Paparazzi

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— O dia está lindo, não acha, alteza?

De todos os meus sorrisos ao longo daquele mês, com certeza o meu primeiro naquela manhã ensolarada foi o mais largo e animado.

— Sem sombra de dúvidas, cavaleiro Park. — foi o que eu respondi.

Mais em frente estava o campo de treinamento. O capitão Min estava ocupado demais pegando no pé de seus recrutas, fazendo-os correr e lutarem entre si — aliás, curiosamente, ele não estava xingando seu recruta mais problemático — para dar atenção aos dois intrusos em plena manhã — que, no caso, seriam eu e Jimin em meio ao gramado observando-os.

Mas não importava naquele momento. Não com Park Jimin bem ao meu lado, com as mãos atrás das costas e o ombro, vez ou outra, encostando-se "acidentalmente" com o meu — o que ocasionava sorrisos tímidos.

— Acho que eles devem me odiar. — Jimin comentou, distraído. — Sabe, os outros recrutas.

— Por ter conquistado o príncipe bonitão?

Ele revirou os olhos, por mais que estivesse risonho. Nós dois estávamos bem risonhos. Sério, as vezes uma brisa gostosa batia e a gente sorria do nada. A questão era: felicidade ou maconha?

— Por não estar participando tão intensivamente dos treinamentos. — ele explicou. Não parecia uma reclamação, já que ninguém seria louco de desejar participar dos treinamentos intensivos do capitão Min. — Dá medo só de ver, mas os deixa mais fortes. Vou acabar ficando para trás.

— Eu deixo que você participe. — soltei um riso. — Fico aqui por perto, então estará fazendo o seu trabalho.

— Olha... Não faço muita questão, mas se for uma ordem...

— Hum... Não sou um príncipe que dá muitas ordens. Talvez eu devesse começar.

Jimin me olhou com a sobrancelha arqueada e debochou:

— Ah, é? E qual seria a sua primeira ordem, alteza?

Mostrei a língua.

— Pois bem! — ajeitei a postura. — Minha primeira ordem: eu ordeno que você tenha um encontro comigo!

Ele olhou para os lados e então voltou a me encarar.

— Se eu negar, vou ser mandado ao calabouço? — brincou.

— Com certeza! E ainda corre risco de conseguir uma pena de morte.

— Bem, sendo assim, eu vou ter que ter um encontro contigo.

Sorrimos um para o outro e desviamos os olhares ao campo devido a repentina vergonha.

— Mas, ei, aqui no palácio? — ele perguntou. — Tem tanta gente de olho em você aqui.

— Eu não conheço muito de fora. — cocei o queixo. — Meu pai não me deixa sair. Eu só saio escondido as vezes, como nos desfiles.

— Você é a Jasmine por acaso?

E lá vai eu mostrar a língua novamente.

— Por mais que eu dê muito trabalho, sou mais treinado para ser rei do que o meu irmão. Então, é, ele prefere que eu esteja em segurança.

— Agora eu protejo você. — Jimin afirmou. — Você pode sair se estiver comigo. Não vou deixar que algo te aconteça.

— Sendo assim... — abri um sorriso. — Vamos à Frizt.

— Frizt? Por que Frizt? É longe.

— Porque eu quero conhecer o seu distrito!

— Lá é sem graça.

A whole kingdom & the knight ໒ jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora