💍 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟖 💍

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𝐂𝐇𝐀𝐓𝐀

❝𝐏𝐎𝐕'𝐒 𝐆𝐈𝐋𝐁𝐄𝐑𝐓

    Os dias se passaram rapidamente, e quando notei, sexta feira já havia chegado. Mas com o passar das horas, eu só conseguia pensar no dia que Anne praticamente gritou a quatro ventos que nunca iria se casar, e depois saiu de casa me olhando de um jeito como se estivesse me pedindo desculpas por alguma coisa, me deixando confuso.

    Eu tentei conversar com Diana sobre, mas ela estava tão abalada que não conseguia juntar duas palavras. Mas dentre todos seus resmungos, a única coisa que entendi foi quando minha cunhada começou a suplicar que sua irmã voltasse. Quando perguntei se queria que eu ligasse para Anne, Cole, em meio ao choro, apenas disse que não se tratava de voltar para casa, me deixando mais confuso ainda. Mas resolvi não perguntar sobre, apenas chamei minhas irmãs e deixamos os dois irmãos a sós.

    Conhecer a cidade não estava sendo tão ruim assim, a pior parte de tudo era dar de cara com Anne todas as manhãs e todas as noites. Bom, talvez não a pior parte, pois eu não podia negar que Anne Shirley-Cuthbert era uma deusa, um colírio para os olhos de qualquer homem. E esses dias que passei na cada dos Cuthbert's, percebi que Anne não era só um rostinho bonito. Ela era engraçada, adorava fazer piadas sobre qualquer pessoa que fosse — Mas nunca de uma forma que as machucava, por exemplo, como fez comigo noites atrás, quando me rejeitou tão friamente pelo simples motivo de nunca dormir com um homem duas vezes —, e falava de qualquer tipo de assunto sem vergonha alguma. Anne também é uma pessoa muito gentil, adora ajudar todos à sua volta, principalmente, Mary.

    De fato, Anne tem muitas qualidades, mas ela faz uma coisa que me deixa irritado; Mente muito bem. Quando para mim a noite no motel foi a melhor que eu já tive, para ela, foi um completo nada, e isso me deixava completamente frustrado. Não por ego ferido — eu não sou do tipo que fica irritado por ter me dado mal em uma transa —, mas por Anne estar fingindo que não aconteceu nada entre nós.

    — Bom dia a todos. — Exclamou Anne, assim que entrou na cozinha, sorrindo majestosamente para nós.

    Estávamos quase todos na cozinha, menos meus pais e Matthew.

    — Irmã, que ótimo humor é esse? — Perguntou Cole, sorrindo ao ver o rosto da irmã tão iluminado. — Faz tempos que eu não te vi tão contente assim.

    — Eu percebi a mesma coisa. — Mary colocou a bandeja de panquecas sobre a mesa e se virou para Anne. — Você está com um brilho diferente nos olhos. — Mary segurou na ponta do queixo da ruiva e analisou seus olhos. — Conheço muito bem esse brilho. E eu já o vi uma vez nesses lindos e brilhantes olhos.

    — Esse brilho nos olhos é de quem vai tirar um dia de folga. — Mary tirou a mão do queixo de Anne, e a ruiva deu um beijo na bochecha da mulher.

    Levei um susto quando a cadeira rangeu, após ter sido empurrada por Diana quando ela se levantou e correu até a irmã.

    — Cole, pega a maleta de primeiros socorros. — Diana colocou a mão sobre a testa da irmã. — Você se sente bem? A cabeça está doendo? Levou algum golpe?

    — Faz dois anos que eu não tenho férias. — Anne se desvencilhou das mãos de sua irmã. — Eu pedi ao papai para tomar conta da empresa esses dias, pois, hoje a tarde, todos nós iremos para a casa de praia.

    Ruby cutucou a minha perna e eu a encarei. Quase gargalhei ao ver minha irmã tentando conter o seu surto de felicidade, enquanto sibilava: eu amo praia.

𝐌𝐀𝐑𝐑𝐈𝐀𝐆𝐄 ─ 𝐒𝐇𝐈𝐑𝐁𝐄𝐑𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora