Secret admirer

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AVISO: Esta fanfic entrou, oficialmente, em reta final!

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Eu e Jeon Jungkook ficamos algum tempo apenas assim, nos encarando, claramente sem saber o que falar um pro outro e, no meu caso ao menos, me sentindo estranho. Como eu deveria olhar pra ele agora, sabendo que Jungkook não quer mais ser apenas o meu melhor amigo e sim algo a mais que isso? 

Como eu deveria olhar pra uma pessoa que eu descobri que está apaixonada por mim...?

- Bom, é claro que você deve estar muito confuso com tudo isso... - Jungkook é o primeiro de nós dois a falar depois do tempo em que ficamos apenas nos encarando em silêncio. Porém o que me chama mesmo  atenção é que a voz dele soou levemente trêmula, e ao olhar pras suas mãos noto que elas realmente estão tremendo um pouco também. - E eu vou te explicar tudo, tudo mesmo. Desde o começo, desde o momento em que eu encontrei a sua lista...

Antes mesmo de ele falar dela, justamente por estar olhando pras suas mãos, eu já tinha visto a minha lista nas mãos dele junto com uma outra coisa, algo que parece muito com um álbum de fotos. Mas nem penso em perguntar sobre isso porque algo na frase que ele acabou de falar me chama a atenção, tanto ao ponto de me fazer encarar o rosto tenso dele novamente e franzir as sobrancelhas.

- "Encontrei"? É um jeito engraçado de dizer que você roubou a minha lista de momentos...

Pra minha surpresa, em vez de ficar ofendido com o meu comentário um tanto quanto ríspido, Jungkook começa a rir baixinho.

- Na verdade, o que eu disse está certo, gatinho. Eu realmente encontrei a sua lista de momentos, eu não roubei ela - ele diz, ainda com um sorrisinho nos lábios, me fazendo ficar ainda mais surpreso do que já estava. E, provavelmente por ver o quanto fiquei confuso com essa afirmação dele, Jungkook continua a falar, tentando explicar: - Naquele dia, na sexta-feira que você e Jimin chegaram atrasados pra aula, você estava tão apressado que, ao colocar o seu material da mochila no seu armário, não viu que algumas folhas caíram dos seus cadernos. Eu sempre chego atrasado na primeira aula por causa do meu ônibus e, ao chegar na escola e ir pro armário, que é perto do seu, eu encontrei não só a sua lista como outras folhas junto com ela também. Mas, claro, o que mais me chamou a atenção foi aquela lista, e mesmo que a letra fosse muito parecida com a sua e estivesse caída perto do seu armário, eu não queria arriscar e te entregar ela sendo que talvez ela fosse de outra pessoa, já que não tinha nome nenhum nela e parecia realmente ser algo muito pessoal. Então o que eu fiz foi guardar ela comigo, até porque eu também estava atrasado pra primeira aula, e eu fui pra sala de aula.

Enquanto ele vai narrando o que aconteceu na perspectiva dele, eu também vou me lembrando, detalhe a detalhe, do que aconteceu naquele dia, pela minha visão. Sim, eu estava tão desesperado porque tinha chegado atrasado que nem mesmo prestei muita atenção enquanto socava as coisas dentro do meu armário; mas ainda assim tem algo que não bate nessa história...

- E por que você não me perguntou sobre isso depois, nos intervalos das aulas ou no intervalo maior...? Você já estava planejando ficar com a minha lista?

- Na verdade, não. Sinceramente, eu acabei me esquecendo totalmente de que aquela lista estava guardada comigo, e só fui me lembrar disso bem depois, no final da aula, quando eu vi você todo desesperado procurando por alguma coisa. Pra garantir e não ter mais nenhuma dúvida quanto a isso, eu esperei pra ver se você ia falar ou não pra gente o que você tinha perdido, e aí sim: quando você confirmou pra mim, sem querer, que aquela lista que encontrei era mesmo sua, eu decidi que usaria isso ao meu favor, aproveitando que a sua lista estaria "segura" comigo, e não com outra pessoa... - ele sorri pra mim de um jeitinho convencido, igual já sorriu pra mim diversas outras vezes, mas agora eu não consigo não sorrir de volta pra ele igual faria normalmente. - Então, no fim de semana que se seguiu, eu comecei a pensar em um jeito de usar essa sua lista ao meu favor e conseguir, assim, fazer você enxergar coisas que eu queria que você passasse a enxergar, mesmo que de forma indireta, e deixei aquele primeiro envelope no seu armário na segunda-feira, aproveitando que eu sempre chegaria mais tarde que você e Jimin no colégio. Ao ler aquela primeira cartinha, você deduziu que eu a roubei, mas eu nunca disse naquela cartinha que eu roubei a sua lista, porque eu realmente não a roubei, ao menos não inicialmente.

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