💍 𝐄𝐏𝐈́𝐋𝐎𝐆𝐎💍

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𝐒𝐎𝐍𝐇𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐀𝐋𝐈𝐙𝐀𝐃𝐎𝐒

❝𝐏𝐎𝐕'𝐒 𝐆𝐈𝐋𝐁𝐄𝐑𝐓

5 anos depois...

    As coisas foram difíceis por um tempo. Principalmente quando minha mãe decidiu se divorciar do marido.

    No dia seguinte ao que deveria ser o chá revelação, minha mãe apareceu em minha casa com duas malas, disse que deixou meu pai, que iria ficar na minha casa por um tempo e não iria ouvir um "não" como resposta. Abracei-a assim que ela largou as malas, e a ouvi pedi desculpas por nunca ter percebido as coisas que meu pai fazia comigo, e o quanto tudo aquilo era doentio. Minha mãe confessou que sabia de algumas coisas que ele fazia — como subornar a confeiteira que preparou o bolo para saber o sexo antes do tempo —, mas que só sabia depois que as coisas haviam sido feitas. Só que não sabia nada sobre eu levar surras, e ontem, quando descobriu, foi embora com ele para tirar satisfações e para não fazer outra cena. Na manhã seguinte, com as malas já arrumadas, se despediu dele e veio para minha casa.

    Vó Rilla e meus tios estavam mimando Anne na cozinha quando eu e minha mãe entramos juntos. Anne olhou para minha mãe com certa desconfiança, assim como meus tios. Já a minha avó? Ela abriu um sorriso e foi abraçar a filha, a qual começou a chorar, foi até a mãe e implorou por desculpas.

    Meu pai não aceitou muito bem o divorcio, e nem quando soube que minha mãe voltou a usar uma jaqueta de couro e blusas sem mangas, deixando sua tatuagem a mostra. A confusão foi grande, mas meu pai não podia fazer nada já que minha mãe não era propriedade dele. Depois dos papeis assinados, ele iria voltar a morar em Londres, mas eu e meus irmãos não permitimos pois apesar de tudo John Blythe ainda era o nosso pai.

    E desde então, eram planejamentos e mais planejamentos.

    Minha ruivinha queria algo muito bem produzido e chique já que estava prestes a realizar o seu sonho de se casar. Se pensavam que o casamento de Diana foi grande, ficariam chocados quando vissem o salão de festas que eu e Anne alugamos para o nosso. Claro, minha cunhada e meu irmão gostavam das coisas mais simples. Mas a minha noiva? Ela não poupava nada, se fosse para fazer algo que desejava.

    O aniversário de um ano de Joyce foi um exemplo.

    E nesse tempo em que nosso casamento não chegava, Cole e Billie se casaram e foram morar na mansão dos Cuthbert's, já que meu sogro resolveu se aposentar e foi viajar o mundo. Depois, Jane e Josie ficaram noivas, mas sem planos para casar. Diana e Jerry estavam bem com Déli, e sem planos para ter mais filhos. E quanto a Ruby e Moody, estavam em um namoro desde que se conheceram, mas moravam juntos em Paris e estavam felizes daquele jeito.

    — Papaaaai — ouvi o grito fino e alegre da minha filha, e sorri quando a vi correndo para dentro do bar, de braços abertos e rindo de felicidade.

    Sai de trás do balcão e peguei-a no braço. Joyce enroscou suas perninhas em minha cintura e encheu meu rosto de beijinhos, como sempre costumava fazer quando entrava aqui.

    Um bar, sim. Eu tinha realizado um dos sonhos que estavam reprimidos em meu intimo, uma das coisas que eu mais queria mas que não podia ter por medo do meu pai, do que ele iria dizer. Mas depois que tudo aconteceu, que meus pais se divorciaram e minha mãe aceitou quem realmente era, o que realmente amava fazer, abrimos um bar juntos. Quando eu não estava na empresa com Anne, estava realizando meu sonho no bar. E ali, podíamos ser quem realmente erámos, fazer o que realmente amávamos. E, além de tudo, estávamos mostrando as ruas de Nova Iorque um pouco do que acontece nas ruas de Londres.

𝐌𝐀𝐑𝐑𝐈𝐀𝐆𝐄 ─ 𝐒𝐇𝐈𝐑𝐁𝐄𝐑𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora