Braços voadores anunciam a guerra

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— Já está amanhecendo. — Chaeyoung comentou, depois de uma longa caminhada em silêncio.

— Acha que Jimin já notou que eu fugi?

— Ele não é de acordar cedo.

Balancei a cabeça, concordando.

Não estávamos muito longe do palácio. Na verdade, apenas alguns poucos passos. Acabamos aumentando o tempo de caminhada por termos que dar a volta pelo castelo, já que não podíamos invadir pela porta da frente, claramente.

— Por aqui. — Chae disse.

Atravessamos a pequena falha do muro, logo no jardim. Então Chaeyoung e eu estávamos dentro dos terrenos do castelo, mas tudo estava tão silencioso ali nos fundos...

— Que estranho. — murmurei.

Era estranho porque ali ficava o campo de treinamento, então era sempre uma barulheira de espadas se chocando. Mas não tinha ninguém ali.

De qualquer forma, seguimos o caminho. Puxei Chae até uma direção, bem perto da parede do castelo, e puxei uma alavanca escondida.

— Caramba. — ela riu. — Esse lugar é mesmo cheio de esconderijos.

— Você não tem nem ideia!

Adentramos o esconderijo e, do lado de dentro, eu o fechei. Era um corredor úmido e estreito, longo e, no final, com uma serie de escadas.

— Aquela leva ao segundo salão. — apontei em direção a uma alavanca na direita. — E aquela é a que vamos. — a esquerda. — Direto pro quarto de Junghee.

— Beleza.

Paramos em frente a alavanca. Encostei o ouvido na parede pra ter certeza de que não acabaria dando alguma merda como ir ao quarto do meu irmão e o meu pai estar lá, mas como não escutei nada, resolvi arriscar.

Quando puxei a alavanca, uma passagem se abriu. Passei primeiro, depois Chaeyoung, e franzi o cenho por Junghee não estar lá. Era um milagre que ele estivesse acordado tão cedo.

— É, vou ter que me aventurar pelos corredores. — dei de ombros.

— Acho melhor você ficar aqui. — Chaeyoung caminhou em direção à porta e tocou a maçaneta. — Eles não sabem sobre mim. Se alguém te vir, você pode acabar no calabouço. Estou certa?

— Talvez. Mas vou mesmo assim.

Sim, sou teimoso e inconsequente. Como adivinhou?

Ela revirou os olhos e desistiu de argumentar contra.

Juntos, saímos do quarto — após dar uma boa olhada se não tinha ninguém no corredor — rumando escadaria abaixo, em que chegaríamos no corredor do quarto que eram das selecionadas, onde Jisoo ainda estava.

E, cara, era bizarro que os corredores estivessem vazios. Pelo menos do segundo andar. O caminho todo foi tranquilo, não esbarramos com ninguém, e eu não sabia se me sentia aliviado ou preocupado.

— É muito estranho que nenhum cavaleiro esteja por aqui. — Chaeyoung tirou as palavras da minha boca.

— Vai seguindo em frente. — apontei pro corredor. — Vou dar uma olhada no primeiro andar.

Ela balançou a cabeça, concordando, e seguiu o caminho.

Respirei fundo e me aproximei da escadaria. Me inclinei um pouco, tentando ver o salão principal, e quase caí quando ouvi um grito vindo de lá mesmo.

Assustado, desci os degraus o mais rápido possível. Quanto mais eu andava, mais eu ouvia gritos, gemidos e barulho de espadas se chocando.

De repente, quando terminei de descer o último degrau, algo foi arremessado bem acima de minha cabeça.

A whole kingdom & the knight ໒ jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora