CRIMINALS | l.s

☆ sixteen.

Episode: Thanksgiving.

— Panquecas! — Gritavam juntas as gêmeas quando eu ainda me aproximava da mesa para sentar-me.

— Bom dia, Mãe — Disse. Daisy e Phoebe estavam ao meu lado junto com Lottie e agora, Ernest e Doris sentados um ao lado do outro na cadeira de refeição.

— Bom dia, querido. Feliz Café de Ação de Graças! — Disse Jay sorridente ao servir pequenos pratos na frente de cada um com panquecas em cima. — Você dormiu bastante ontem, está tudo bem?

— Está — Respondi. — Eu só não durmo assim faz um tempo.

— E como está sendo o trabalho? Na verdade, com o que você trabalha mesmo, filho?

— Eu acabei de acordar, me deixe despertar primeiro e eu já respondo — Foi o que eu disse.

Eu já estava desperto, só estava fugindo da conversa para ter tempo de pensar no que responder ou então fugir do assunto.

Minha mãe não sabia que eu roubava informações pessoais em troca de dinheiro. E se eu tentasse explicar o que é a palavra "hacker" ela provavelmente iria achar que estou relacionado com a máfia. E eu não estou. Pelo menos não ainda, mas também não estou interessado.

Ao colocar um prato na mesa a minha frente ela pôs sua mão em meu ombro.

— Soube do que aconteceu com Stanley, eu sinto muito. Ele era um bom garoto.

— Obrigado — Suspirei.

Eles se conheciam. Poucas vezes se viram, mas o suficiente para terem criado uma conexão de mãe e filho.

Stanley era alegre, divertido e engraçado. Basicamente o filho que provavelmente todas as mães desejam. Eu era quieto, introvertido e só prestava atenção no meu próprio mundo. Nunca me preocupei em ser quem queriam que eu fosse e ninguém nunca se importou em como eu sou. Sempre foi melhor assim.

Tentei terminar logo minha refeição quando criei planos para hoje.

— Onde você vai, senhorzinho? — Perguntou minha mãe ao me ver tentando sair de fininho para fora de casa.

Eu tinha acabado de descer apenas com meu celular e estava agasalhado.

— Eu vou sair, será rápido, eu acho — Respondi.

— Mas hoje é Ação de Graças e você vai ficar fora? — Daisy apareceu atrás dela e falou com um tom triste.

— Eu prometo que voltarei o mais cedo possível, pode ser? — Digo com um pequeno sorriso forçado para convencê-las.

— Tudo bem — Assentiu Jay. — Volte cedo.

Avancei para fora e agora eu estava indo para o prédio da PTP.

Meus pensamentos suaves eram a única coisa que me fazia não surtar por aquela ser a primeira vez que estava visitando o prédio depois da explosão que ocorreu.

Quase vinte minutos de metrô e uma viagem de ônibus até chegar na rua do edifício.

Olhei para cima e respirei fundo quando cheguei. O quarto andar ainda tinha manchas grandes escuras desde quando pegou fogo. Me lembro da correria dos bombeiros que aconteceu no dia como se fosse ontem.

Eu me aproximei de sua grade para tentar entrar, estava trancada com uma grande corrente fitada de um cadeado. Eu o balancei, e antes que pudesse tirar minhas próprias conclusões, ouvi passos atrás de mim.

— Com licença — Era uma voz feminina, que agora falava diretamente comigo. — O prédio está fechado.

— É, eu acho que sim — Disse sendo sarcástico.