💍 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟑𝟏💍

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𝐄𝐒𝐓𝐎𝐔 𝐀𝐏𝐀𝐈𝐗𝐎𝐍𝐀𝐃𝐀 𝐏𝐎𝐑 𝐕𝐎𝐂𝐄̂

❝𝐏𝐎𝐕'𝐒 𝐀𝐍𝐍𝐄

    Eu e Josie fomos uma dupla por muito tempo. Mas logo depois que minha mãe morreu, um garoto entrou na turma que eu estudava, e então acabamos virando um trio inseparável. Nossas famílias se conheceram, e meu pai até começou a ficar próximo dos pais de Royal quando descobriu que Maxwell Gardner era dono de empresas.

    Quando chegamos na adolescência, eu e Royal acabamos revelando sentimentos um pelo outro, e então começamos a namorar. Todos ficaram contentes, principalmente porque nossa união poderia significar uma futura junção de empresas.

    Eu sempre fui ligada na empresa. Trabalho com meu pai desde muito nova, pois sempre fui muito interessada sobre o que acontecia lá dentro. Mas, além do amor que eu tinha pela empresa, também havia a minha vontade de honrar o legado da minha amada mãe. Só que assim que meu pai me deu o cargo de CEO, percebi que minha relação com Royal ficou muito mexida.

    Um tempo depois, eu descobri que o motivo da nossa relação ter ficado tão fragilizada foi por conta da inveja dele por eu ter conseguido chegar em um lugar que ele também queria.

    Mas tudo ficou pior quando Royal descobriu que não teria o controle das empresas do pai táo cedo quanto imaginava. Nunca tinha visto uma explosão de raiva, e quando vi uma de Roy, fiquei muito apavorada. Só que eu amava, então, ao invés de ir embora, tentei encontrar uma forma de ajuda-lo a descarregar essa raiva.

    E foi quando eu descobri que estava grávida.

    Não foi uma gravidez planejada, apenas aconteceu. E naquele momento, quando olhei o cenário a minha volta, para mim, parecia ter sido o certo ter ficado grávida. E quando contei a Royal sobde o bebê, ele ficou tão feliz que parecia ter esquecido qualquer problema.

    Descobri mais tarde que a sua felicidade não foi para ter filhos comigo, e sim por achar que o bebê seria sua porta de entrada para o controle da empresa.

    Royal me pediu em casamento pouco tempo depois. Nós fizemos uma festa enorme para comemorar o noivado e a chegada de um Gardner-Cuthbert. Estávamos tão felizes. Nossas famílias iriam se unir, finalmente.

    Enquanto a vontade de Royal era ter um menino como primogênito, eu sentia dentro de mim que era uma menina que crescia dentro de mim. Eu sentia. Então, comecei a planejar tudo para a sua chegada. Eu tinha uma lista em vários sites cheia de coisinhas de bebê que iria comprar assim que fosse confirmado o sexo. Eu iria dar o nome da minha mãe caso fosse menina, e deixaria Royal escolher se fosse menino.

    Só que a felicidade durou pouco. Muito pouco. Quando eu estava no terceiro mês, quase perto do quarto, bem perto do dia em que iriamos descobrir o sexo, eu comecei a sentir dores no ventre, e até teve sangue. Fomos direto para o hospital, e lá descobrimos que eu havia perdido o bebê.

    Quando eu descobri que meu bebê havia morrido, meu mundo desabou completamente. Mas eu nem tive tempo de viver meu luto pela perda dele. Assim que o tempo que eu tinha que esperar passou, Royal insistiu para tentarmos ter um bebê de novo. E eu não pude dizer não, pois eu sabia que havia perdido minha menina por ela não ter conseguido se desenvolver dentro de mim.

    Meu corpo não funcionava direito, e quem pagou isso foi a minha filha.

    Tentamos por mais três meses, e quando não deu em nada, procuramos um especialista. Levou quase dois meses para o resultado dos exames que precisei fazer, sair. Mas Royal não esperou para saber, apenas pegou suas coisas e disse que não ficaria para ver o quão defeituosa eu era. Não queria estar lá para ouvir a doutora dizer que o filho morreu por minha culpa, por eu ser uma inútil.

𝐌𝐀𝐑𝐑𝐈𝐀𝐆𝐄 ─ 𝐒𝐇𝐈𝐑𝐁𝐄𝐑𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora