☆ seventeen.

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Episode: Hi.


— Harry — Digo paralisado e então pisco para voltar a realidade. — O que você... — As palavras simplesmente não saem. — O que você faz aqui?

— Eu pensei em passar aqui e — Não terminou. — Não sei. Me desculpe, não queria te atrapalhar.

E se vira, ameaçando ir embora enquanto minha cabeça processava que realmente era ele ali. Corri ao acordar do pequeno transe e o ver quase fora do jardim de casa.

— Espere — Chamei. — Pode ficar se quiser.

Voltei para dentro e ele me acompanhou. Fechei a porta ao entrar, ele tirava seu casaco, o peguei no braço para pendura-lo no objeto e ele o observava. Harry ajeita sua camisa cinza amarrotada para uma aparência melhor.

Minha mãe surgiu de trás da escada vindo direto da sala e perguntava:

— Boa noite, sou Jay — Esticou a mão para um aperto com Harry e ria despercebida. — Louis não me disse que traria amigos, se sinta em casa. — Soltaram as mãos e ela sorria gentilmente, se virou para mim e sussurrou: — Por que não me avisou? — Apenas balancei a cabeça para que ela não se preocupasse.

— Este é Harry, mãe. Mãe, Harry — Apresentei. — Eu vou pra lá pra cima e já volto. — Disse tentando sair dali e indo para meu quarto.

Entrei e ele estava junto a mim, se sentou na minha cama e eu fechei a porta. Coloquei a pasta em cima da escrivaninha.

— Como sabia que estava aqui? — Questionei.

— Por Liam, eu perguntei a ele.

— Por que está aqui?

— Eu não tinha nada melhor para fazer.

Respostas simples e sem encenação. Era possivelmente verdade. Ainda era estranho sua presença em um lugar pessoal para mim, mas eu poderia aceitar. Afinal, é Ação de Graças e não se recusa sequer uma visita.

— Fique por aqui enquanto eu me troco — Disse depois de pegar minhas roupas na bolsa e ele acenou com a cabeça. — Não irei demorar.

Me retirei. Menos de cinco minutos no banheiro e eu voltava vestindo uma calça escura e uma blusa qualquer. Harry se encontrava a frente da escrivaninha com a imagem de Stanley em suas mãos. A que eu peguei hoje ao visitar o prédio e que estava dentro da pasta.

— Ei — Chamei e ele virou o rosto colocando o objeto onde estava. — Vamos descer.

Descemos. Rostos prestaram atenção em Harry quando chegamos na sala. Um silêncio pela presença do rapaz novo e minha família apenas encarava com um sorriso amigável.

— Pode se sentar se quiser, Harry — Disse Jay. — Sinta-se em casa.

— Obrigado — Ficou no sofá. Me acomodei na poltrona ao seu lado.

A falação voltava a cobrir o som da casa. Risadas foram ouvidas e um conversar, até um dos meus tios pergunta diretamente a Harry:

— E então, você é amigo do Louis?

Sua cabeça baixa se levantava para responder à pergunta vazia, já que o mesmo só abriu a boca e nada saiu dali. Eu tive que responder.

— Ele é um conhecido do trabalho.

As sobrancelhas do tio Audrey levantaram.

— E no que você trabalha, Louis?

Agora ele me pegou.

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