Episode: Maybe the End.
Anjos, príncipes, fadas, diabretes, goblins... Coisas de contos fictícios não parecem ser o suficiente para nos entreter ou nos deixar escapar da realidade. Sempre procuramos por distrações para ocupar a mente.
Qual é realmente o problema de estar entediado? Precisamos nos distrair. Quando isso acontece, buscamos algo para nos deixar ocupados. Não importa o que seja, sempre queremos fazer alguma coisa. Mesmo que seja dormir, a coisa mais simples de se passar tempo.
O tédio causa criatividade em alguns, bloqueio em outros. O tédio causou uma ideia apavorante e absurda de trabalhosa para alguém uma vez e isso me trouxe a estar aqui agora. Deitado numa cama de hospital, tentando acordar com dificuldade.
Está silencioso pelo menos. Não é tão branco assim, isso é bom. Não sinto muito bem meu corpo e ainda estou com náuseas, vejo que há alguém aqui. Alguém apoiado de forma bem desconfortável para que fique perto de mim, sua mão está entrelaçada na minha e ele tem a cabeça apoiada pelo outro braço em cima da cama.
Me mexo um pouco. Acaricio sua mão e ele está com as mesmas roupas, provavelmente eu não fiquei apagado por muito tempo. Percebo devagar que meu ombro está enfaixado e não dói tanto quanto antes. Harry, a pessoa que está com a mão na minha, acorda rápido. E com a cara amassada.
— Louis... — Ele fala suspirando e aperta mais minha mão na sua, um toque suave e carinhoso. — Oi.
— Oi, Harry — Não pude conter o sorriso no rosto. — Por quanto tempo eu fiquei aqui?
— Onze horas.
Onze horas?!
Minha expressão fez Harry se levantar da cadeira que estava. — Ei, não surte. Pode fazer mal.
— Como eu fiquei por onze horas aqui? Foi só um...
— Louis Tomlinson, vejo que acordou — Uma moça aparece na porta do quarto. Ela segura uma prancheta na mão. Uma enfermeira. — Como está se sentindo?
— Sinto dor de cabeça.
— Era esperado, você esteve dopado por tempo maior que o previsto. Foi uma reação normal, não se preocupe. Durante a cirurgia para remover a bala de seu corpo vimos que ela foi disparada justo no lugar onde havia uma cicatriz, então teve de ser mais cuidadoso para tirá-la. Ter ficado onze horas dopado não foi algo bom, como também não foi ruim. Seu corpo estava cansado demais pelo o que vimos. O senhor pratica algum esporte em excesso? Usa muito do físico ou mental?
Abro a boca para responder, meio incerto. — Mental.
— Ah, sim — Concorda com a cabeça. Harry faz carinho na minha mão, isso conforta. A enfermeira checa algo na prancheta. — O paciente poderá ter alta daqui a quatro horas caso os resultados de agora até lá sejam positivos. Mesmo assim, deverá continuar enfaixado pelo menos duas semanas, para garantir que ficará bem cicatrizado e em observação de alguém de confiança.
— Cuidarei para que ele continue estável — Harry garante olhando para a mulher. Ela o lança um sorriso adorável e acena com a cabeça para nós dois, saindo do quarto em seguida.
Quero conversar com Harry agora, ser direto, ser íntimo. Quero falar sobre tudo, abrir o jogo de uma vez sobre os sentimentos dispersos e confusos. Porém sou interrompido por uma batidinha na porta e minha cabeça latejando.
— Louis, que bom que está bem.
— Liam — Digo colocando a mão livre na barriga. — Oi.
— Uau, Harry, você está bem ferrado — Liam diz brincando. Ele está com roupas diferentes da última vez que eu o vi, não percebo que ele está falando sobre a aparência de Harry. Harry está cansado, tem olheiras nos olhos e sua roupa está amassada. A roupa de garçom.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CRIMINALS | l.s
RomantizmOnde o melhor amigo de Louis Tomlinson morre em uma explosão e ele decide investigar sobre, encontrando Harry Styles, a última pessoa a ver o amigo de Louis antes de morrer. Harry pode contar tudo o que sabe com uma condição: Louis terá que fazer Ha...