★ thirty.

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Episode: Distrust and trust.

Luke Withlock.

Era melhor ele começar a se explicar quanto a quem era. Desde o início eu não confiava nele, desde o início ele se mostrou uma pessoa incrivelmente debochada e narcisista. Sua obsessão pela cor branca em escritórios, seu cabelo escuro e recheado de gel, suas roupas incrivelmente estilosas. Tudo levaria a Luke. Nada ajudaria comigo.

O que Luke escondia?

Eu não tinha provas de absolutamente nada para incriminá-lo de qualquer coisa só por causa do meu mal pressentimento sobre ele. Então, não poderia falar com os outros, estava deixando apenas para mim.

Tínhamos que focar em outra coisa agora. Trocamos de hotel, um com a segurança mais avançada por precaução. Quem quer que sejam, reconhecem nosso rosto e tenho medo do que são capazes de fazer.

Claro, a WL só deve agir se demonstrarmos algum tipo de ameaça, mesmo assim eu ainda tinha receio.

Procurei pela forma direta de me comunicar com eles. Estavam nos observando, por mais que não tivéssemos colocado nada público dizendo que estávamos fazendo uma investigação, eles observavam de longe. Eu queria saber quem eles são, como fazem isso. Como conseguem se infiltrar, quem foi que escreveu aquilo no espelho?

Tentei buscar pela gravação de ontem, quando eu e Harry escutamos a porta abrir e depois fechar. Quem entrou naquele momento foi quem escreveu, porque aquilo não estava escrito ali antes. Quando eu vi a gravação, nada encontrei – não mostrava nada, mesmo no momento exato, depois de me ver e ver Harry entrando ao mesmo tempo, não mostrava ninguém entrando em seguida. Era como se quem entrou ali e escreveu aquilo fosse invisível.

Mas eles não são. Eles não podem ser, não quando alguém que já é invisível está falando.

Imaginei o que poderia fazer para estar mais perto da WL. Tentar hackear o e-mail do qual enviou uma mensagem estranha para Stanley, eu já fiz isso, não consegui – de alguma forma não consegui logar naquele endereço porque dizia que ele foi apagado.

Eu odiava tudo isso. Eu me odiava por querer ter começado isso. Por que eu não segui minha vida como uma pessoa normal depois da morte de alguém? Por que eu estava insistindo em me sentir mais próximo de Stanley mesmo com sua ida?

Estava lidando com isso sozinho, como sempre. Meus problemas, ninguém deveria se meter neles.

— Vamos em uma daquelas festas de patrocínio?

Liam cortava todo o momento sério que planejei em dividir o que eu sabia. Eu balancei a cabeça, nem sei se isso seria necessário. Não sei se continuar nisso seria necessário ou perda de tempo.

Me despedi de quem estava ali, Niall, Harry, Liam, Luke. Era de tarde, quase noite e eu precisava descansar. Subi ao meu quarto que divido com Harry, eu nem estava entusiasmado com isso.

Parecia tudo tão esquisito. Parece que perdi o sentido de tudo quando mais precisava ter consciência das coisas.

Me deito na cama e meus pés ainda encostam no chão. O vento gelado saia da janela e vinha direto a todo meu corpo. Através do vidro eu tinha a visão de pequenas árvores, folhas, uma piscina de longe. O hotel aqui não era muito pequeno como também não era muito grande. Parecia perfeito. Estabelecemos algo de não sair sozinho como uma pequena segurança.

Tiro meus sapatos e subo minha altura para encaixar minha cabeça no travesseiro. Tento dormir um pouco. A última coisa que consigo ver é a figura de Harry colocando um cobertor por cima do meu corpo.

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