Pergunto-lhe zombando.
- Você fala isso porque ainda não viu o gato que entrou no 1°B. Falando nele, ele vai passar pelo seu lado em alguns segundos. DISFARÇA, por favor!
Rio do ênfase no " disfarça" e olho discretamente para meu lado direito. Bom, pelo menos tentei.

Passa um loiro dos olhos cor de mel e fico encantada.

- O nome dele é Marcelo, as meninas do 1° ano estão tudo "caidinhas" por ele. - Diz Nat mostrando a língua.
- Acho que tem alguém com ciúmes - Digo zombando-a.
- E se eu tiver? Ele é muito gato! E pelo que falam, é inteligente e perfeito. Um príncipe.
- Lá vem você com essa história de contos de fadas. - Reviro os olhos.
- Poli, você fala isso hoje porque ainda não conheceu alguém que faça seu coração acelerar. E quando isso acontecer, eu estarei de camarote porque isso só acontece uma vez em milênios. - Provoca-me

Triiiiiiiiim

- O sinal bateu, vamos logo pra sala antes que eu passe mal com tanto romantismo no seu discurso. Vem cá, o que aconteceu com minha amiga "coração de pedra"? - digo
- Está apaixonada!!! - responde-me
- Por que será que não desconfiei? - Digo rindo e voltamos para a sala.