★ twenty-nine.

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esse capitulo apresenta cenas em que alguns leitores podem não se sentir confortáveis em ler (ao longo do capitulo vocês irão entender de qual cena estou falando). mesmo esquema de dois capítulos atrás, quando verem um "+" e não quiserem ler, procurem pelo símbolo alguns parágrafos a frente. tpwk :)


Episode: Codes, feelings and discoveries.

Sendo aquele o último dia onde tentamos aperfeiçoar nossas técnicas para que pudéssemos enfrentar o que nos esperava, poderíamos voltar às pesquisas agora.

O que nos impedia era que ninguém estava querendo participar. Eu era o único tentando mudar suas opiniões, mas os garotos insistiam em esperar e aproveitar um pouco mais do país.

Quanto tempo eles queriam que eu esperasse? A WL deve estar agindo nesse exato momento bem debaixo do nosso nariz e ninguém dá a mínima além de mim.

Mas algo também me impedia e agradecia um pouco por estar demorando.

Com toda essa tensão pra cima de mim, algo que poderia me acalmar era estar com Harry. Ele era como uma pequena brecha de luz no meio da escuridão, como a aranha que salva a formiga antes de ser atacada e a deixa segura em seguida. Por alguma razão que desconheço, eu amava estar com Harry.

Nós não tivemos nenhum contato sexual depois da última noite que dormimos juntos, nada além de pequenos beijos sendo distribuídos sem o mínimo sentimento - eu achava que pra ele não tinha sentimento, porque pra mim tinha.

Eu só decidi manter isso em segredo.

Não queria contar pra ele que poderia estar apaixonado, eu nem ao menos tenho certeza! Harry poderia ficar assustado e nossos encontros pararem de acontecer, o que não foi visto nunca aconteceu na verdade.

Tanta coisa ocupava minha cabeça nesse momento. Os sentimentos por Harry, o que ele realmente fez, o que faríamos a partir de agora, se conseguiríamos fazer parar o que estamos procurando, se Stanley tinha alguma coisa envolvida com isso.

Eu tinha tirado minhas conclusões, Stanley estava envolvido em algo, isso era fato. Precisava apenas de mais provas, mais evidências de que o que eu pensava estava certo. Eu precisava saber se Stanley sabia no que estava se metendo - e o que ele estava se metendo. Algumas coisas apareciam de vez em quando na minha cabeça, eu anotava no caderno algumas delas para não esquecer e conforme o tempo passava elas eram respondidas.

As principais perguntas: O que essa empresa, WL, tanto quer que precisa de funcionários inteligentes para usá-los e o que os levariam a matar eles?

Saber demais. Os funcionários que morriam sabiam demais, em qualquer sentido. Se eles sabiam e não eram confiáveis, eram mortos por precaução, como um protocolo de segurança para deixar algo em segredo.

Deixar o que em segredo?

Por que alguém contrataria essas pessoas e desse um fim em quem não era confiável? O que está por trás de tudo isso? Por que eu estou sentindo mais raiva do que falta de Stanley?

Não percebi que rabiscava o caderno inteiro a minha frente sem que percebesse. O grafite estava presente em várias linhas paralelas, como se eu estivesse passando para o papel o desenho do que pensava. Nada.

Decido sair do quarto. Faz dois dias que fomos aprender um pouco sobre facas. Estou vestindo uma camisa clara meio amarelada de manga, me sinto exposto por mais que apenas o meu antebraço esteja a mostra.

Não sei pra onde ir, vou pra onde eu queria ir a um tempo. O quarto de Harry.

Bati duas vezes na porta e antes que eu pudesse dar a terceira batida ela é aberta, sou puxado pra dentro com força e a porta fecha outra vez. Sou empurrado para trás e cambaleio direto na cama com o peso de uma pessoa em cima de mim. Eu não entendia se tinha entrado no quarto de Harry ou dentro da gaiola de algum animal feroz.

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