Questões do coração.

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Axl me pegou pela mão e me puxou até minha sala trancando a porta.

Me sento em cima da mesa e ele senta na cadeira que está na minha frente.

Chantelle: sobre o que quer conversar? - pego a mão dele e coloco sobre a minha coxa acariciando seus dedos.
Axl: você sabe... Eu acho que eu te devo algumas explicações.

Ele estava tão nervoso e perdido que me partia o coração.

Chantelle: você não me deve explicação nenhuma. Eu só quero que você fique bem.
Axl: bom, você já sabe o que tinha que saber, leu meu caderno. - ele me encara.

Ele não fala pra me acusar mas abaixo a cabeça com vergonha mesmo assim.

Axl: só que... Acho que essa merda toda me deixou com sequelas.

Ora, ele acha? A própria personalidade dele é uma sequela.

Chantelle: sim... Eu sei.
Axl: eu... Bom, eu não gosto de ouvir ou ver vidro quebrando, fumantes me irritam profundamente e eu tenho uma bela fixação por facas.
Chantelle: duas dessas coisas eu já tinha percebido... Mas o que você faz com os fumantes?
Axl: sei lá. O pior que eu faço, e mesmo assim só se eu estiver estressado, é pegar o cigarro, jogar no chão e apagar com o pé.

Arregalo os olhos e simplesmente não consigo não rir imaginando a cena, mas Axl permanece sério.

Chantelle: você faria isso mesmo?
Axl: num dia ruim, sim.
Chantelle: você já deve ter arrumado boas brigas pela rua...
Axl: inúmeras, quase nenhum dia é um dia bom.

Sorrio pra ele e passo a mão por seu rosto.

Chantelle: tudo bem não estar bem hoje, ok? Eu não vou exigir isso de você - falo olhando em seus olhos com a expressão mais compreensiva que tenho - Você precisa do seu tempo e do seu espaço e eu entendo totalmente. Eu só preciso que você me ajude a te ajudar também... Pode ser?

Ele faz que sim e se levanta acariciando meu rosto ameaçando sair da sala.
Puxo seu pulso e ele me olha.

Chantelle: eu te amo.

Ele suspira meio perdido, como se travasse algum tipo de batalha consigo mesmo.

Eu entendo, eu também não iria querer amar ninguém depois de ter sentido tanta crueldade na pele.

Axl afasta minhas pernas uma da outra e se encaixa no meio me abraçando e beijando o topo da minha cabeça em seguida.

Axl: você é tudo pra mim.

Não importava que ele não estivesse pronto pra me amar agora, pra mim esse era o jeito dele de me dizer "eu te amo".

E pra mim estava ótimo.

Ele coloca as mãos em minha nuca e se abaixa um pouco pra encostar os lábios nos meus, foi devagar mas foi intenso o suficiente pra me fazer dar um gemido baixo.

Ele me olha como se não estivesse esperando essa reação, e depois sorri de lado me mostrando que gostou dela.

Rio disso e ele puxa meu rosto, dessa vez com mais dominância e inicia um beijo lento e quente, cheio de língua e excitação.

Passo a mão por baixo da sua blusa e arranho seu tanquinho.

Ele suspira e coloca a mão em volta da minha garganta apertando e logo em seguida puxando meu cabelo pra trás.

Ótimo, agora estou ensopada.

Começo a tentar tirar sua blusa de maneira desesperada e ele trava meus pulsos em seu peito me deixando em dúvida.

Meu pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora